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Infelizmente, não foram poucos os países ocidentais que abdicam da liberdade em nome da histeria e da sede de controle despertadas pela pandemia.
Infelizmente, não foram poucos os países ocidentais que abdicam da liberdade em nome da histeria e da sede de controle despertadas pela pandemia.| Foto: Bigstock

Sob o pretexto de se promover a saúde pública, muitos países do chamado Ocidente livre perderam sua alma. Analisando o alcance do governo e os abusos de poder em praticamente todas as nações do Ocidente, pode-se concluir que os Estados Unidos representam realmente o último reduto da liberdade.

Eis aqui um resumo da supressão da liberdade em importantes países ocidentais.

Canadá

O Canadá é um dos países menos livres do mundo ocidental. De certa forma ele é o menos livre. Em todas as esferas da vida privada, incluindo liberdade de expressão, o Canadá restringe drasticamente os direitos dos cidadãos. O Canadá é um dos poucos países do mundo que proíbe os não vacinados de usarem o transporte público — avião, trens e ônibus. E nenhum lar canadense pode receber mais de três visitantes — medida que impediu famílias e amigos de se reunirem no Natal.

O Canadá é uma vergonha moral. Mas aparentemente a maioria dos canadenses está feliz em viver numa país prestes a se transformar numa ditadura. Eles deveriam substituir a folha da bandeira canadense por um cordeirinho.

Europa

No verão de 2021, muitos países europeus criaram o chamado “passaporte sanitário”. Esse passaporte digital, na forma de um QR code, é necessário para se entrar em cafés, bares, restaurantes e até no transporte de longos distâncias. Os ingênuos negam que o objetivo real da União Europeia sempre foi um sistema de identificação digital para todos os cidadãos.

Holanda

A Holanda está entre os países menos livres do Ocidente. De 19 de dezembro de 2021 “até pelo menos” 14 de janeiro de 2022, os holandeses devem ficar em casa o máximo possível, não receber mais de dois visitantes por dia, não estar na companhia de mais do que uma pessoa ao ar livre e trabalhar de casa. Além disso, restaurantes, cafés, bares e lojas não essenciais devem permanecer fechadas.

Os holandeses tampouco têm o direito de protestar contra essas restrições drásticas. Há alguns dias, um protesto antilockdown foi proibido pelo prefeito esquerdista de Amsterdã, Femke Halsema, porque “as pessoas não estão cumprindo as regras de distanciamento social”. Ainda assim milhares de pessoas saíram às ruas. Eles foram recebidos com drones, jatos d’água e muita força policial. A imagem de um cão policial mordendo o braço de um manifestante viralizou.

França

Na semana que vem, o home office será compulsório para os que podem optar por ele. O primeiro-ministro francês, Jean Castex, disse que “mesmo que não vejamos os hospitais lotados por causa da ômicron, a transmissibilidade da variante exige que tomemos medidas”.

O país exige o passaporte vacinal desde o verão passado. O passaporte só permite aos vacinados, os que fizeram exame nas últimas 24 horas e os que já tiveram a doença, entrar em cafés, restaurantes, museus, cinemas e outro espaços públicos.

O uso da máscara também é obrigatório em todo o país para todos com mais de 11 anos, tanto em espaços fechados quanto no transporte público, sob pena de multa. Da mesma forma, o consumo de alimentos e bebidas no transporte público está proibido — inclusive em trens de longa distância. Nas escolas, o uso da máscara é obrigatório a partir dos seis anos, inclusive nas áreas ao ar livre.

Áustria

A Áustria concorre com a Holanda pelo posto de país menos livre da Europa Ocidental. De 22 de novembro a 12 de dezembro de 2021, ninguém podia sair de casa sem justificativa, como fazer compras, ir ao médico ou se exercitar. O lockdown continua para os 30% dos austríacos que ainda não tomaram a vacina.

