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Neste famoso discurso, o historiador Forrest McDonald faz uma defesa apaixonada do pensamento livre e da curiosidade isenta de amarras ideológicas.
Neste famoso discurso, o historiador Forrest McDonald faz uma defesa apaixonada do pensamento livre e da curiosidade isenta de amarras ideológicas.| Foto: Wikipedia

A sociedade norte-americana está numa enrascada, e não só porque nossos valores tradicionais e nossas instituições estão sitiados. O núcleo familiar está colapsando por causa de políticas governamentais impiedosas, quando não irresponsáveis. Nossas cidades antes maravilhosas voltaram a seu estado natural, no qual os inocentes são aterrorizados por hordas selvagens incapazes de se tornarem civilizadas. Nossas escolas públicas perderam a capacidade de educar e nossas universidades se tornaram reféns da polícia do pensamento que odeia a si mesma e odeia a cultura que deu origem a ela. O governo em Washington se espalhou como metástase, enfraquecendo, quando não destruindo, tudo o que invade, e o sistema federal está moribundo. A economia está doente; a moralidade pública e privada está numa fase avançada de decadência.

Eu podia tentar lhe explicar como isso aconteceu, mas a narrativa seria assustadora. Além do mais, você provavelmente já sabe. Então em vez disso proponho responder à pergunta “como é possível sobreviver num mundo que talvez não sobreviva? Como permanecer são num mundo insano? Como viver sem medo num mundo onde a única certeza é a de que nada é certo?

Tenho quatro sugestões. Três delas se devem a toda uma vida comprometida ao estudo das artes. Reforço o “todo uma vida” porque, ainda que a educação possa começar para alguns na faculdade, ela não deve terminar aí. Minha quarta sugestão é mais pessoal e eu a deixarei por último.

Permita-me apresentar minha primeira sugestão tentando definir o que é a educação. A educação não é o mero acúmulo de conhecimento. Pode-se ouvir a infinitas aulas e ler todos os livros que o New York Times considera “novos e dignos de nota”, e assim se tornar uma pessoa esclarecida, mas não educada. A educação tampouco é mero treinamento: pode-se aprender a resolver problemas de teoria econômica ou construir arranha-céus ou fazer os átomos colidirem e ainda assim é possível estar longe de ser educado.

A educação envolve todas essas coisas e mais, e tem a ver com experiência e maturidade, mas isso não é tudo. Uma pessoa educada é simplesmente uma pessoa que pensa, e pensa de uma maneira esclarecida, disciplinada e livre. As duas primeiras coisas, esclarecimento (informação) e disciplina, são relativamente fáceis de se conseguir, ainda que a segunda seja mais difícil do que a primeira. A terceira, liberdade, é muito mais difícil, justamente porque nós, que exercemos funções intelectuais, nem sempre somos livres.

Abra a sua mente e a mantenha aberta

Daí minha primeira sugestão: abra sua mente e a mantenha aberta. Apresso-me em acrescentar que não estou defendendo o relativismo. Como disse Flannery O’Connor, algumas pessoas têm mentes tão abertas que seus cérebros vazam por elas. Estou dizendo é que precisamos distinguir o que é absoluto – Deus – do que é relativo. Acreditar-se de posse da verdade absoluta, seja ela sectária ou secular, filosófica ou ideológica, ou considerar qualquer coisa que não Deus como algo absoluto – dinheiro, Estado, direitos humanos e até a vida — é uma forma de idolatria, uma violação do Primeiro Mandamento e o mais mortal dos pecados. Quem age assim impede a expansão do conhecimento e da compreensão e, pior, extingue a interação social civilizada. Suas crias inevitáveis são o preconceito e o ódio, as causas e as cruzadas, os gulags e os terroristas suicidas.

