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Wallyson abriu o placar, fez grande jogo e fez a diferença do lado atleticano | Rodolfo Bührer / Gazeta do Povo
Wallyson abriu o placar, fez grande jogo e fez a diferença do lado atleticano| Foto: Rodolfo Bührer / Gazeta do Povo

Assista aos gols de Atlético x Corinthians na Arena

LANCE A LANCE: Acompanhe os principais lances da vitória do Furacão na Arena

  • A torcida atleticana fez a sua parte, compareceu e empurrou o Furacão. Sobrou até ironia sobre quem era o verdadeiro
  • Em campo, Ronaldo encontrou pouco espaço e muita marcação do Atlético
  • Wallyson abriu o placar a favor do Atlético logo no início
  • O jogador segue em grande fase no Furacão, depois de um início irregular no clube
  • Choque entre Márcio Azevedo e Ronaldo rendeu suspeita de fratura no atacante, o que foi descartado
  • Rafael Moura coroou a sua boa atuação com o segundo gol ainda no primeiro tempo

"Nunca perdi por três gols de diferença no comando do Corinthians". A frase é do técnico Mano Menezes. Quem diria que dois gols nos sete minutos finais na Arena da Baixada, na noite desta quarta-feira, evitaram que o retrospecto do treinador ganhasse um novo capítulo? O Atlético Paranaense quase conseguiu, mas ainda assim fez uma grande partida, quebrou a invencibilidade do Timão na temporada e venceu por 3 a 2, abrindo vantagem no primeiro confronto das oitavas-de-final da Copa do Brasil.

O Furacão mostrou um futebol de gala durante praticamente todo o confronto, anulando as principais armas dos visitantes. E Ronaldo? O Fenômeno foi muito bem marcado, até teve chance de fazer a diferença, mas quem mandou no jogo foi Wallyson, principalmente com a atuação no primeiro tempo. Na etapa final os atleticanos chegaram a abrir 3 a 0, mas dois descuidos aos 41 e aos 47 do segundo tempo deram a chance do Corinthians descontar.

Mesmo perdendo uma larga vantagem, o Atlético viaja para São Paulo na próxima semana com a possibilidade de jogar pelo empate no Pacaembu. Já o Corinthians aposta em uma vitória simples por 1 a 0 para avançar para as quartas-de-final, onde quem passar deste confronto vai encarar Fluminense ou Goiás. Mesmo com o bom futebol, o Furacão ficou na bronca com a arbitragem do pernambucano Nielson Nogueira Dias, autor de marcações polêmicas.

Agora o time do técnico Geninho volta a pensar no Campeonato Paranaense, torneio que pode conquistar com uma vitória neste domingo, às 15h50, contra o Cianorte, na Arena. O Corinthians também volta a pensar no seu Estadual, competição na qual pode ficar com o caneco se segurar o ímpeto do Santos também no domingo, no Pacaembu.

Ronaldo? Wallyson dá as cartas no primeiro tempo

A expectativa pela atuação do Corinthians e de Ronaldo na Arena da Baixada até atrasou o início da partida em cinco minutos. Quando a bola rolou o assédio da imprensa, que deu pouco espaço ao Fenômeno, foi trocado pela forte marcação atleticana, responsável por anular o camisa 9 corintiana e as outras principais peças do Alvinegro paulista. Controlando as ações atrás, o Furacão mostrou sua força e partiu para o ataque sem medo.

Na base da velocidade e de uma noite inspirada, Marcinho, Rafael Moura e Wallyson criaram, com três minutos de jogo, uma chance incrível de abrir o placar, contra uma defesa até então invicta na Copa do Brasil. O He-Man perdeu embaixo da trave, porém não se abateu. Enquanto Chico e Rhodolfo se revezaram em marcação individualmente Ronaldo, o trio ofensivo atleticano infernizou a defesa corintiana.

