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O levantador Bruninho disputa a bola na rede com Facundo Conte | Ivan Alvarado / Reuters
O levantador Bruninho disputa a bola na rede com Facundo Conte| Foto: Ivan Alvarado / Reuters
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Jogando em ritmo de treino, o Brasil bateu a Argentina por 3 sets a 0, parciais 25/19, 25/17 e 25/20, ontem, no Earls Court. O resultado classificou a seleção para a sua sexta semifinal de Olimpíada. O próximo adversário será a Itália, amanhã, às 15h30 (de Brasília). Os europeus eliminaram de maneira surpreendente os EUA – time de melhor campanha do torneio na primeira fase e asa negra recente dos brasileiros.

Com a vitória fácil, em 1h13min, a equipe de Bernardinho ficou a dois jogos da conquista da medalha de ouro. É a chance de retomar a condição de campeão olímpico, alcançada em Atenas (2004), e perdida em Pequim (2008). E de apagar o vexame do sexto lugar na Liga Mundial deste ano.

Os brasileiros esperavam um confronto difícil, com ares de clássico sul-americano. O técnico Bernardinho revelou que até não dormiu à noite, preocupado com as armas dos hermanos. "Eles poderiam jogar mais hoje [ontem]. Sabemos da competência, da velocidade, da diversidade de alguns dos atletas. Tive uma noite maldormida. Mas o nosso sistema funcionou", comentou o treinador.

Basicamente, o Brasil errou pouco. "Ofertou" somente 15 pontos em vacilos para o oponente. "Soubemos jogar com segurança. Isso faz a diferença. Não adianta fazer e proporcionar muitos pontos ao adversário", declarou o ponteiro Murilo, o maior pontuador do confronto, com 14 bolas.

O número é idêntico ao registrado no outro bom desempenho do conjunto verde e amarelo na competição, vitória sobre a Rússia, também por 3 sets a 0. Nos demais quatro compromissos em Londres, a média foi de 24 erros.

De quebra, o triunfo encerrou um tabu incômodo. Os argentinos haviam levado a melhor nos três encontros anteriores nos Jogos. Os brasileiros haviam perdido durante a fase classificatória em Seul (1988), e acabaram eliminados em Atlanta (1996) e Sydney (2000).

"Estávamos preocupados, mas não pensando em tabus. Muitos dos nossos jogadores nem eram nascidos. O interesse era agora", afirmou Bernardinho. Em todo o caso, o técnico proibiu que os atletas tratassem da escrita antes do confronto.

Agora será a vez de falar da Itália, outro rival tradicional. Nas quartas de final, os italianos atropelaram os norte-americanos por 3 a 0 – parciais de 28/26, 25/20 e 25/20. Na fase classificatória, os EUA, atuais campeões olímpicos, bateram o Brasil por 3 a 1.

Na zona mista após o sucesso sobre a Argentina, os jogadores ainda não sabiam quem iriam enfrentar na semifinal. E, embora não quisessem escolher, parecia clara uma preferência pela Itália. "Os EUA estudam muito o jogo, têm um jogo muito consistente. É difícil ganhar deles", analisou o ponteiro Dante.

Mas os brasileiros têm um problema sério para a semifinal. O oposto Leandro Visotto, titular da equipe, sentiu uma lesão muscular na coxa esquerda. Ele ainda não passou por exames, mas dificilmente conseguirá se recuperar a tempo.

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