“Ele [Roger Moreira] fez uma gracinha que eu não gostei. Não se meta comigo. Eu quebro a sua cara, e é muito fácil quebrar a sua cara, viu? Aliás, voltei a lutar boxe” – Nasi, cantor. Se o boxe do Nasi for tão bom quanto sua música, Roger deve sair ileso – exceto pelos ouvidos, que correm o risco de danos irreversíveis.
“O brasileiro não sabe distinguir o que é esquerda ou direita. Não sabe qual a diferença entre Lula e o ‘grande’ presidente que o precedeu. Não sabe nada de nada em política, economia, mas gosta muito de arrotar sabedoria” – Izaías Almada, jornalista, em artigo ao site esquerdista GGN. Só podemos concluir que este jornalista é um grande “brasileiro”.
“Você pode colocar Biden no Monte Rushmore” – Nancy Pelosi, deputada americana, defendendo a inclusão de Biden entre os presidentes do famoso monumento americano. Se a moda pega, logo a Gleisi vai sugerir a estátua do Lula Receptor, um projeto da Odebrecht com financiamento do BNDES. Com vista panorâmica do tríplex, claro.
“Chimpanzés aprenderam a pronunciar uma palavra: mamãe” – manchete do jornal Folha de S.Paulo. Isso não é nada. Conheço um que não só aprendeu a pronunciar “mamãe”, como também aprendeu a palavra “falei”.
“Adolescente morre após vítima de assalto reagir e atingir disparo contra o menor” – manchete da CNN Brasil. Mais uma vez, a imprensa tirando o protagonismo do menor infrator, que não só era o assaltante, como também quem portava a arma.
“Bolsa despenca, bitcoin derrete, e o INSS continua firme e forte. Somente o último realmente garante segurança e independência financeiras” – Felipe Maruf Quintas, doutor em ciências políticas. Espero que seja só um golpe para vender curso sobre como ficar rico investindo no INSS. Seria não só mais inteligente, como até mais honesto.
“Tô ficando seriamente preocupado com meu cérebro e vou marcar um neurologista. Os lapsos de memória não param” – Felipe Neto, youtuber. Esses lapsos de memória podem ser perigosos; vai que num deles você acaba jurando fidelidade canina a algum malandro.
“E a make GG? A make tá OK, Lu!” – Geraldo Alckmin, vice-presidente, em diálogo imaginário com a esposa no Instagram. Dizem que o óleo de peroba faz maravilhas para esconder até as linhas de expressão mais contraditórias.
“Assumo a responsabilidade se meu tweet inicial estava errado. Não comentarei mais até que tenhamos mais informações” – Nick Lowles, fundador da ONG ‘antifascista’ britânica Hope Not Hate, sobre post falso alegando ataque a ácido contra muçulmana. Parece que a crise de crimes de ódio no Reino Unido é tão grande que agora estão precisando inventar alguns para atender à demanda.
“Salaam Alaikum” – Craig Guildford, comandante de polícia britânico, usando saudação árabe ao abrir vídeo sobre protestos anti-imigração no país. Setores mais progressistas teriam criticado Guilford por ainda insistir em chamar o Califado Unido de Reino.
“Fiz o gesto, mas em momento nenhum foi para ofender” – Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, sobre gesto obsceno em jogo contra Flamengo. Abel teria concluído suas desculpas: “quem se sentiu ofendido, respeitosamente, já sabe para onde pode ir”.
“Decidi fazer vasectomia jovem por causa das limitações ao aborto nos EUA” – Jonathan Harrison, jovem americano, diz ao jornal Folha de S.Paulo. Me pareceu um procedimento desnecessário; a julgar pelo tipinho do sujeito, não corria risco algum.
“Para mim a humanidade se divide em 2 categorias, aqueles que acreditam que o homem foi a Lua na década de 60, e aqueles que sabem que não foi” – Monark, youtuber. Eu já estou cada vez mais convencido que foi só um golpe de marketing para impulsionar a carreira musical do Neil Armstrong, afinal, o jazz já andava meio em baixa.
