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Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar | Roberto Custódio/JL
Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar| Foto: Roberto Custódio/JL

Fabinho vai de invisível a herói

René Simões passou toda a campanha da Série B exaltando a importância dos "invisíveis" – jogadores que não são titulares – para o acesso alviverde. E coube a um jogador que só ganhou um lugar entre os 11 nesta semana, com a contusão de Diogo, protagonizar o jogo que selou a promoção do Coritiba. Fabinho fez o primeiro gol e deu o passe rápido para Túlio soltar a bomba no segundo contra os baianos.

"Fico muito feliz. Tenho de agradecer a todos. Mas ficaria mais feliz se saísse com a vitória", disse Fabinho. O jogador passou por momentos difíceis durante o ano, ficando de fora do time e vendo René Simões improvisar no setor, como quando o técnico utilizou Diogo pela esquerda.

Perguntado se havia ficado chateado, revelou não guardar mágoas. "Eu sempre trabalhei para buscar o meu espaço, e quem estava jogando ali estava correspondendo", comentou Fabinho. E o reconhecimento do treinador veio. "Foi a melhor partida dele no Coritiba", declarou o técnico. (AP)

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O técnico René Simões chegou para a coletiva após a partida com o Coritiba ainda na expectativa da confirmação ou não do retorno para a elite. E deixou a bancada de entrevistas com sua equipe praticamente garantida, já que enquanto falava aos jornalistas, o Santo André fazia 2 a 0 no Criciúma. Mesmo assim, não mudou de tom.

Informado do resultado favorável pelos repórteres de rádio, René não quis se pronunciar a respeito, muito menos comemorar a classificação. "Só vou celebrar quando for campeão. Em um time da grandeza do Coritiba, vou ficar muito frustrado se não for campeão", declarou o técnico, para em seguida se retirar do recinto.

Na mesma linha, quase impassível, falou com a imprensa ao pisar o gramado do Couto Pereira, antes de a bola rolar. Questionado se o confronto com o Vitória era o mais importante dos últimos dois anos do clube, minimizou.

"Todas as partidas são importantes. Foi o que eu conversei com os jogadores. Não podemos imaginar que esse é o jogo da classificação. E o do Ipatinga? E o da Ponte Preta? É só mais um".

Muito diferente foi o comportamento dele quando o árbitro apitou o início. Sempre de pé, ao lado da linha lateral (às vezes quase dentro do campo), René gesticulava o tempo todo com a equipe na área técnica. Era "volta", "sobe", "desce", "vira a bola", "chega junto", "aperta". Nem mesmo quando Fabinho fez 1 a 0 ele sossegou, aproveitando a passagem dos atletas para algumas instruções.

Depois de tanto trabalho, com o empate, veio o lamento da oportunidade perdida por Henrique Dias. "Se aquela bola tivesse entrado, o resultado seria outro. Mas não tivemos paciência, calma...", disse o treinador para, na seqüência, orientar mais uma vez os jogadores. Agora, o pedido era para que eles repetissem o gesto de saudar a torcida, comum em todos os jogos no Alto da Glória – especialmente na arrancada rumo à elite.

Sobre o confronto, René considerou o placar normal. "Foi um clássico, um belo jogo. O resultado não é nenhum absurdo. Queríamos ganhar, seria um passo imenso para o título. Mas ainda estamos no caminho certo", disse.

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