Cuidado com a linguagem

Talvez eu possa fazer minha segunda sugestão em termos mais amenos, ainda que a sugestão em si não seja menos séria. A minha sugestão é a de que nos esforcemos para ressuscitar o idioma pátrio hoje praticamente defunto. Muitas pessoas têm chamado a atenção para a decadência da língua e buscamos a causa da doença. Meu diagnóstico é a preguiça.

Ou seja, deixamos de ter disposição para trabalharmos duro a fim de expressarmos nossos pensamentos com precisão. Além disso, quando ouvimos ou lemos, deixamos de prestar atenção à sinceridade do discurso do outro. Por exemplos, quantos de vocês perceberam que os presidentes dos Estados Unidos, quando lhe fazem perguntas específicas sobre temas como desemprego ou inflação ou relações exteriores, têm por hábito responder “sinto que” em vez de “penso que”? Afinal, a lacuna entre o sentimento de grupo e a reflexão individual é enorme. Talvez eles saibam o que estão dizendo, mas talvez não. De qualquer modo, deveríamos nos preocupar.

A melhor análise da decadência do idioma foi feita há muito tempo por George Orwell. Orwell começava se atendo ao uso das metáforas. Uma metáfora recém-inventada, dizia ele, ajuda e liberta o pensamento criando uma mensagem, enquanto uma metáfora que está “tecnicamente morta” (por exemplo, “uma resolução de ferro”) se torna uma expressão vulgar e geralmente pode ser usada sem perda da força. Mas entre essas duas há um enorme lixão de metáforas gastas que perceberam seu poder evocativo e que são usadas apenas porque economizam tempo na procura de expressões que se encaixem com precisão – isto é, poupa-nos de pensar.

As metáforas costumam ser usadas sem que se saiba o que elas significam. Por exemplo, a maioria das pessoas já ficou vendo a grama crescer, mas quantos realmente sabem por que essa é a imagem usada? Além disso, metáforas incompatíveis costumam ser misturados, um sinal claro de que o palestrante ou escritor não está interessado no próprio discurso. Um colega meu certa vez escreveu que, depois de ser enviado ao exílio, Roger Williams “ficou boiando na mata” por um tempo. Você é capaz de boiar no oceano, mas não na mata. As metáforas também se tornam confusas. Recentemente, no programa Morning Edition, da National Public Radio, ouvi que tal coisa “desmoronou como um castelo de cartas” e “o problema foi a gota d´água”. Também testemunhamos a inflação das metáforas, o uso de superlativos como “Holocausto” ou “genocídio” para descrever tragédias menores. O acidente nuclear da Three Mile Island foi um “desastre” no qual ninguém se feriu.

E não é só isso. Tendemos a abandonar palavras mais curtas, que conhecemos bem, e as substituímos por palavras gregas ou latinas híbridas. Estamos perdendo rapidamente a sensação de individualidade ou coletividade das palavras. Já não sabemos distinguir “eu” de “mim”. E somos assolados por burocratas, políticos e autointituladas vítimas que usam deliberadamente as palavras para ocultar seu objetivo real.

O resultado é um aumento na linguagem descuidada ou vaga. Mas nosso maior pecado é usarmos palavras sem sentido quando não sabemos direito o que dizer. Vê-se isso sobretudo em assuntos sem substância, como a história da arte ou a teoria da crítica literária. Prepare-se para este exemplo da Poetry Quarterly:

O consolo católico da percepção e imagem, estranhamente com uma amplidão whitmanesca, quase o oposto na compulsão estética, continua a evocar aquela atmosfera trêmula que resvala numa eternidade cruel, serena e inexorável (...).

Mas o restante de nós somos igualmente culpados, sobretudo ao lidarmos com as questões políticas atuais. Quando dizemos “livres”, estamos querendo nos refere ao que é eleito pelo voto popular. “Democracia” deixou de ter qualquer coisa a ver com uma forma de governo; ela significa “o bem”, assim como “racista” significa “o mal”. “Direitos iguais para as minorias oprimidas” significa privilégios para grupos de interesse. Se bem que os radicais do fim dos anos 1960 e começo dos anos 1970 – que hoje controlam a academia — nos ensinaram que “livre” significa “cativo”, que “liberdade de expressão” significa blasfemar obrigatoriamente, “pacífico” significa “violento”, “exigências não negociáveis” significa ação da turba e “mais de 52% da população” é minoria.