“Pense antes de postar” – Twitter oficial do Governo Britânico. Ou, na – suposta – tradução livre do governo brasileiro: “nem pense em postar”.
“Musk confunde liberdade de expressão com liberdade das consequências da expressão” – Guilherme Ravache, em artigo no jornal Valor Econômico. A primeira é a liberdade de falar o que quiser. A segunda é a de falar somente o que o governo permite.
“Lula se sentiu muito traído. Disse que se sentiu aviltado, atacado, e que a decisão do TCU era indigna, por isso estava ponderando devolver o relógio naquele mesmo dia” – Daniela Lima, na GloboNews, sobre reação de Lula a decisão do TCU sobre relógio Cartier, avaliado R$ 60 mil, que recebeu de ‘presente’. Lula ficou tão desgostoso que nem quer mais o relógio. Afinal, ao se remover o brilho da ilicitude, o mimo perdeu toda a graça. Sem falar no duro golpe à sua reputação.
Turnê Mundial na Maionese
“Camisa de time de futebol é proibida em turnê de Caetano Veloso & Maria Bethânia” – manchete do site Metro 1. Parece que não é mais proibido proibir.
“Para evitar fofoquinhas” – Gilberto Gil, cantor, explicando a razão para não utilizar leis de incentivo em sua nova turnê. O esforço até foi heroico, mas Gil não conseguiu evitar a velha mania de passar o pires para a viúva e foi buscar patrocínio nas estatais pra compensar.
A Ditadura da Democracia
“Um país que gera riqueza e tem uma visão social, no nosso caso, socialista, a distribui” – Nicolás Maduro, ditador venezuelano, admitindo ser de esquerda. Constrangidos, jornalistas que passaram as últimas semanas nos explicando que Maduro seria um conservador, justificaram-se alegando que ‘extrema-direita’ não é uma definição política, mas sim uma expressão tupi-guarani que significa ‘político de quem eu não gosto’.
“Nicolás Maduro não aterrissou na Venezuela em um disco voador” – Sylvia Colombo, historiadora, no jornal Folha de S.Paulo. Ainda é mais fácil acreditar em disco voador do que acreditar que veremos de volta o dinheiro do BNDES que aterrissou na conta do Maduro.
“A Venezuela não é o meu modelo de Democracia” – Guilherme Boulos, pré-candidato à prefeitura de SP (PSOL), se recusando a responder se considerava a Venezuela uma ditadura. O regime da Venezuela parece ser liberal demais para Boulos. Seu ideal de democracia deve estar mais pra Coreia do Norte.
“Escalada autoritária de Maduro na Venezuela apaga legado social do chavismo” – Daniel Buarque, jornalista, em artigo para a Folha de S. Paulo. A grama é sempre mais vermelhinha no quintal do vizinho.
“Se o PT celebra uma eleição farsesca como essa, o que impede eles de fazerem a mesma coisa aqui? Essa é a pergunta, a dúvida que surge para milhões de eleitores brasileiros” – Joel Pinheiro, comentarista da CNN Brasil. Perguntar não ofende, mas é bom evitar chegar a alguma conclusão, ou podem pensar que você virou um golpista de extrema-direita. Ou está pensando por conta própria, o que é ainda mais perigoso.
“É a continuação de uma das fraudes eleitorais mais descaradas de toda a história” – Demétrio Magnoli, na GloboNews. É esse complexo de vira-latas do brasileiro que nos faz crer que até as fraudes dos outros são mais descaradas que as nossas.
“Eu não vi o Maduro pedir nenhuma ata do STF para defender o Lula. Ata é o cacete, não tem que exigir nada do governo Maduro” – Antônio Carlos Silva, da Executiva Nacional do PCO. Exatamente, não vamos ser ingratos com os amigos.
“Demandar que Nicolas Maduro dialogue com a extrema direita é como pressionar o Brasil para anistiar os responsáveis pelo motim de 2023. A solução é cadeia para Maria Corina e seus cúmplices” – Breno Altman, jornalista. Provando que o que acontece na Venezuela é uma crise sem precedentes, a não ser que você considere o Brasil uma exceção.
