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 | Walter Alves/ Gazeta do Povo
| Foto: Walter Alves/ Gazeta do Povo

Adversário

Após retornar da Suíça, onde teve seu caso de doping julgado pela Corte Arbitral do Esporte, Jobson deve ser o principal destaque do Bahia hoje contra o Atlético. O atleta, que só saberá o veredicto da corte internacional em dois meses, foi o autor do gol da vitória já nos acréscimos da última rodada, contra o Fluminense, no Engenhão.

A única mudança que o técnico René Simões fará em relação a esse jogo é a saída do atacante Souza, que se machucou no último confronto e deve ficar 30 dias. Em seu lugar, entra Júnior. Carlos Alberto, ex-Grêmio, estará no meio de campo. Já Ricardinho, ex-Paraná, deve ficar no banco de reservas.

Política

Petraglia já admite retornar

O ex-presidente atleticano Mario Celso Petraglia (deixou o clube em 2008) revelou ontem que vive um conflito interno. Após dizer diversas vezes que não será candidato à presidência do clube no final do ano, ele admitiu que pode mudar de opinião. O primeiro sinal veio através do seu microblog: "Ponham mais água no feijão preto que eu estou voltando... Na próxima semana teremos novidades", postou.

"Apesar de eu ter jurado, dito, repetido mil vezes [que não seria candidato], há um apelo, uma pressão muita grande", garantiu Petragilia. "Onde eu vou as pessoas vêm falar comigo. As cartas que eu recebo, os e-mails, o Twitter, os facebooks...", disse, contando que até os seus netos e um casal de idosos teriam o abordado para que ele retornasse ao Furacão. "Isto tem me balançado", completou o empresário, que durante 14 anos pertenceu à alta diretoria rubro-negra.

De acordo com Petraglia, se antes era 100% de certeza de que não voltaria a comandar o Furacão, agora já diminuiu para 90%. "Eu tinha uma posição radical, definitiva, que eu jurei, mas estou pensando se vou morder a língua, se vou ter que pedir perdão. Só que ainda não tem nada decidido", afirmou.

Na próxima terça-feira, às 14 horas, o ex-presidente rubro-negro irá dar uma entrevista coletiva. Segundo a assessoria de imprensa do ex-dirigente, o empresário irá falar sobre o Atlético e a Copa do Mundo no Brasil. (RM)

O Caldeirão nunca borbulhou tanto neste ano. Em penúltimo lugar no Brasileiro e após uma semana que teve invasão da torcida organizada no CT, o Atlético enfrenta hoje o Bahia, às 18h30, na Arena, consciente da urgência de conseguir a primeira vitória. Fato que fez até o técnico Adilson Batista apelar para o lado psicológico na tentativa de conseguir o apoio do torcedor.

"Está aqui um filho criado no Atlético pedindo um voto de confiança, de tranquilidade, de incentivo por parte dos torcedores para que os atletas consigam render o que esperamos e nós possamos vencer o jogo", afirmou o treinador, formado como zagueiro nas categorias de base do Furacão.

A preocupação do técnico é justificada. Depois do encontro com os membros da uniformizada, terça-feira, ficou o receio da pressão que a torcida pode fazer hoje. Mesmo assim, o clube informou que não haverá um esquema de segurança especial para a partida.

Em campo, diante da dificuldade rubro-negra em balançar a rede, algo que ocorreu apenas uma vez em cinco jogos deste Nacional, Adilson Batista pediu para que o torcedor apoie os 90 minutos em um jogo considerado chave para o futuro atleticano.

"Pior do que está só se o Avaí ganhar lá [contra o Fluminense, amanhã, em Florianópolis] de 20 a 0", admitiu o treinador, referindo-se ao único time inferior na classificação ao Furacão. "Nós precisamos reagir. Nós temos esta consciência", disse Adilson, ciente, contudo, de que mesmo com uma vitória o Atlético permanecerá na zona do rebaixamento.

Para conseguir essa reação, o maior ídolo da equipe irá retornar. Com Paulo Baier em melhor forma física após duas semanas de trabalho específico, a intenção do treinador é aproveitar a experiência do capitão neste momento conturbado, em que o time conquistou apenas um ponto em 15 disputados.

"Não fujo da minha responsabilidade, sei o quanto sou importante", garantiu o camisa 10, que vai para o seu 101.º jogo pelo Furacão. Tempo de casa que lhe permite "conversar" com os fãs. "Eu peço de novo para que o nosso torcedor possa nos ajudar, nos empurrar. Sabemos que dentro de casa, com ele, somos fortes".

Baier, porém, não quis polemizar. Evitou fazer qualquer comentário sobre as recentes declarações do vereador e presidente da organizada Os Fanáticos, Júlio César Sobota, o Julião da Caveira – ele prometeu que atletas pegos na noite estariam no "hospital ou em casa de molho, tomando sopa de canudinho no dia seguinte". Caminho diferente tomou o meia Madson, que deixou claro que os jogadores perceberam a pressão.

"Lógico que ninguém é bobo de fazer alguma coisa fora de campo para prejudicar-se. A fase não está boa. Temos que trabalhar e tentar reverter esta situação", admitiu o baixinho, assumindo que ficou constrangido com a invasão do CT. "Vamos ter de dar um jeito, de uma forma ou de outra, para tentar vencer este jogo", afirmou o atleta, que deve ter um novo companheiro no time com a estreia do zagueiro Fabrício, o 40.º jogador a atuar pelo Furacão neste ano.

Ao vivo

Atlético x Bahia, às 18h30, na Rádio 98 FM (98,9) e no tempo real da Gazeta do Povo (www.gazetadopovo.com.br/esportes).

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