Orwell dá um exemplo de sua tradução de uma versão do bom inglês para o inglês contemporâneo. Primeiro, o conhecido versículo do Eclesiastes:

“Voltei-me, e vi debaixo do sol que não é dos ligeiros a carreira, nem dos fortes a batalha, nem tampouco dos sábios o pão, nem tampouco dos prudentes as riquezas, nem tampouco dos entendidos o favor, mas que o tempo e a oportunidade ocorrem a todos”.

Eis como um professor ou funcionário público talvez traduzissem essa prosa agradável e forte:

“A consideração objetiva do fenômeno contemporâneo nos leva à conclusão de que o sucesso ou fracasso em atividades sociais competitivas não tem correção necessária, não exibe nenhuma tendência à mensuração ou capacidade inata, por isso o elemento considerável do imprevisível deve invariavelmente ser levado em conta”.

Como disse E.B. White ao traduzir Tom Paine, são tempos difíceis para a alma.

Essa forma de falar e escrever atrai tanto porque ela evita que se pense. Você descobrirá que é bem mais fácil e rápido, depois que você adquire o hábito, dizer “em minha opinião, não é injustificável pressupor que”, em vez de dizer “acho que”. Quando você usa lugares-comuns, você também não precisa caçar palavras; não precisa se incomodar com o ritmo e as rimas involuntárias em suas frases, já que esses clichês geralmente são construídos para fazer a prosa avançar sem empecilhos. É possível abdicar da responsabilidade esvaziando a mente e permitindo que ela seja invadida pelo coro do dia. Esse coro construirá as frases por você e pensará por você. Quando você se depara com alguém que não usa clichês, que não pensa com clichês, que não vive encolhido, você descobrirá que essa pessoa é um rebelde expressando opiniões próprias, não a “ideia partidária”.

Pare de ver as coisas não-científicas como se fossem ciência

Minha terceira sugestão é um pouco mais complexa e talvez mais difícil do que aprender a manter a mente aberta ou a pensar e falar com precisão no idioma pátrio. E é esta: temos de aprender, novamente, a pensar de uma forma não-científica quando tratamos de coisas não-científicas. “Espere um pouco!”, talvez você diga. “Foi a ciência que nos trouxe até aqui”. Se essa fosse a sua reação, deveria considerar meu argumento como dado. Mas serei mais específico. É comum fazer uma pergunta tola: “Se conseguimos colocar o homem na lua, por que não podemos resolver nossos problemas sociais?” Não podemos resolver nossos problemas sociais justamente porque somos capazes de colocar o homem na lua.

Ou seja, nosso pragmatismo ou nossa mentalidade científica e tecnológica tornam as grandes realizações materiais possíveis. A essência dessa mentalidade é a abordagem voltada à solução dos problemas. O método científico isola os problemas e os resolve: ele não tem uma visão ampla porque todas as coisas que não podem ser testadas, mensuradas e provadas são, por definição, não-científicas.

Os norte-americanos são paródias da mentalidade científica: quando algo dá errado, nós consertamos e não levamos em conta a possibilidade de que nossos princípios possam estar errados. Por exemplo, ficamos impressionados ao descobrirmos que os jovens chegam à universidade sem aprender a ler. Algumas pessoas reagem propondo uma reorganização de todo o sistema educacional a partir do jardim de infância – e são chamados de elitistas, racistas ou reacionárias. Outras pessoas consideram a possibilidade de que o comprometimento à educação universal é fútil e que é preciso explorar novas formas de civilizar as crianças. Mas em vez disso o país faz o que sempre fez: jogou dinheiro sobre o problema. Abriu aulas de leitura nas universidades e dispensou os exames de alfabetização. Esse truque psíquico permitiu que os Estados Unidos se tornassem o maior explorador da tecnologia que o mundo já conheceu. Mas ao mesmo tempo ela é uma barreira que nos impede de lidarmos com as relações humanas. Em resumo, o problema do pragmatismo é que ele não funciona mais.

