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O presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, vai se reunir com o departamento médico do clube nesta sexta-feira (28) para tentar encontrar uma resposta do alto número de contusões no elenco alviverde nesta temporada. Em entrevista à Rádio 98 FM, o dirigente coxa considerou o número de lesões como "inexplicável".

De acordo com o cálculo de Vilson, a média normal seria de 10% a 15% do elenco estar contundido por partida. Entretanto, segundo o presidente, o índice chegou no a 20% do elenco por partida. "É um número muito alto, não há uma explicação lógica", considera.

Um dos reflexos para evitar esse tipo de problema em 2013, disse o dirigente alviverde, pode ser uma mudança drástica no planejamento. O objetivo, aponta Vilson, é dedicar o mês de janeiro inteiro à pré-temporada para evitar contusões ao longo do ano, o que pode fazer com que o Coxa jogue o Paranaense com a equipe sub-23.

"O Coritiba fez uma pré-temporada [em 2012] que não existe. Tem que ser de 30 dias [de pré-temporada]. De 15 dias não há como. Janeiro será inteiro para pré-temporada, se for preciso iniciaremos o Paranaense com uma equipe sub-23", reforçou.

Estão em tratamento atualmente o zagueiro Emerson, com fratura no dedo do pé e com previsão de um mês para voltar a jogar, o lateral Ayrton e o atacante Deivid, ambos com lesão muscular na coxa com previsão de duas semanas de recuperação, além do atacante Everton Costa, que rompeu o ligamento do joelho e não joga por seis meses.

Confira abaixo alguns tópicos da entrevista de Vilson à 98 FM:

Estádio

"O conceito de estádios do passado não terá mais vez no futuro. O Couto Pereira abre para 42 jogos por ano. É um prejuízo enorme. Nós temos um projeto para o Coritiba. Sem recurso público, com dinheiro próprio. Clubes que não tiverem estruturados e não tiverem receitas vão ficar para trás. Clubes que terão benefícios, alguns beneficiados que estão ganhando de graça. Palmeiras e Grêmio têm situações complicadas, vão ter um ônus que Coritiba não vai assumir. Temos estrutura definida, tivemos inúmeras propostas, mas um monte de sonhos. A vantagem que as pessoas queriam era muito maior. Não podemos fazer um negócio no qual o estádio não nos pertença. Mas tem que encontrar parceiros. Estamos trabalhando forte para isso. O caminho está próximo. Dia 12 é aniversário do Coritiba, temos algumas notícias que a torcida vai gostar. Mas não quero criar uma expectativa".

Recuperação

"Nós temos um grupo forte. Teremos 12 partidas, com sete em casa. Entendo que o plantel é forte e no Couto Pereira o Coritiba cresce muito. O grupo está fechado, comprometido".

Críticas

"Sempre absorvi sozinho. Nunca fugi das responsabilidades. A saída do Marcelo (Oliveira) foi um aspecto que eu não pensava".

Felipe Ximenes

"O Felipe fez muito pelo Coritiba e tem feito. Em dois anos e meio saímos da Segunda Divisão, jogando em Joinville, clube endividado. Hoje disputamos dois títulos nacionais e fomos tricampeões paranaenses. O futebol não tem memória. Ele é respeitadíssimo no mercado brasileiro. Todo dia ele recebe ligações de outros clubes. Mas o Felipe precisa tratar da saúde dele. E ele curado continua conosco. Não tenha dúvida".

Dedicação

"Dedico 24 horas por dia ao Coritiba. Abandonei todas as minhas empresas. Não sou dirigente de bônus, sou do ônus também. Sou um vencedor. Venci tudo. E assumi o Coritiba com a intenção de mudar o clube de patamar. Estou preocupado todo dia. Eu sou muito chato. Eu não me aguento, sou exigente demais. Vocês não imaginam quanto dói uma derrota para mim. Aquele gol que o Neymar fez se eu fosse zagueiro jogaria no alambrado. Brinquei com os meus zagueiros se eles pegaram autógrafo".

Alex

"Primeiro tem que permanecer na Primeira Divisão. Sou um fã incondicional do Alex. Mas ele é um jogador que tem muitos clubes que se interessam por ele. Se eu dissesse que não estou pensando nisso seria hipócrita e mentiroso, o que eu não sou. Já ouvi que o Cruzeiro quer, o Palmeiras quer, mas não sei se ele quer jogar no Palmeiras, pois disse que quer jogar na Primeira Divisão".

Planejamento

"Planejamento não ganha jogo. Mas se ele não for eficiente, perdemos oportunidades. Fazendo nem sempre dá certo, imagine se não fizer. Nossa ideia é fazer times mais fortes sempre".

Marquinhos Santos

"Antecipamos o Marquinhos como técnico em função de uma saída prematura [demissão de Marcelo Oliveira por maus resultados]. Ele tem demonstrado capacidade, gosto da forma como ele trata o jogador. Embora eu tenha sido um jogador medíocre, enxergo bem. Ele e o Tcheco [auxiliar do técnico] fazem um trabalho maravilhoso. Nossa intenção é não mudar".

Saída de jogadores

"O Rafinha teve proposta muito boa do Palmeiras e decidiu não sair. Não há jogador inegociável, desde que seja excelente para o clube e o atleta".

L.A. Sports

"Da L.A. nós temos o Emerson e o Rafinha, que são do Coritiba. Roberto, Júnior Urso e Robinho são emprestados até o final do ano. Não há nenhum privilégio. Temos relações com quatro ou cinco empresas".

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