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Não há melhor remédio para atacante em fase ruim do que um boa estufada de redes. Dessa forma, a depender desse poderoso antídoto para tirar a chamada "inhaca", o atacante Joélson pode se considerar curado. Aos 43 minutos do segundo tempo, após cabeçada de Henrique defendida por Mauro, a bola sobrou para o jogador, que encheu o pé e sacramentou a vitória paranista por 2 a 0 contra o São Caetano.

O gol decisivo marcado por ele ontem à tarde foi o capítulo mais feliz de uma novela que prometia e que, já em sua reta final, só havia exibido cenas tristes para a torcida tricolor. Principal contratação do clube em 2006 – após sete meses de indefinição por conta de uma batalha jurídica com o Ituano, seu ex-clube –, Joélson não vinha correspondendo em campo.

Vaiado pela torcida, até em briga ele acabou se metendo, quando foi o pivô de uma confusão envolvendo o atacante Zumbi e um integrante da torcida Fúria Independente, no início de setembro. Tudo que, depois de seu primeiro gol com a camisa do Paraná, o jogador quer deixar no passado. "Sei que daqui para frente tudo vai ser diferente. Antes eu chutava e não fazia, agora acho que vou chutar lá de fora da área e vai entrar", comentou.

A estufada também serviu para recuperar a auto-estima. "Eu estava até com vergonha de sair na rua, mesmo sabendo do meu potencial. Não escutava rádio, não via televisão, tinha as vaias da torcida. Mas quando se faz as coisas certas a recompensa vem", disse Joélson.

As chances de atuar mesmo com um desempenho ruim, segundo o atacante, vinham sendo dadas por conta de seu esforço nos treinamentos. Motivo confirmado pelo treinador Caio Júnior. "O Joélson sempre treinou no limite, esse gol vai tirar um peso dele. E o mais importante é que o atleta tenha confiança da minha parte, e isso ele terá sempre", revelou Caio.

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