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Os gritos pedindo a sua saída parecem ter mexido com os brios do técnico Ivo Wortmann. Depois do empate em 1 a 1 contra o Cianorte, neste domingo, o comandante do Coritiba mostrou desconforto ao ver o nome de René Simões ser ovacionado nas arquibancadas e nenhum dirigente da diretoria alviverde dar as caras após a partida para declarar apoio ao treinador.

"Acho que isso faz parte da carreira do treinador, e eu não posso desrespeitar o torcedor. Acho que na hora difícil a gente vê determinadas coisas, já passei por isto aqui no Coritiba, na minha primeira passagem, e fui apoiado. É muito prático dar apoio internamente, porém é importante também o aspecto externo, é ele que repercute. Não tinha observado hoje, mas não tem nenhum dirigente aqui", disse Wortmann em sua coletiva.

Mesmo pressionado, o técnico do Verdão prega a manutenção do seu trabalho para que os resultados possam vir.

"Os clubes que acreditam nos treinadores são aqueles que chegam na ponta. No Grêmio por exemplo, o Celso Roth vive uma situação 100 vezes pior do que a minha, mas a direção o mantém por convicção. Vim honestamente trabalhar, e quem tem que responder (se fica ou sai) é a diretoria".

Sobre o empate em casa, Ivo Wortmann acredita que o Coritiba merecia a vitória, porém não conseguiu converter a superioridade em gols. Sobrou também para a arbitragem.

"Foi um bom jogo, o Coritiba teve volume, criou oportunidades, e eu concordo que tivemos dificuldades na defesa, mas do meio para frente fizemos de tudo. A cultura do futebol é assim, quando o resultado não vem a culpa é do treinador, mas eu considero a responsabilidade dividida. Além disso tivemos dois pênaltis claros a nosso favor, e infelizmente empatamos", avaliou.

Sobrou espaço ainda para o treinador falar da possível volta de Rodrigo Mancha ao time. O jogador foi afastado por não ter renovado com o Coxa, e já possui um pré-contrato firmado com o Santos, fato que desagradou a diretoria.

"Sei que houve um desentendimento entre clubes e empresários no caso do Mancha e é uma situação já falada. Agora houve uma aproximação e quem não quer contar com um jogador como ele? Trabalho no clube, e existe uma diretoria acima de mim para decidir isso (se ele volta ou não)", finalizou.

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