Antes que seja tarde demais, temos de abandonar nossa abordagem pragmática fragmentada e reconhecer e assumir uma visão holística das questões humanas. Fazer isso será difícil, já que uma das superstições inquestionáveis do nosso tempo é a de que pensar não-cientificamente é pensar irracionalmente. Para superar essa superstição será preciso nada menos do que extrapolar os limites da nossa cultura. Mas, ainda que seja difícil, isso pode ser feito.

Talvez você seja cético – não podemos aprender a ver com os olhos dos outros —mas um pouco de reflexão nos mostra que realizamos essa impossibilidade científica diariamente. Geralmente sabemos, por exemplo, o que os outros esperam de nós e que nem sempre é o que preferimos fazer. E ainda assim fazer o que esperam de nós. Ao escolhermos um presente para um ente querido, tentamos escolher o que o agradará, e não o que nos agradará. (É o que fazemos se respeitamos os sentimentos da outra pessoa. Reconhecemos o caráter totalmente humano dela virando a Regra de Ouro de ponta-cabeça, fazendo a elas o que elas esperam que fizéssemos, sem impor nossas preferências). Ou veja a sua situação enquanto estudante. Você sem dúvida tem professores que ensinam pontos de vista com os quais você não necessariamente concorda. E ainda assim você é capaz (e a maioria é, na busca por boas notas) de escrever trabalhos e dar as respostas que os professores desejam. Neste sentido, você está vendo o mundo por meio de aparatos alheios e agindo com base no que manda um maquinário sensorial estranho.

Deixe-me explicar melhor como isso se dá em larga escala. Você dificilmente se surpreenderá ao me ouvir recomendar o estudo da história, de acordo com os princípios adequados, como principal meio para determinado fim. Reforço o “de acordo com os princípios adequados” porque historiadores nem sempre concordam com esses princípios. Vários morreram tentando descobrir um motivo para estudar o que estudavam ou para receberem por isso. Os esforços deles geralmente se atêm a duas alternativas, ambas mais ou menos científicas e nenhuma delas válida: 1) a de que a história se repete e, portanto, o conhecimento da história permitirá evitarmos os erros do passado, determinando o rumo do futuro; e 2) a de que o estudo do passado nos permite sabermos como chegamos até aqui e, portanto, para onde estamos indo. Não explicarei, aqui, por que essas proposições são frágeis, mas, assim como Bill Clinton, espero que você acredite no que estou dizendo. O valor real do estudo da história é que ela permite que escapemos do provincianismo do presente.

Todos sabemos (ou menos todos repetimos isso) que podemos aumentar, enriquecer e mudar nossa perspectiva viajando para o exterior. Não visitando 17 capitais europeias em 14 dias nem vendo a Espanha do mirante do Madrid Hilton. Mas se vivemos algum tempo entre as pessoas comuns de, digamos, uma vila de pescadores na Costa del Sol, acabamos por perceber que os moradores do sul da Espanha, os andaluzes, não pensam como a gente. Eles não compartilham dos mesmos valores e não percebem a realidade como a percebemos. À medida que conseguimos aprender a pensar como eles (o que não é muito difícil para alguém que se esforça e que os considera pessoas, e não temas de um estudo), nós os compreendemos. E quando voltamos para nosso lar e analisamos nossa sociedade pelo olhar deles, conseguimos ver tudo ao nosso redor que antes estava escondido. Entenda o que os norte-americanos sabiam e sentiam e no que acreditavam há cem anos e, por meio desse conhecimento, dê uma olhada no que está ao seu redor. Garanto que você se surpreenderá e aprenderá muito.

