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O Brasil 1 ultrapassou o Piratas do Caribe e já ocupa o segundo lugar na Volvo Ocean Race. O barco comandado por Torben Grael está a apenas 13 milhas náuticas do líder ABN-Amro 1, que sofre com a redução dos ventos na quarta etapa, entre Wellington, na Nova Zelândia, e o Rio de Janeiro.

Após a passagem da frota pelo portão de pontuação do Cabo Horn, a velocidade vertiginosa do barco holandês foi freada pela queda quase total da intensidade do vento. O Brasil 1, que havia se aproximado mais da costa, se beneficiou de sua tática e, depois de passar pelo portão a 107 milhas náuticas (198 quilômetros) do ABN 1, reduziu a distância para 13 milhas náuticas (24 quilômetros) esta manhã.

Por cruzar o portão em primeiro lugar, a embarcação comandada pelo neozelandês Mike Sanderson ganhou 3,5 pontos. O barco estava a uma velocidade de 24 nós (46 km/h), 32 milhas náuticas (62 quilômetros) à frente do Piratas do Caribe.

À noite, o vento diminuiu e a vantagem do barco holandês sobre as outras embarcações também. A diferença entre o ABN 1 e o Piratas caiu para 25 milhas náuticas. Já o Brasil 1, com ventos favoráveis, tirou 70 milhas náuticas (130 quilômetros) da vantagem do líder em oito horas e ultrapassou o barco americano.

A embarcação brasileira apresentou um defeito que a faz perder óleo lubrificante, mas navegou 100 milhas náuticas (185 quilômetros) em apenas 24 horas. Pelo Sul, o ABN 2, de Sebastián Jossé, passou pelo portão na quarta posição, a 100 milhas náuticas do líder e a uma velocidade de 22 nós (42 km/h) mas com as velas rasgadas. Dez milhas náuticas atrás dele estava o Ericsson, de Neal Mc Donald, que também passou em grande velocidade.

O espanhol Movistar cruzou o portão do Cabo Horn a 150 milhas náuticas (278 quilômetros) do líder e com velocidade de apenas 12 nós (22 km/h) para manter a segurança. A embarcação vai atracar no porto argentino de Ushuaia para realizar os consertos necessários. O barco tem uma peça da quilha quebrada e os sistemas eletrônicos danificados.

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