O ex-ministro José Dirceu, histórico aliado de Lula, reconhece que a esquerda falhou no diálogo com o Brasil. Falhou na segurança, no empreendedorismo e, veja só, no uso das mídias sociais – aquelas mesmas que eles querem censurar. É bonito ver a sinceridade de quem já foi preso algumas vezes e jura que não fala com Lula há meses, mas ironicamente sabe tudo sobre 2026.
Mas as ironias não param por aí. O ministro Edson Fachin, do STF, também andou defendendo a "contenção" do Judiciário e afirmou que a Corte não pode invadir a seara do legislador. Ele ainda reforça que a Justiça deve ser silenciosa e efetiva. Mas onde é que essas declarações condizem com a realidade? Não deve ser no Brasil!
Falha no diálogo
Durante uma entrevista, em tom de mea culpa, o ex-ministro José Dirceu teceu críticas à condução política da esquerda no Brasil, especialmente ao governo Lula, por estabelecer alianças com partidos historicamente ligados à direita. E admite que a esquerda errou com o país, especialmente no diálogo nas redes sociais.
Falta, para o ex-ministro, um projeto político claro por parte dos setores progressistas, diferente do que acontece na direita conservadora. Dirceu aponta que o campo conservador, ao dominar o debate público com pautas alinhadas aos interesses das elites, conseguiu se fortalecer enquanto a esquerda perdeu protagonismo e deixou de criar uma narrativa própria eficaz. E com isso, não conseguiu responder aos desafios do momento político e mobilizar sua base.
STF e a "seara do legislador"
O ministro Edson Fachin, futuro presidente do STF, disse durante um evento que o Judiciário deve atuar com contenção, respeitando os limites estabelecidos pela Constituição. "Não nos é legítimo invadir a seara do legislador”, disse, enfatizando que cabe ao Judiciário proteger direitos fundamentais e preservar a democracia, mas sem ultrapassar o papel reservado ao Legislativo.
Para o ministro, os juízes não devem se curvar a “pressões políticas ou vontades pessoais” e precisam diferenciar as esferas jurídica e política. A fala acontece em um contexto de crise entre o Supremo Tribunal Federal e o Congresso, que envolve de disputas sobre emendas parlamentares a ações envolvendo congressistas, como os deputados Alexandre Ramagem e Carla Zambelli.
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