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Dortmund – Zico havia antecipado a sua despedida um dia antes do jogo. Mas não esperava oficializar o adeus da seleção japonesa de forma tão melancólica. A necessidade de vencer e a ânsia de marcar gols levaram ao desespero a equipe e o resultado foi uma goleada de virada.

O jogo representou mais um capítulo de uma carreira vitoriosa que nunca brilhou em Copas. Como atleta, viu a encantadora seleção de 82 ser eliminada e também não teve sucesso em 86. Como auxiliar do Brasil, amargou a derrota em 98, na França, e ainda ficou com a "culpa" pelo corte de Romário.

Mesmo assim, ele não se sente frustrado. "Claro que sempre quero vencer. Mas minha vida não vai ser melhor ou pior por causa disso", afirmou.

Zico não atribui a eliminação à derrota para seu próprio país, mas ao deslize na estréia. "A culpa não é desse jogo e sim dos oito minutos contra a Austrália. Era um confronto muito importante e aquilo comprometeu nosso trabalho de forma irreversível", analisou. O time vencia por 1 a 0 e amargou 3 a 1 no final.

Crítico como sempre, reclamou da falta de capacidade da equipe em manter a posse de bola no fim do primeiro tempo. Ao perdê-la propiciou o gol de empate de Ronaldo e desanimou o time de vez. "Tínhamos de controlar o jogo durante um minuto e falhamos. O Ronaldo marcou ao 46. Se tivéssemos saído na frente o panorama do jogo podia ser um pouco diferente", disse o técnico, que elogiou o camisa 9 brasileiro.

"Eu adoraria ter um jogador como o Ronaldo na minha equipe", disse Zico. "Ele tem faro de gol e talento."

Apesar da eliminação precoce, Zico não considera que a campanha na Alemanha possa prejudicar sua história de 14 anos no Japão, onde tem uma imagem consolidada. "Dei meu coração e minha alma para esse time. Mas tivemos alguns problemas. Ainda temos de evoluir muito", analisou. Entre as dificuldade, a série de contusões que acompanhou a seleção. "Treinamos apenas 4 dias com todos os 23."

Para o futuro, Zico pensa em atuar no futebol europeu e não descarta o desafio de estar no banco de reservas na África em 2010.

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