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Já faz parte do subconsciente dos coxas-brancas. A cada passe errado de Cristian ou desatenção de Jackson a pergunta sempre vem à tona entre os torcedores: "Cadê o Renan?". Principal revelação do Campeonato Paranaense ao lado de Keirrison, o meia tenta se livrar do rótulo de promessa e virar realidade.

Castigado por uma séria contusão no púbis, Renan transformou a sala de fisioterapia do CT da Graciosa em "segunda casa" por 55 dias. O prata da casa, de 21 anos, viu a ascensão do time da janela do prédio central do QG alviverde.

Quando finalmente foi autorizado a trocar o chinelo pela chuteira, já era tarde. De solução, virou apenas mais uma opção. A quinta, atrás de Cristian, Jackson, Caio e Rodrigo Batata. Para piorar, a má fase derrubou o Coritiba da liderança da Série B. Pressionado, Paulo Bonamigo fez a opção lógica pelos mais experientes.

Sem espaço até nos coletivos, Renan relutou, mas aceitou o conselho do melhor amigo, o experiente goleiro reserva Kléber, e trocou as rodas de bobo atrás do gol pelo Coxa B. Aos torcedores mais saudosos, ele faz o convite; apareçam às 15 horas, sábado, na Vila Olímpica, que lá estará o armador vestindo novamente a camisa 10. É a estréia do "time de aspirantes" do Coritiba na Copa dos 100 Anos, o pré-Paranaense.

"No começo eu fiquei abatido. Não entendia o motivo de estar sendo rebaixado. Mas eu conversei com o Kléber e vi que não é nada disso. A ou B, é tudo Coritiba. Se eu for bem no B, a própria torcida vai me colocar na equipe principal de volta", comentou ele.

A esperança de Renan, cujo contrato com o clube vai até o fim de agosto de 2007, é reforçada por Bonamigo. "O Renan está voltando de um tratamento longo e precisa ser testado. No período os outros jogadores da posição cresceram também. Mostrando no time B que está bem, recuperado, a chance de ele voltar para cá é altíssima", informou o técnico, via assessoria de imprensa.

O exílio forçado no departamento médico trouxe outro aborrecimento ao prata da casa. Ele se viu obrigado a desmentir o boato de que a lesão era culpa do seu apreço pela vida noturna. "Sou profissional ao extremo. Sei separar bem o momento em que estou de folga e posso sair da rotina dos treinos. Tenho consciência de que dependo do meu corpo para ir bem", afirmou o meia, que desde criança acompanha a paixão do pai pelo Coritiba das arquibancadas do Couto Pereira. "Sei o que significa o retorno à Primeira Divisão. Vou dar a volta por cima e ajudar o time a chegar lá", disse.

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