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Douglas Packer (à esq.), cai após carrinho de Paulinho. Tricolor tem quatro partidas para levantar-se e tentar escapar do rebaixamento; Furacão ainda sonha com o título | Hugo Harada/ Gazeta do Povo
Douglas Packer (à esq.), cai após carrinho de Paulinho. Tricolor tem quatro partidas para levantar-se e tentar escapar do rebaixamento; Furacão ainda sonha com o título| Foto: Hugo Harada/ Gazeta do Povo

Um clássico de segundo tempo emo­­cionante, duas expulsões ingênuas, arbitragem conturbada, virada no fim e desfecho que traz esperança para um lado e desespero ao outro.

Ao mesmo tempo em que a vitória do Atlético sobre o Paraná por 3 a 2, ontem, na Vila, man­­­­teve o time de Geninho na briga pelo título do re­­turno, os co­­mandados de Ricardo Pinto ficaram estagnados na ZR, a três pontos do antepenúltimo colocado Rio Bran­­co. A quatro rodadas do término do campeonato, o Fu­­racão provou que ainda tem munição para tentar derrubar o distante líder Co­­ritiba. Já o Tri­­color vê mais complicada a salvação da degola.

Em campo por apenas 21 minutos, o atacante Adaílton, que substituiu o volante Alê na etapa final, de­­cidiu a partida após longo lançamento de Wagner Diniz (44/2.º). O gol tardio manteve a escrita paranista de não vencer o rival como mandante desde 2006 – na Vila Ca­­panema o jejum começou em 2002.

Kelvin havia aberto o placar pa­­ra de­­lírio dos tricolores (4/2.º). Madson, de calcanhar, empatou aos 13/2.°, tirou a camisa e foi ad­­vertido. Um minuto depois, Léo fez no­­vamente para os donos da casa. Quando Madson igualou (32/2.º) e provocou a torcida rival, foi expulso. Luiz Camargo, que levou dois car­­tões amarelos em dois minutos, já tinha deixado o Paraná com um jogador a menos um pouco antes.

"Ganhar assim é muito bom, co­­mo também é bom ver o Adaílton entrar determinado desse jeito. O grupo não se acomodou", disse o ata­­cante Lucas, exaltando a disposição do herói atleticano.

"A arbitragem não colaborou, mas tivemos chance de matar o jo­­go. Não fizemos e aí eles mataram", reclamou o avante Kelvin, 17 anos, que está fora do confronto contra o Botafogo, na quarta-feira, pela Co­­pa do Brasil. Ele vai defender a seleção brasileira sub-18.

Com média de idade de 21 anos e pouca experiência, o Tricolor não soube fazer seu jogo nas duas vezes em que liderou. Mais tarimbado e com méritos, o Rubro-Negro aproveitou-se da situação.

"Esperávamos que eles amadurecessem logo, mas os resultados não estão aparecendo. Agora temos de ganhar com ou sem experiência", apontou Ricardo Pinto, que tem pela frente Operário e Cascavel, fora de casa, e Arapongas e Iraty, em Curi­­tiba, como adversários na luta contra o descenso. "Esse baque não estava nos planos, mas temos de passar por cima", emendou.

Do outro lado, o Atlético sai fortalecido do clássico. Para Geninho, o Furacão melhorou em relação às últimas apresentações, arriscou e por isso saiu vitorioso. "Temos de salientar a vontade do grupo de virar o placar. Tivemos personalidade", declarou o treinador, que mesmo assim vê seu time com chances re­­motas de superar o Co­­ritiba no returno, cinco pontos à frente.

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