A atual situação do Coritiba, que encerrou o primeiro turno do Brasileiro com apenas 19 pontos só três a mais do que o Palmeiras, primeiro na zona do rebaixamento , está gerando muitas cobranças dentro do clube. Na segunda-feira (27), a comissão técnica e os jogadores escaparam de uma dura maior do presidente alviverde, Vilson Ribeiro de Andrade, mas a tendência é de que isso ocorra entre esta terça (28) e quarta-feira, quando o time encara o Internacional às 19h30.
Bastante desapontado com a atuação do Coxa em Florianópolis, quando o time jogou mal e perdeu para o Figueirense por 3 a 1, Andrade havia afirmado em entrevista à Rádio CBN que teria uma reunião ontem com a comissão técnica e que providências seriam tomadas. Segundo o dirigente, o time coxa-branca teve três atuações desastrosas desde que ele entrou na diretoria: contra o Guaratinguetá, em 2010; na última rodada do ano passado, contra o Atlético; e no jogo do último domingo.
Porém, pelo que a reportagem apurou, as cobranças mais incisivas foram adiadas. Andrade até esteve no CT da Graciosa, mas foi apresentar o novo segundo vice-presidente, o conselheiro Paulo Tomás de Aquino. Candidato único ao lugar de Ernesto Pedroso, que deixou o clube alegando motivos pessoais, Aquino seria aclamado na noite de ontem na reunião do Conselho Deliberativo.
Entre os jogadores e a comissão técnica, a exigência de um futebol melhor começou ainda no vestiário do Orlando Scarpelli. "Falamos sobre o jogo, os erros da partida. Tínhamos esta vitória nos planos, mas nada deu certo. Agora é pensar no jogo contra o Inter", resumiu o meia Robinho.
Nos bastidores do clube, a principal cobrança é em relação ao desempenho contra equipes mais fracas. Quando enfrenta adversários que estão na ponta da tabela, o Alviverde tem desempenho aceitável, segundo avaliação interna. O problema crítico seria a baixa produtividade em jogos como contra o Figueirense, nos quais a expectativa de vitória é grande.
"Estamos levando muito gol e gols bobos. Um absurdo, é inaceitável", advertiu o dirigente do Coritiba, lembrando que a defesa é a mais vazada do campeonato, com 37 gols. "É preocupante. Evidentemente, não posso dizer que estou tranquilo com o momento. A situação que o time está não condiz com todo o investimento feito", afirmou Andrade, admitindo que a folha salarial do Alviverde é de R$ 2 milhões, contra R$ 10 milhões de concorrentes como o Grêmio.
O dirigente ainda revelou que é muito cobrado aonde vai, inclusive em casa. Algo que com certeza será refletido na hora de "esquentar a orelha" de todo o departamento de futebol coxa-branca.
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