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João Carlos Vialle voltou 40 anos no tempo, ontem, quando pisou no Estádio Couto Pereira para ser apresentado oficialmente como o novo coordenador de futebol do Coritiba, em substituição a Capitão Hidalgo. O dirigente lembrou de 1966, época em que o médico recém-formado assumia o departamento clínico alviverde, iniciando ali uma longa trajetória nos bastidores do clube.

"Minha história com o Coritiba daria um livro. O clube faz parte da minha vida desde os nove anos de idade. Assistia aos jogos nas velhas arquibancadas, trabalhei no clube durante anos. Como médico desde 1966, fui campeão Brasileiro, estadual. É uma longa historia", disse Vialle, pedindo para que seja suprimido um capítulo mal-contado de sua biografia verde e branca: o episódio em que uma gravação de televisão revelou a tentativa do dirigente de comprar o goleiro Roberto, do Iraty, durante o Paranaense de 1998. "Todo mundo sabe o que aconteceu. Fui punido pelo TJD por um ano. É a mágoa que carrego do futebol", afirmou.

O dirigente aproveitou os quase oito anos de afastamento da bola para se dedicar a outras duas paixões: a família e a medicina – o consultório e o plantão no Hospital Cajuru ainda tomarão conta das manhãs do doutor. "Mas depois eu estarei totalmente à disposição do Coritiba. Sábado, domingo, feriado..."

Uma longa reunião na quinta-feira à noite com o presidente Giovani Gionédis aparou as arestas finais da contratação. Cartola clássico, daqueles que gostam de participar diretamente do dia-a-dia do time, Vialle chega com autonomia total para administrar o futebol.

"Estávamos namorando há uns 15 dias. Está entregue a ele o futuro do nosso futebol. Se Deus quiser virá um tricampeonato, com os títulos do Paranaense, da Copa do Brasil e a volta à Primeira Divisão. Isso é o que importa, voltar", comentou Gionédis, que caso não seja impedido pelos sócios de continuar comandando o Coxa na Assembléia Geral marcada para o dia 10 de janeiro, terá mais um ano para cumprir a promessa de campanha de recolocar a equipe na Série A – o dirigente já revelou que não concorrerá à reeleição.

"Tenho carta branca. Assumo hoje (ontem), mas acompanhei pela imprensa e assino embaixo de tudo o que foi feito até aqui", reforçou o coordenador.

Como primeiras medidas, a administração Vialle prometeu blindar o elenco das brigas políticas entre situação e oposição e já manifestou o desejo de se encontrar com setores da torcida para pedir uma trégua ao time. "Voltei por amor e paixão ao Coritiba. Senão fosse isso, ficaria em casa com a família tomando guaraná".

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