Em um replay do primeiro lance de gol, Rafael Moura desta vez marcou, contudo o lance foi anulado em um impedimento polêmico. Mas a pressão do Furacão logo foi coroada com a abertura do marcador. Se ele não conseguia marcar, então porque não servir o companheiro? Foi o que fez Rafael Moura, que cruzou para Wallyson mandar para o gol de Felipe.

O Corinthians seguiu marcando mal e não conseguindo criar jogadas ofensivas, o que fez o Timão apelar para os chutes de longa distância. Em um deles, o ex-atleticano Cristian bateu de longe e assustou Galatto. Nos contra-ataques, o Atlético sempre levava perigo, isto quando os corintianos não apelavam para um número excessivo de faltas. Do outro lado, Ronaldo procurou chamar o jogo para si, porém a bola não chegava e o nem mesmo uma cavada de pênalti, em jogada com Jairo, deu resultado.

Todavia, quando o Fenômeno pegou de fato na bola, o empate não saiu por muito pouco. O jogador recebeu na entrada da área e chutou bem, mas a bola saiu. Entretanto, a chance mais clara do Corinthians saiu dos pés de Morais, mas o lance foi parado por Galatto de forma espetacular. Quando o prejuízo de 1 a 0 já era administrado, o Timão tomou o segundo golpe. Em belo cruzamento de Raul, Rafael Moura mandou de cabeça para as redes paulistas.

"Estamos pondo a bola no chão, jogando e fazendo a diferença. Aumentamos a pegada, e com time grande é diferente, eles também querem jogar", disse Marcinho no intervalo.

Árbitro afrouxa, Corinthians perde pênalti, mas pressiona e diminui

A forte marcação e algumas trombadas fizeram Ronaldo ficar no vestiário e não voltar para o segundo tempo. O jogador foi inclusive encaminhado ao hospital com suspeita de fratura na costela. Otacílio Neto entrou em seu lugar. No Furacão, Geninho também fez uma modificação, sacando Fransérgio para a entrada de Gustavo. A alteração colocou Chico como volante, tentando apertar ainda mais a marcação em cima do Corinthians. Mas a possível reação visitante foi logo brecada por mais um gol rubro-negro.

Aos dois minutos, depois de escanteio, Márcio Azevedo chutou, a bola bateu na zaga e sobrou limpa para Chico arrematar e fazer o terceiro da partida. Com a goleada instalada, os jogadores do Timão passaram a demonstrar um desequilíbrio emocional. Dentinho deixou o cotovelo no rosto de Rafael Moura logo após o gol atleticano, mas o árbitro Nielson Nogueira Dias "nada viu". Contudo, esta não foi a única "peripécia" do juiz.

Otacílio Neto logo em seguida deixou a perna em dois atletas atleticanos, e mais uma vez o árbitro pernambucano nada viu ou marcou. Mas a penalidade máxima cavada por Elias, aos 12 minutos ele viu e marcou. Porém, existe um ditado no futebol de que pênalti inexistente não entra. Dito e feito. Chicão cobrou no canto esquerdo, a bola bateu em uma, duas traves e não entrou. A bronca atleticana com a arbitragem prosseguiu, mas a goleada continuava em andamento.

As entradas de Alessandro e Souza no Corinthians deu novo ânimo aos visitantes, que encaixaram a marcação e passaram a impor uma pressão sobre o Atlético. No contra-ataque veio a chance do quarto, com Marcinho, mas Felipe fez bela defesa e impediu uma goleada ainda maior. Castigo mesmo veio aos 41, quando Cristian cobrou falta com uma verdadeira bomba, a bola fez uma curva e Galatto acabou observando a pelota entrar.

Logo em seguida Otacílio Neto perdeu uma chance clara de fazer o segundo, em nova lambança do juiz. Entretanto, o erro final foi da defesa atleticana, quando Souza fez jogo de corpo e a bola sobrou para Dentinho, que girou sobre a marcação e bateu para fazer o segundo dos corintianos.

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