A desigualdade aumentou na China com as benesses de uma economia capitalista, mas os pobres melhoraram de vida| Foto: Pixabay

A disparidade de renda vem recebendo muita atenção recentemente. O USA Today, a CNN e o Urban Institute fizeram reportagens documentando desigualdades de renda. Depois de afirmar que a desigualdade global se estabilizou, o New York Times declarou: “Mas há uma má notícia: essa trégua provavelmente não vai continuar”.

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A crítica à desigualdade econômica é uma crítica à liberdade individual e ao livre mercado. 

Como assim? 

Os humanos são complexos, e essa complexidade se compreende quando se consideram todos os diferentes desejos e necessidades que temos. A semelhança entre os desejos e as necessidades gerais é evidente, mas também é evidente a complexidade de satisfazê-los. Os humanos geralmente desejam/precisam de moradia, mas você já viu duas casas que sejam idênticas? A estética interna e externa exatamente igual? E a música que está tocando no Pandora? 

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A complexidade de nossos desejos, chegando até a música que ouvimos, pode ser satisfeita melhor por um sistema que permite trocas mutuamente benéficas entre aqueles que criam música e os que querem música. A troca beneficia as duas partes. Uma parte desfruta o produto, e a segunda parte gera renda que pode se tornar riqueza. Quando a música criada por um músico específico satisfaz os desejos de mais pessoas, a renda desse músico cresce até o ponto em que são auferidos lucros (renda que excede os gastos) e se cria riqueza (o acúmulo de bens). 

O mercado é um mecanismo que recompensa aqueles que satisfazem as necessidades de outros. As pessoas que melhor satisfazem as necessidades de outros são remuneradas de acordo e geram riqueza em menos tempo que outras. Assim surge um desnível entre aqueles que satisfazem as necessidades e os desejos de outros de modo excelente e aqueles que não o fazem. Por estranho que possa parecer, Taylor Swift é mais bem remunerada que o grupo Avett Brothers e acumulou mais riqueza que a banda. Existe uma disparidade. 

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Aí está o problema 

Os críticos da disparidade de riqueza passam um julgamento moral, julgando que, independentemente de quem satisfaz mais os desejos/necessidades de outros, um indivíduo ou grupo é mais merecedor. Essa pessoa, empresa ou indústria faz jus a mais riqueza porque é mais merecedora. O Avett Brothers merece mais porque sua música é mais autêntica que a de Taylor Swift e porque o desnível de riqueza deveria ser reduzido. O início do Estado totalitário tem suas raízes nessa passagem de um mercado livre para um mercado planejado. 

A liberdade do indivíduo de criar e conservar riqueza é subordinada a um resultado de riqueza igualada que as autoridades determinam para o resto da população. Isso é feito ou tirando daqueles que criam riqueza (Taylor Swift) por satisfazer as necessidades de outros com excelência e a redistribuindo àqueles que não o fazem (o Avett Brothers), ou impedindo o indivíduo de participar do mercado. 

Existe realmente um problema de disparidade de riqueza? 

A disparidade de riqueza não é um problema. Ela é fruto de indivíduos que usam sua liberdade para atuar em áreas que mais os satisfazem: ou produzindo bens e serviços para outros ou consumindo o que outros produzem. Aqueles que produzem para muitos acumulam riqueza. 

Quando não existe disparidade de riqueza, há um problema. Usando de vários métodos de distribuição de riqueza, as autoridades procuram igualizar os resultados e, sem querer, criam uma classe permanentemente desfavorecida. Além disso, a redução da riqueza por meio do confisco de bens reduz o incentivo para que se satisfaçam as necessidades de outros. Menos bens e produtos são produzidos e menos riqueza é criada. Em última análise ocorre uma espiral da morte, e perdemos todos.

A satisfação de desejos/necessidades e a geração de riqueza beneficiam a todos, especialmente os pobres. A desigualdade continua presente, mas o padrão de vida dos pobres subiu de modo dramático. Coisas que antes eram luxos, ao alcance financeiro apenas dos ricos, hoje são bens habituais mesmo dos “pobres”. Geladeiras, aparelhos de ar condicionado, automóveis, telefones, computadores, lavadoras e secadoras de roupa, tudo isso virou comum.

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Por quê? Porque os criativos e esforçados tiveram liberdade para satisfazer as necessidades de muitos, elevando o padrão de vida das duas partes. O consumidor tem suas necessidades satisfeitas e o produtor gerou riqueza.

Conteúdo publicado originalmente no site da Foundation for Economic Education. Publicado em português com permissão.

Tradução de Clara Allain
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