As opiniões políticas não precisam triunfar sobre as relações pessoais
- City Journal
- [02/12/2019] [17:29]

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- [02/12/2019] [17:29]
Algumas pessoas estão falando bobagem na Internet, neste exato momento. Alguns estão falando bobagem nas redes sociais e há uma boa chance de você ser amigo de ao menos uma dessas pessoas. As pessoas entendem errado as coisas o tempo todo.
O fato de as pessoas errarem abre várias oportunidades de escolha. Você pode intervir ou não. Se você intervier, pode ou não discordar. Se discordar, pode argumentar e correr o risco de arruinar a relação – ou não.
Talvez você não conheça a pessoa que está falando bobagem. Talvez haja uma relação prestes a acontecer e, ainda que talvez ela não seja nada, talvez ela se torne uma relação cheia de realizações. Talvez você ganhe um conhecido, um amigo e até um cônjuge. Mais uma vez, você tem diante de si várias escolhas.
No clima belicoso de hoje, uma opção não muito mencionada é falar com alguém que está falando bobagem, mas sem discordar dessa pessoa. Pode parecer estranho e até impossível fazer isso, sobretudo se você considera o que ela está dizendo ofensivo ou repugnante. Como fazer isso? Você pode deixar que a outra pessoa fale bobagens.
Um dos aspectos mais malignos da nossa cultura é o fato de considerarmos uma virtude o ato de corrigir ou advertir as outras pessoas por opiniões com as quais discordamos. Mas essa em geral é a pior atitude, sobretudo se você pretende fazer com que a outra pessoa mude de ideia e criar uma amizade.
Se você deixar que as pessoas falem bobagem, isso pode dar início a uma revolução nas suas relações. Poucas pessoas gostam de ser corrigidas e, na maior parte dos assuntos – como a opinião do seu vizinho sobre a política de imigração ou os moradores de rua, por exemplo – suas opiniões profundamente incorretas são, no fundo, irrelevantes para a relação entre vocês. Você mantém relações no trabalho, em casa, com seus vizinhos e na sua comunidade, nas lojas que você frequenta, com seus amigos, em todos os lugares. Poucas dessas relações têm a ver com política e nenhuma delas precisa ser prejudicada só porque tem um problema com as opiniões dos outros a ponto de não poder ignorar o fato de você discordar delas.
Depois que você deixa que os outros digam bobagem, você perceberá várias formas de se relacionar com pessoas que mantém crenças falsas, por mais ofensivas que você as considere. Você pode demonstrar curiosidade por aquilo no que as acreditam, o que pode fazê-lo questionar as opiniões delas, ouvir suas respostas e entender melhor os pontos de vista. Isso permitirá que você aprenda com a pessoa com a qual você está discutindo, o que geralmente é recíproco e as faz ouvirem e aprenderem com você. Você estabelecerá uma ligação e desenvolverá relações novas e mais profundas. Você acabará por entender pessoas com as quais discorda e elas o entenderão melhor — e elas querem isso. Se você realmente defende valores diferentes dos do seu parceiro de conversa, vocês serão capazes de compreender as motivações de cada um com o coração aberto, como opiniões divergentes de pessoas de bom coração. Barreiras e diferenças serão derrubadas, ainda que as discordâncias possam persistir.
A psicologia humana é tal que uma das formas mais eficientes de fazer com que o outro mude de opinião, se este é seu objetivo, é por meio da confiança e do respeito. Permitir que os amigos tenham opiniões e acreditem em coisas que você considera mentira, e permitir que eles saibam que vocês ainda são amigos, é algo que pode promover justamente essas virtudes comuns. As pesquisas mostram que uma sensação de segurança psicológico, que nasce quando se respeita o bastante as pessoas para permitir que as discordâncias sejam coadjuvantes na relação, é fundamental para se influenciar os outros.
Talvez nosso objetivo não seja mudar a opinião de ninguém. E não precisa ser mesmo. Nossa vida melhora quando aumentamos a quantidade de relações positivas e saudáveis que temos. Permitir que os amigos se enganem é um antídoto à solidão, uma oportunidade de tirar proveito da diversidade de pensamento e uma forma de aprofundar e reforçar nossas amizades. Segui tem frente, em muitos casos, é simplesmente deixar as pessoas falarem bobagem.
Peter Boghossian é professor do departamento de filosofia da Portland State University. James Lindsay é escritor e pesquisador.
