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No centro, Roger Federer beija a taça do lendário torneio londrino. Nas laterais, suas outras seis conquistas (2003 a 2007 e 2009) | AFP
No centro, Roger Federer beija a taça do lendário torneio londrino. Nas laterais, suas outras seis conquistas (2003 a 2007 e 2009)| Foto: AFP

Roger Federer voltou a fazer história no tênis. Sem se intimidar com a pressão da torcida britânica, o tenista suíço derrotou ontem o escocês Andy Murray na final de Wimbledon, por 3 sets a 1, com parciais de 4/6, 7/5, 6/3 e 6/4, e garantiu sua volta ao topo do ranking mundial. Foi o sétimo título dele no Grand Slam inglês, disputado em Londres, igualando o recorde do norte-americano Pete Sampras.

A conquista histórica do sétimo título na lendária grama inglesa coroa a recuperação do suíço no circuito, já que não vencia um torneio deste nível desde o Aberto da Austrália de 2010. Com mais este triunfo, ele ampliou seu recorde como maior campeão de Grand Slam – já são 17 troféus. Ao todo, ele soma 75 títulos na carreira, cinco deles somente nesta temporada.

Com a vitória, Federer também igualou o recorde de sete títulos do britânico William Renshaw em Wimbledon. O segundo, porém, obteve o feito na década de 1890, quando o atual vencedor disputava somente a final da edição seguinte. No caso do suíço, as conquistas anteriores aconteceram entre 2003 e 2007, além da vitória em 2009.

Aos 30 anos, Federer também igualou Sampras ao voltar ao topo do ranking. Quando a lista da ATP for atualizada hoje, o suíço passará o espanhol Rafael Nadal e o sérvio Novak Djokovic, alcançando as mesmas 286 semanas na liderança do norte-americano. O recorde à frente do ranking (ele já detém a melhor marca de semanas consecutivas) deverá acontecer sete dias depois.

Murray, por sua vez, desperdiçou a chance de encerrar um incômodo jejum dos britânicos. Um tenista da casa não levanta o troféu em Wimbledon desde 1936, quando Fred Perry foi campeão de simples. Na última sexta-feira, porém, o número 4 do mundo colocara fim ao jejum que perdurava desde 1938, ao chegar à final - o último britânico a alcançar a decisão do torneio foi Bunny Austin.

"Eu não poderia estar mais feliz. É incrível ser campeão novamente aqui", comemorou Federer, que ficou visivelmente emocionado com o feito histórico deste domingo. "É fantástico poder igualar a marca de Sampras, ele é meu ídolo", completou o suíço. Do outro lado, chorando, Murray elogiou o campeão e agradeceu o apoio que teve da torcida. "O público foi incrível. Obrigado", afirmou o escocês.

Ansiosa pela grande decisão de Wimbledon, a torcida britânica não podia esperar um início de partida melhor para Murray (4/6). O segundo set da decisão foi mais equilibrado. Os dois tenistas confirmavam seus serviços com bons saques até o 12º game, quando Federer contou com um vacilo de Murray para obter nova quebra, fechar o set e empatar o confronto (7/5).

O suíço, porém, teve seu embalo quebrado no início da terceira parcial por causa do início da chuva. A partida foi paralisada por cerca de 40 minutos para o fechamento do teto retrátil. Passado o intervalo, Federer voltou melhor e dominou o duelo até quebrar o saque de Murray (6/3). "Quando o teto fechou, ele jogou um tênis inacreditável", admitiu o escocês.

No fim, após 3 horas e 24 minutos de confronto, o suíço manteve o ritmo (6/4), ganhando a ovação do público na quadra central do All England Club.

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