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O comandante do voo que trouxe o Coritiba de volta à capital paranaense, após a derrota por 1 a 0 para o Vasco na primeira partida decisiva da Copa do Brasil, fez uma solicitação quando o avião pousou: a delegação alviverde deveria pegar o ônibus direto na pista para evitar tumulto no desembarque. Mas o time decidiu seguir o caminho normal. Sorte das dezenas de torcedores aglomerados no saguão do aeroporto, que puderam cumprir a missão de dar força ao time, e dos jogadores, que ganharam uma dose extra de confiança ao receber os afagos.

As demonstrações de apoio já haviam começado no Rio. Lá, ficaram a cargo dos torcedores que voltaram no mesmo voo. Oportunidade única para incrementar a coleção de autógrafos e incentivar a equipe de pertinho, com gritos de guerra típicos da arquibancada.

Entre os jogadores e a comissão técnica, não se via a animação da viagem de ida. Mas também ninguém se mostrava abatido. Apesar de as brincadeiras diminuírem – muito em consequência do cansaço –, o tom de descontração permaneceu.

"Não ficamos abatidos. Estávamos bem tranquilos no vestiário. Já começamos a debater o jogo de volta. Sabemos que a nossa força em casa está fazendo a diferença", disse o meia Tcheco. Para o técnico Marcelo Oliveira, o debate seguiu. Além das entrevistas de praxe, ele conversou informalmente com repórteres sobre o jogo e, ao lado dos auxiliares Cleocir Santos e Éder Paixão, passou boa parte do trajeto batendo papo com as aeromoças sobre futebol.

Enquanto isso, um grupo de jogadores brincava com duas vascaínas, invertendo a situação que o placar da partida sugeria. E também se divertiam entre eles próprios. Ninguém queria ocupar o assento que sobrou na janela. A justificativa: medo de uma pedrada quando o avião passasse perto de São Januário – na chegada ao estádio, um dos vidros do ônibus alviverde foi quebrado por uma pedra. O lugar sobrou para o novato volante Djair.

Em outras conversas descontraídas já surgia como assunto o jogo decisivo. "No Couto vai ser 3 a 0, com dois gols do Marcos Paulo", gritou um dos boleiros sentados mais ao fundo, brincando com o volante reserva. Quando o papo era mais sério, também. "Perder nunca é bom. Poderíamos pelo menos ter empatado. Mas o clima é de confiança imensa. Temos plenas condições de reverter", decretou o meia-atacante Rafinha.

Colaboraram Adriano Ribeiro e Fernando Rudnick.

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