Em outras palavras, quase um terço de todos os austríacos não podem deixar suas casas desde 22 de novembro e não poderão sair de casa no futuro próximo. E a situação está prestes a piorar. A Áustria será o primeiro país do mundo a tornar a vacina da Covid-19 compulsória. Não se vacinar será ilegal.

Em 1º de fevereiro de 2022, os austríacos não vacinados serão multados em 200 euros por mês, e a multa aumentará no caso de reincidência caso eles sejam pegos fora de casa. A Alemanha já disse que pretende tomar a mesma medida.

Reino Unido

A Escócia impediu os torcedores, mesmo os vacinados, de frequentarem eventos esportivos. Máscaras têm de ser usadas em lugares fechados como casas noturnas. Também é preciso apresentar o passaporte vacinal para entrar em casas noturnas e outros lugares.

O País de Gales foi além, permitindo no máximo seis pessoas em bares, cinemas e restaurantes. As casas noturnas permaneceram simplesmente fechadas até 27 de dezembro de 2021. O distanciamento social obrigatório de dois metros foi instituído nos locais de trabalho. As pessoas têm de trabalhar de casa, a não ser que seja impossível.

Apesar de a Inglaterra não ter ainda as mesmas regras da Escócia e do País de Gales, é preciso apresentar o passaporte vacinal em todo o Reino Unido – ou então apresentar um exame negativo de Covid-19 realizado nas últimas 72 horas ou ainda comprovar que houve infecção por Covid-19 nos últimos seis meses – para se entrar nos locais públicos.

Austrália

A Austrália manteve a maioria dos cidadãos em prisão domiciliar durante o ano de 2021. Sydney, a cidade mais populosa do país, permaneceu fechada por 106 dias. O lockdown só terminou em 15 de novembro. Melbourne, segunda maior cidade da Austrália, descrita pelo Voice of America como “oficialmente a cidade mais fechada do mundo”, permaneceu sob lockdown durante 260 dias.

Os moradores eram proibidos de se distanciarem por mais de cinco quilômetros de suas casas, visitarem amigos e familiares, entrarem em supermercados (exceto para pegar as compras) e irem a funerais. As escolas continuam fechadas e as viagens internacionais continuam proibidas. Desnecessário dizer que todas as lojas, bares e restaurantes ficaram fechados. Em resumo, as pessoas foram proibidas de deixarem suas casas durante todo esse tempo.

Nova Zelândia

O lockdown na Nova Zelândia transformou esse país, antes livre, num país totalitário. Como um Estado totalitário, a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, chegou a dizer, sobre as informações envolvendo a Covid-19, que “a não ser que a informação venha do governo, ela não é verdadeira”.

A mulher, uma verdadeira fanática, fechou todo o país porque uma pessoa contraiu a variante delta. Até mesmo a CNN, sempre pró-lockdown, considerou isso um exagero. Em 17 de agosto, a CNN deu a seguinte manchete: “Nova Zelândia anuncia o fechamento do país... por causa de um só caso”.

Estados Unidos

E temos ainda os Estados Unidos da América. Em estados como a Flórida e outros estados governados por republicanos, temos os lugares mais livres do mundo ocidental. Sair do Canadá ou da Europa Ocidental e ir para a Flórida é como sair da Romênia ou Polônia e ir para a Europa Ocidental durante a Guerra Fria. Na verdade, sair de uma cidade governada por democratas para uma cidade governada por republicanos também é como atravessar a Cortina de Ferro.

Graças à metade conservadora e à genialidade dos Pais Fundadores que impediram o controle federal dando aos estados mais poder, os Estados Unidos continuam sendo o farol da liberdade que eram quando Abraham Lincoln disse que “a América é a última esperança do mundo” e quando a França nos deu a Estátua da Liberdade.

Se a vontade da esquerda prevalecesse, os Estados Unidos seriam como o Canadá ou a Áustria. Por isso lutar contra a esquerda é importante para os que prezam pela liberdade.

Dennis Prager é colunista do Daily Signal, radialista e criador da PragerU.

© 2021 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês
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