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O clima entre os clubes e o Bom Senso FC esquentou de vez. O presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de An­­drade, que é o porta-voz das equipes das Séries A e B do Brasileiro, afirmou na noite de ontem, em entrevista à Rádio 98 FM, que irá processar o zagueiro Paulo André, um dos líderes do movimento dos jogadores, atualmente no Shangai Greenland da China. Domingo, ele publicou no blog do jornalista Juca Kfouri, no portal UOL, uma carta cobrando os clubes e criticando o dirigente alviverde.

No texto, o defensor chama Andrade de "espertalhão" e "cara de pau" ao citar as divergências entre as duas categorias no projeto que prevê o saneamento financeiro dos clubes, a Lei de Responsabilidade Fiscal no Esporte (LRFE). Se­­gun­do o atleta, o texto da lei não fará nenhum clube devedor ser realmente punido.

"O Paulo André que vá para a China. A carta é decisão pessoal dele e o que disse para mim irá responder judicialmente", afirmou o presidente coxa-branca.

O dirigente considerou que Paulo André trouxe "um monte de besteira" na publicação e o orientou a procurar o depu­tado Otávio Leite (PSDB-RJ), autor da lei, para analisar melhor a proposta dos clubes. "Ele [Paulo André] não sabe de nada", criticou Andrade.

Os principais pontos de atri­­to entre atletas e cartolas são referentes à apresentação da Certidão Negativa de Débitos (CND) e às dívidas trabalhistas dos clubes. No primeiro caso, o Bom Senso FC questiona o fato de o projeto de lei exigir somente a CND como garantia de que as equipes estão em dia com suas obrigações com a União.

Em relação às dívidas trabalhistas, os dirigentes querem que apenas as que sejam contraídas após a promulgação da lei sejam cobradas com punições como perda de pontos e rebaixamento. Já o Bom Senso FC quer que a cobrança das dívidas trabalhistas sejam retroativas. "Teremos de apresentar 30 dias antes de qualquer competição. Logo, umas três, quatro ou até cinco vezes por ano", completou o dirigente.

Além da CND, o Bom Senso FC quer como garantias o controle dos déficits, respeito aos contratos de trabalho, limitação dos gastos e padronização de demonstrações financeiras. O atual projeto da LRFE prevê que as atuais dívidas sejam parceladas em até 25 anos.

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