Outro caminho, ainda mais simples, e a avenida que nos abre a literatura. Você, claro, vive uma guerra com os livros – você os ataca como inimigos, querendo saquear as informações deles e usá-las como arma na luta pelas boas notas — e você não tem tempo para o deleite da boa literatura. Todos prometemos a nós mesmos que, quando deixarmos a faculdade, leremos aqueles livros maravilhosos sobre os quais ouvimos falar, mas para os quais não temos tempo. Uma promessa raramente cumprida: a maioria das pessoas deixa de ler completamente e muitos dos que continuam a ler só leem textos de suas áreas de especialização. Isso não pode acontecer.

Ler é fundamental. O mais importante é que ler é uma forma barata, divertida e segura de viver a vida de uma forma que talvez não seja possível nem desejável. Por exemplo, você não precisa roubar e matar uma velhinha para sentir a culpa atormentando a sua alma. Simplesmente leia “Crime e Castigo”. O que estou querendo dizer é que um bom livro lida com a realidade dando-lhe sentido, fazendo com que sintamos o real. Outro exemplo: enormes bancos de dados foram reunidos e analisados para descrever a vida social na Chicago do entreguerra. Mas eles são apenas números e abstrações. Se alguém quiser saber o que era viver naquela época, é preciso ler os romances de James T. Farrell.

Gratidão e alegria

Mas chega disso. Eu lhe prometi quatro sugestões e até aqui só dei três. O outro prerrequisito para se viver com sanidade num mundo insano é uma atitude em relação à vida que descrevo como gratidão e alegria pelo próprio fato de existir e pelo fato de os outros seres humanos também existirem. O cínico pergunta por que deveríamos nos alegrar com a vida sendo que ela termina em morte, sendo que, quando da morte de uma pessoa, todo o universo, para ela, deixa de existir. Minha resposta parece sensata, ainda que talvez ela expresse apenas a racionalização da minha alegria. Os cientistas, como sabemos, lidam com probabilidades, e não com (como antes se pensava) leis absolutas.

Qualquer coisa que acontece e que tenha uma probabilidade de, digamos, dez para um, é praticamente certa de acontecer. Se a teoria da evolução tem alguma validade (considero-a um tanto quanto boba, uma confirmação da ideia de Chesterton segundo a qual pessoas que não acreditam em Deus acreditam em qualquer coisa), tente adivinhar qual a probabilidade de o homem existir. Estou falando de uma evolução em meio a incontáveis mutações e mudanças ambientais necessárias para a evolução desde a sopa primordial até a Humanidade. Posso lhe garantir que a probabilidade é muito maior do que dez à milionésima potência para um. É praticamente o mesmo que esperar uma transformação espontânea de todos os átomos dessa sala num átomo de plutônio.

E, uma vez que os seres humanos existem, a probabilidade contra a minha existência — ou a sua — é maior do que a probabilidade contra a existência do homem. Você pode atribuir isso a Deus ou ao Big Bang ou à pura sorte; Eu só posso agradecer por estar aqui. Meu Deus, eu estou aqui! Diante desse fato colossal, devo expressar minha gratidão por tudo o que é trivial: por maiores que sejam as incertezas, estando as coisas boas ou ruins, estando eu com fome ou alimentado, doente ou saudável, com ou sem frio, celebrado e respeitado ou desprezado e humilhado; ainda que em breve eu me vá, tudo é trivial em comparação com o milagre de estar aqui.

Meus camaradas milagres, agradeçamos juntos.

“O Discurso” foi feito em 2002, na formatura da última turma para a qual o historiador Forrest McDonald (1927 –2016) deu aula enquanto professor da Universidade do Alabama. Depois dele, o professor se aposentou.

© 2021 The Imaginative Conservative. Publicado com permissão. Original em inglês
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