João Nilson Zunino, presidente do Avaí, recebeu uma visita em Florianópolis no último fim de semana. O futuro vice-presidente de futebol do Paraná Clube, Aramis Tissot, encontrou-se com o amigo pessoal e tratou, dentro outros assuntos, da possibilidade de permanência de possíveis reforços avaianos para 2010 na Vila Capanema. O paranista sabe que o goleiro Zé Carlos e o meia Davi querem permanecer. Resta saber se o acordo trunfo para retomar o caminho da alegria e das vitórias no próximo ano sairá.
Quem lá estava também era Luiz Alberto de Oliveira, empresário dos dois jogadores e dono da LA Sports. Tissot também conversou com o ainda parceiro do Paraná, em mais uma tentativa de demovê-lo da ideia de não manter a parceria em 2010. Por enquanto, nada mudou, e o agente pensa em não continuar no Tricolor, levando consigo os seus atletas (além de Zé Carlos e Davi, a LA cuida dos interesses do zagueiro Gabriel). Entretanto, Oliveira ainda mantém uma última "faísca": a vontade dos atletas pode pesar. A palavra, entoada pelo técnico Roberto Cavalo quando as chances de acesso ainda existiam, virou sinônimo de esperança.
"Você precisa ver sempre como o jogador está adaptado, se está feliz. O Davi e o Zé gostaram de Curitiba e gostariam de ficar, isso evidentemente pesa muito, mas há o problema do acerto salarial, por exemplo. Além disso, existem outras propostas, principalmente pelo Davi, então preciso sentar com eles e discutir mais a fundo isso. O Paraná também precisa resolver os seus problemas internos", disse Luiz Alberto Oliveira, por telefone, à Gazeta do Povo.
O Vitória já teria feito uma sondagem por Davi, mas uma proposta do Vasco já chegou ao conhecimento do agente. "Eles têm um projeto sério, estamos em conversações preliminares sobre o Léo Gago, o Emerson (ambos do Avaí) e o Davi. Lá há um treinador como o Dorival Júnior, um potencial maior de investimento, então temos que levar tudo isso em conta. Mas também não se pode descartar a vontade do jogador, para que ele possa render o seu máximo e esteja feliz", completou o empresário, alimentando ainda a possibilidade da dupla ficar em Vila Capanema.
Além destas duas importantes renovações, a diretoria paranista ainda trata de outras pioridades, como as renovações do zagueiro Luis Henrique, dos volantes Adoniran, João Paulo e Luiz Henrique Camargo, do meia Rafinha e do atacante Marcelo Toscano. Boa parte das dificuldades tricolores passa pela falta de recursos. "Teríamos algumas verbas previstas para janeiro, mas precisamos antes deste dinheiro. Estamos trabalhando e conversando, então prefiro só falar em algo quando estiver acertado e assinado", explicou Aramis Tissot.
Se conseguir manter a dupla da LA Sports, a cúpula do Paraná ainda crê em uma reviravolta em relação à parceria com a empresa. Luiz Alberto mantém o discurso de deixar o Tricolor, sobretudo pelo que chama de "perseguição" contra os seus atletas e contra si mesmo. Todavia, a definição a respeito do possível diretor de futebol remunerado, e as permanência de Paulo Welter e Beto Amorim no departamento profissional ainda podem trazer novidades.
"Com o Welter comandando os resultados vieram e todos perceberam a qualidade dos jogadores. O Paraná precisa de um projeto a longo prazo, não há milagre. Creio que seja preciso eles manterem os principais jogadores e trazerem de três a quatro reforços, ai podem disputar o título paranaense e o acesso. Fiquei triste com o que houve, o time poderia ter subido esse ano. Espero que tenham paz para trabalhar no ano que vem", finalizou o empresário.
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