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Uma em cada duas meninas biológicas que se identificam como meninos tentou se matar no ano passado, mostra novo estudo | Unsplash
Uma em cada duas meninas biológicas que se identificam como meninos tentou se matar no ano passado, mostra novo estudo| Foto: Unsplash

Um em cada dois adolescentes transexuais que nascem mulheres, mas se identificam como homens, tentou suicídio no ano passado, de acordo com um novo estudo. 

O estudo, “Transgender Adolescent Suicide Behavior”, foi publicado no Pediatrics, o periódico oficial da Academia Americana de Pediatria. 

Isso levanta sérias questões sobre como famílias, escolas, médicos, governo e a mídia devem lidar com o crescente número de crianças e adolescentes que se identificam como transgêneros. 

Além do assustadoramente alto índice de tentativas de suicídio entre meninos transgêneros, o estudo relatou uma taxa de tentativas de suicídio de mais de 40% para adolescentes que se identificam como não-conformes de gênero (ou seja, não se identificam como exclusivamente homens nem como exclusivamente mulheres) e quase 30% para meninas transexuais (crianças e adolescentes que nasceram do sexo masculino, mas se identificam como do sexo feminino). 

Pesquisadores disseram que não encontraram nenhuma evidência de que os jovens transgêneros não brancos estivessem em maior risco em comparação com os adolescentes transexuais brancos. Níveis mais altos de educação entre pais e localização geográfica – urbana ou rural – não tiveram um efeito significativo nas tentativas de suicídio. 

Para chegar aos resultados, três pesquisadores da Universidade do Arizona analisaram uma pesquisa preenchida por mais de 120 mil jovens americanos entre 11 e 19 anos. 

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Em comparação, eles descobriram que 14% de todos os adolescentes haviam tentado suicídio pelo menos uma vez. 

De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças, o suicídio é a segunda principal causa de morte entre adolescentes e adultos jovens de 10 a 34 anos nos Estados Unidos. 

O principal autor do estudo, Russell B. Toomey, concentra seu trabalho em jovens que se identificam como lésbicas, gays, bissexuais, transexuais ou o que eles chamam de queer – o que significa que qualquer tentativa de desacreditar a pesquisa como “anti-LGBT” provavelmente vai cair por terra. 

Toomey descreve sua pesquisa em sua biografia: 

“Em grande parte, minha pesquisa tem examinado essas relações com atenção explícita aos estressores de preconceitos, estereótipos e discriminação específicos das minorias que contribuem para as taxas discrepantes de consequências negativas experimentadas por adolescentes e jovens latinxs com diversidade de gênero, e os fatores de proteção (por exemplo, apoio familiar e aceitação) que protegem essas associações.”

“Latinxs” é uma expressão neutra em termos de gênero que alguns usam em vez de latino ou latina. 

O novo estudo vem na esteira de outro trabalho alarmante e controverso, que examina a natureza contagiosa da ideologia transgênero. 

Esse estudo, publicado na revista PLOS One por Lisa Littman, da Brown University, examinou a “disforia de gênero de início rápido” – isto é, a disforia de gênero que não está presente nos primeiros anos da juventude, mas que se manifesta em dias ou semanas em adolescentes e adultos jovens. 

Littman descobriu que a exposição a pares que se identificavam como transgênero e a conteúdo online transgênero positivo pode contribuir para o desenvolvimento desta disforia de gênero de início rápido. 

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Em poucos dias, a Universidade Brown retirou do ar um artigo promovendo o estudo de Littman. A universidade disse que removeu o artigo para conduzir uma revisão acadêmica, mas está claro que a decisão tem mais a ver com correção política e resultados desconfortáveis. 

Ao contrário de “Transgender Adolescent Suicide Behavior”, o estudo de Littman não foi revisado por pares. A própria Littman concluiu que seu estudo “levanta questões para mais pesquisas”. 

“Uma das principais conclusões é que mais pesquisas precisam ser feitas”, disse ela. 

O estudo de Toomey e colegas pesquisadores da Universidade do Arizona, Amy K. Syvertsen e Maura Shramko, fornece mais evidências de que as instituições de pesquisa deveriam encorajar mais estudos nessa área – e não os impedir. A esta altura, não apenas sabemos que vidas estão em jogo – sabemos quantas vidas estão em jogo. 

E esses números merecem ser repetidos: uma em cada duas meninas biológicas que se identificam como meninos tentaram se matar no ano passado. Dois em cada cinco adolescentes não-conformes ao gênero tentaram se matar. E três em cada dez meninos biológicos que se identificam como garotas tentaram se matar. 

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Ao discutir esses resultados, Toomey descreveu uma “necessidade urgente de entender por que transgêneros, femininos para masculinos, e adolescentes não-binários relatam envolvimento em comportamento suicida em níveis mais altos do que outras populações transgênero adolescentes”. 

Ele tem razão. Mas essa é apenas a primeira de muitas questões que este estudo pede para ser respondida. 

Não há desculpa. Você não pode ser um aliado do movimento de transgêneros e rejeitar essa pesquisa. Você pode desafiá-la. Você pode debatê-la. Você pode incentivar mais pesquisas. Mas você não pode reprimi-la. 

Fazer isso é prejudicial à causa que você afirma defender. 

Todos os dias, mais e mais crianças e adolescentes estão se identificando como transgêneros. Esse é um fato que o The Atlantic capturou bem: 

“Em junho de 2016, o Instituto Williams, da Faculdade de Direito da UCLA, estimou que 1,4 milhão de adultos nos EUA se identificavam como transgênero, quase o dobro de uma estimativa de cerca de uma década antes. Em 2017, de acordo com o instituto, cerca de 150 mil adolescentes com idade entre 13 e 17 anos se identificavam como trans. O número de jovens que procuram serviços clínicos parece estar crescendo também. Uma grande clínica no Reino Unido viu um aumento de mais de 300% em novos encaminhamentos nos últimos três anos.”

Com mais adolescentes se identificando como transgênero e taxas de tentativas de suicídio entre 30 e 51% para esse grupo, isso se tornou uma epidemia nacional. O tempo de ser politicamente correto passou.

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Famílias, escolas, médicos, governo e a mídia têm a obrigação de descobrir como diferenciar entre celebrar diferenças e incentivar comportamentos perigosos. Porque, se ser transexual representa um risco tão grave para a vida dos adolescentes, é difícil entender por que qualquer sociedade sensata adotaria essa tendência.

©2018 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês

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