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O secretário-geral da ONU, António Guterres, durante encontro em Roma, capital da Itália
O secretário-geral da ONU, António Guterres, durante encontro em Roma, capital da Itália: até hoje a ONU não publicou nenhuma resolução condenando os ataques do Hamas| Foto: .EFE/ Daniel Cáceres

A precursora das Nações Unidas foi concebida pelo Presidente Woodrow Wilson, que viajou febrilmente pela Europa apelando à “construção da paz”, bem como à “criação de uma Liga das Nações” para atingir esse objetivo.

Isto ocorreu logo após a Primeira Guerra Mundial e, pelos seus esforços incansáveis, Wilson foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz em 1919. Ironicamente a primeira organização intergovernamental mundial cuja razão de ser era manter a paz mundial falhou miseravelmente.

O rescaldo da Segunda Guerra Mundial levou à fundação de uma organização igualmente inepta com o mesmo conceito utópico de prevenir futuras guerras mundiais: as Nações Unidas.

O século 20 é agora conhecido como o século mais sangrento da história pelo grande número de guerras que assolaram o mundo. Não é necessário recorrer a especialistas para deduzir que as Nações Unidas falharam nesta frente, entre outras.

Na verdade, a ONU tornou-se um epíteto de corrupção e inépcia.

Pelo menos outros órgãos governamentais globais — como a Fédération Internationale de Football Association (FIFA) e o Comitê Olímpico Internacional (COI) — conseguem cumprir a sua missão, apesar da corrupção desenfreada.

Como é que a principal organização intergovernamental encarregada de garantir e promover a paz mundial passou a sua existência sendo obsessivamente beligerante para com um dos seus Estados membros?

Desde 2015, a ONU — composta por 193 estados membros e dois estados observadores — adotou 140 resoluções contra Israel. Em 2022, a Assembleia Geral da ONU adoptou mais resoluções críticas a Israel do que contra todas as outras nações juntas.

Para colocar isso em perspectiva, Israel — a “nação startup do mundo” — é um pouco menor que Nova Jersey. No entanto, Israel tem sido forçada a resistir aos abusos de nações maiores e mais fortes desde a criação do Estado Judeu, em 14 de Maio de 1948.

Não é de admirar que Israel não se intimide sempre que as probabilidades estão contra si.

De volta ao tema das Nações Unidas serem a personificação da corrupção e da inépcia: durante o genocídio de 1994 no Ruanda, quando os soldados hutus massacraram pelo menos 800 mil ruandeses tutsis em 100 dias, o homem encarregado de supervisionar os esforços de manutenção da paz da ONU — Kofi Annan — falhou miseravelmente quando era mais importante.

Na verdade, Annan ordenou que o tenente-general Roméo Dallaire, do exército canadense, então comandante da força da Missão de Assistência da ONU para o Ruanda, se retirasse. Isto aconteceu apesar do envio repetido de informações por Dallaire, afirmando que o fornecimento de tropas, logística e armas adicionais eram necessários para reprimir a escalada da violência.

Dallaire escreveu em 2014 que “prevenir este genocídio era possível; era nossa obrigação moral.” O general canadense acrescentou: “E é um fracasso que me tem assombrado todos os dias nos últimos 20 anos”.

Em 1995, um ano após o genocídio no Ruanda, mais de 8 mil homens e rapazes muçulmanos bósnios foram massacrados pelo exército sérvio da Bósnia, no que é chamado de Massacre de Srebrenica. Mais uma vez, Annan, encarregado de supervisionar os esforços de manutenção da paz da ONU, falhou quando mais importava.

Apesar destes fracassos flagrantes, Annan foi recompensado com o cargo mais alto da ONU quando foi nomeado secretário-geral em 1997. Para surpresa de ninguém, tanto ele como a ONU ganharam o Prémio Nobel da Paz em 2001.

Determinado a imitar o seu pai seguindo os seus passos, o filho Kojo Annan envolveu-se no escândalo do petróleo por alimentos em 2004, depois de receber pagamentos de uma empresa suíça que tinha ganho o lucrativo contrato com as Nações Unidas para executar o programa de assistência a cidadãos assolados pelas sanções econômicas ao Iraque.

Tudo isto aconteceu durante o mandato do seu pai como secretário-geral da ONU.

Avançamos para o final do mês passado, quando a Assembleia Geral da ONU adotou uma resolução exigindo que Israel se submetesse a uma “trégua humanitária sustentada que conduzisse à cessação das hostilidades”. Este mesmo órgão não conseguiu aprovar uma resolução condenando a organização terrorista Hamas, os verdadeiros perpetradores da atual guerra Israel-Hamas, ao infiltrar-se em Israel a partir do Sul, no dia 7 de Outubro, e matar cerca de 1.400 civis.

Além disso, o Irã, que financia o Hamas e é o principal patrocinador mundial do terrorismo, foi escolhido no início deste ano para presidir ao Fórum Social anual do Conselho dos Direitos Humanos da ONU.

Não é de admirar que o então Presidente Donald Trump tenha retirado a participação dos EUA do Conselho dos Direitos Humanos da ONU — uma medida que foi recebida com raiva apoplética pelos meios de comunicação social e pela elite progressista.

Apesar de as Nações Unidas serem alvo de elogios e adulação de multidões de indivíduos ingênuos em todo o mundo, é hora de chegar a um acordo sobre a verdadeira face da organização global.

O fato é que, tal como está constituída, a ONU cumpre as ordens de uma elite progressista mundial e irresponsável que procura minar a soberania das nações que não se curvam às suas regras.

Kweku Boafo é ex-diretor de assuntos de estado da America First Works, o braço popular do America First Policy Institute, fundado por veteranos da administração Trump. Sob Trump, Boafo foi diretor do Peace Corps Response, conduzindo iniciativas estratégicas dentro do Peace Corps

©2023 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês: The True Face of the United Nations
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