Comentários [ 19 ]
Roberto
± 16 horas
Mas nem fu...endo! Inadmissível ouvir alguém defender comunismo, feminismo, esquerdopatia, ideologia, liberação de drogas, homossexualismo para crianças, ideologia de gênero, defesa de bandidagem e ficar calado! Ouvir alguém defender corrupto solto e ficar calado! Vá se catar! Foram anos de um discurso ideológico único, e agora querem estigmatizar quem tem opinião contrária. Vão se catar!
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Fernando Cavalcante
± 17 horas
A polarização decorre do embate filosófico embutido em diferentes propostas políticas. O espectro político apenas com posições pouco divergentes mostrou-se ineficiente para abranger parcelas significativas das populações de diversos países - ou seja, a filosofia por trás deste modelo fracassou. Para que este embate seja mais civilizado, a população precisaria ser mais civilizada - mais culta e educada.
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Formighieri
± 23 horas
Não é possível tolerar intolerantes. É um paradoxo. Se o que o outro defende é uma política de exclusão, racismo, machismo, xenofobia ou homofobia, a opinião política não só vai intereferir como destruir as relações pessoais.
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Shayman
± 22 horas
E todos esses adjetivos com certeza são aplicáveis a todas as pessoas que não concordarem 100% com as opiniões e soluções apresentadas pelos esquerdopatas, né?
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Shayman
± 24 horas
Em um mundo de likes e lacradores, criticar e mostrar publicamente a má-fé e/ou a estupidez de determinadas opiniões, auxilia a abrir os olhos de quem as lê, bem como cria um sentimento de identidade e segurança social para com quem lê esses absurdos das redes e tem medo de se manifestar.
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Shayman
± 24 horas
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Shayman
± 24 horas
Em um mundo de likes e lacradores, criticar e mostrar publicamente a má-fé e/ou a estupidez de determinadas opiniões, auxilia a abrir os olhos de quem as lê, bem como cria um sentimento de identidade e segurança social para com quem lê esses absurdos das redes e tem medo de se manifestar.
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Renata
± 24 horas
Com certeza é a melhor alternativa. Ainda mais quando o debate é tão polarizado e poluído por pistas falsas.
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Shayman
± 24 horas
Para que os maus vençam, basta que os justos se calem. Os esquerdopatas usam com sucesso a crítica virulenta e os ataques pessoais contra todos e tudo que não comunga com seus ideais fascistas. Silenciar não é uma opção.
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Shayman
± 23 horas
Justos são os que defendem suas idéias e convicções com honestidade intelectual e responsabilidade histórica. São os que defendem a liberdade de expressão e o debate franco de todos os assuntos sem sujeitar-se a dogmas pseudocientíficos ou ao monopólio da ética por apenas um grupo.
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Sartan
± 24 horas
correção : E quem é justo?
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Sartan
± 24 horas
E que é justo?
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Carmo Augusto Vicentini
± 1 dias
Durante décadas a esquerda teve o monopólio do discurso e olhem onde viemos parar... Brasil terra arrasada, econômica, social, cultural e intelectualmente. A guerra cultural tem que ser vencida diariamente, desmascarando as falácias e contradições dos canhotos. Não espera! Não vou discutir! Vou me calar e deixá-los dominar as narrativas novamente e seremos todos felizes... Só que não!
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Renata
± 21 horas
"estrela", você está correta.
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± 22 horas
Aí a direita vai lá e age do mesmo jeito que a esquerda, sem tirar nem por... hipocrisia é mato!
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Eduardo Prestes
± 1 dias
O problema é que a esquerda é extremamente destrutiva. Os venezuelanos e cubanos perderam suas pátrias para os doidos marxistas. A esquerda destruiria minha vida se pudessem implantar a tirania que desejam. Acabariam com as empresas, os empregos, as liberdades de empreender, de viajar ou de se simplesmente se expressar.... Por isso não há como evitar o enfrentamento. Eles estão em guerra contra nós, seria ingenuidade desconsiderar a ameaça. Quem não conhece a história, corre o risco de repeti-la. Os marxistas do Camboja, em um regime que durou apenas 4 anos, mataram 1/3 da população (2 milhões de pessoas). Não há limites para a loucura marxista.
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Adriana Gomes
± 2 dias
Eu já estava fazendo isso há algum tempo mas quando lemos alguém falando o que pensamos é tão reconfortante. Infelizmente, sempre tem gente nova caindo nessa armadilha e acho que esse clima veio pra ficar. Simplesmente, rolo a tela. Não dou like, não compartilho, não comento. Minha saúde mental agradece também.
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Marcos
± 2 dias
Daqui alguns anos os brasileiros olharão para trás e perceberão o quanto tolos foram. Muitos fazem comício de graça; criam animosidades em nome de porcos que governam. Mais dia menos dia os cidadãos cairão na real do quanto bobos foram.
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