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Vilson Ribeiro de Andrade, vice-presidente do Coritiba, posa no gramado do Couto Pereira com os troféus do título paranaense: “Resgatamos uma imagem machucada” | Hedeson Alves/ Gazeta do Povo
Vilson Ribeiro de Andrade, vice-presidente do Coritiba, posa no gramado do Couto Pereira com os troféus do título paranaense: “Resgatamos uma imagem machucada”| Foto: Hedeson Alves/ Gazeta do Povo

Rafinha exalta trabalho psicológico e fase zen

A tarde de ontem, pós-título do Coritiba, foi um teste para o meia Rafinha, um dos principais nomes do time bicampeão paranaense. Normalmente avesso a entrevistas, o jogador de 27 anos precisou encarar uma maratona de perguntas. Entrou ao vivo em um canal nacional de esportes, falou com a Rádio 98 FM e com a Gazeta do Povo.

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Vilson Ribeiro de Andrade não sabe precisar quantas ligações recebeu desde domingo. Mais de 100 fácil. Amigos, conhecidos, torcedores e ex-presidentes, todos parabenizando pelo bicampeonato paranaense do Coritiba. O vice alviverde estava tão feliz quanto surpreso diante de tamanha reverência. Em toda a sua respeitável carreira profissional jamais participou de um "negócio" tão bem-sucedido como o histórico título coxa-branca conquistado na Arena.

"Tive muito sucesso como executivo, mas a sensação era diferente, era negocial. Agora, como executivo do futebol, a sensação é de amor", definiu ontem, em entrevista exclusiva à Gazeta do Povo, no Couto Pereira. "Nunca me preparei para este momento, pois não esperava esse reconhecimento", confessou.

Vilson estava emocionado com tanto carinho. Por onde andou ontem foi parado por pessoas que jamais viu para festejar a 35.ª taça na galeria do clube. Tratamento de ídolo. "É muito bacana proporcionar essa felicidade às pessoas. Acho que os torcedores se identificaram com o nosso trabalho, todos buscam uma referência, assim como tive com o meu pai, o meu sogro", comentou.

Veio da família o primeiro telefonema no domingo, com os parabéns em choro da esposa Regina, quando ele estava em meio à torcida alviverde no Alto da Glória. "Todos os dirigentes foram para a Arena. Não podia deixar os torcedores sozinhos", disse, justificando a opção de trocar o calor da Baixada pela festa via telão.

Ontem, no meio da reportagem, mais um contato. Desta vez do técnico Ney Franco, o titular no comando quando ele assumiu o clube em dezembro de 2009. A palavra "maravilhoso" foi a mais repetida durante a conversa para definir o atual momento alviverde. Além, claro, dos agradecimentos pela ajuda enquanto trabalharam juntos e, em especial, pela indicação do técnico Marcelo Oliveira. "Pensamos muito em você, Ney", disse o dirigente coxa-branca.

Ele aproveitou para revelar ao treinador os planos de escrever um livro sobre a saga do Coritiba. Do rebaixamento à melhor campanha da história do estadual. "Resgatamos uma imagem machucada", lembrou.

São planos para quando deixar o futebol. Um momento que deve demorar para acontecer. Com eleições este ano, Vilson Ribeiro de Andrade admite continuar à frente do clube se for a vontade dos sócios – entre os quais tornou-se praticamente uma unanimidade.

"Mas esse não é o momento. Vamos falar disso lá em setembro. Aceito também qualquer um que siga esse planejamento", afirmou, com muitos elogios a todos os seus companheiros de G9 e funcionários do clube.

Com pouca estrada ainda no futebol, ficou contente com a consideração dos seus antecessores como Francisco Araújo, Sérgio Prosdócimo, Jacob Mehl, Giovani Gionédis, entre outros que o felicitaram pelo triunfo em cima do maior rival. "Eu confiava no título. Mas um clássico é imponderável. Toda a rivalidade valorizou a nossa conquista", admitiu.

Para completar um dia tão especial, o dirigente, que luta contra um câncer, recebeu resultados de novos exames ontem descartando qualquer célula cancerígena. "Dez por cento do tratamento são as medicações. Os outros 90% vêm da nossa cabeça. Acho que toda a alegria que vivi desde ontem [domingo] ajudou na minha cura", comemorou – mais uma vez.

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