“Não haverá perdão. Temos mais de 1.200 capturados e estamos procurando outros mil” – Nicolás Maduro, anunciando perseguição a opositores. Salvando a democracia sem anistia. Onde eu já ouvi isso antes?
“Estamos trabalhando junto com os presidentes Lula, Petro e Obrador para que se respeite a Venezuela. Emitiram um comunicado muito bom, eu agradeço aos presidentes” – Nicolás Maduro. Em resposta, Celso Amorim teria repreendido Maduro para lembrá-lo de que o Brasil é neutro – para logo após lhe servir um cafezinho e fazer uma massagem nos pés
“Vou romper relações com o WhatsApp, porque o WhatsApp está sendo usado para ameaçar a Venezuela”
Nicolás Maduro. Esconder atas, prender a oposição, perseguir sem anistia, culpar as redes sociais... isso tá mais repetitivo que a Sessão da Tarde.
“Totalmente manipulado” – Celso Amorim, o Rasputin brasileiro, sobre vídeo utilizando IA, em que aparece abraçando o ditador venezuelano Nicolás Maduro. O vídeo pode ter sido manipulado com inteligência artificial, mas só uma genuína afeição por ditadores poderia criar as calorosas imagens originais que todos vimos.
“Não quero usar o termo guerra civil, mas temo muito” – Celso Amorim. Um apelo emocionado para que todos os venezuelanos colaborem, permitindo a Maduro governar sem precisar recorrer a um banho de sangue.
“Não podemos dar um ultimato. Agora, se a gente notar que não tem nenhuma solução, não sei... eu também não tenho confiança nas atas da oposição” – Celso Amorim, defendo a ditadura de Nicolás Maduro, ao vivo, na GloboNews. Se Amorim tiver que desenhar cada contradição que defende, vai se tornar o Aleijadinho da diplomacia. Com a diferença que sua deficiência é moral.
“A ditadura está escancarada” – Otávio Guedes, comentarista da GloboNews. Os milhares de mortos, torturados e presos políticos do regime chavista nas últimas décadas só acham que o reconhecimento chegou um pouco tarde demais.
“‘Chama eterna’ da democracia é apagada por falta de gás em monumento de Brasília” – manchete do jornal Folha de S.Paulo. Parece que o Amorim levou tanto do nosso gás democrático para a Venezuela que acabou faltando por aqui.
A semana do presidente
“Tem internet que ensina caminho de Jesus e o caminho de Lúcifer” – Lula. Lula, revelando lados ocultos da internet que só os iniciados conhecem.
“Uma mulher sem profissão vai ficar a vida inteira dependente dos outros. Vai casar e, se não tomar cuidado, o marido vai agredi-la” – Lula. Se eu fosse a Janja, já começaria a enviar currículos.
“Homem que bate em mulher, não é macho” – Luís Roberto Barroso, ministro do STF. Nosso ilustríssimo ministro falando de um dos temas que mais domina. Me refiro à prevenção da violência contra a mulher, claro.
“Eu vou falar para ele. Acho que a Janja já falou. E muitas mulheres também devem ter falado. Mas nós precisamos fazer uma mudança de comportamento e de postura” – Cida Gonçalves, ministra das Mulheres, sobre falas machistas de Lula. Ministra, para conter esses ‘deslizes’, parece não ter outro jeito: ou trocamos as ferraduras do Lula, ou ajustamos o cabresto da imprensa.
“O Brasil saiu do apagão diplomático a que se submeteu de 2018 a 2022, não tinha relações com ninguém, tratava de ofender os outros aliados e ficou totalmente isolado” – Lula. Lula, quem passou uma temporada na solitária durante esse período foi você, não o Brasil.
“Nicarágua decide expulsar embaixador brasileiro após atritos entre Lula e Ortega” – manchete da Folha de S.Paulo. E agora, senhoras e senhores, o próximo ato de nossa espetacular diplomagia...
“Se um dia vocês forem pra Lua, vocês vão ver o canal do São Francisco” – Lula. Não esqueça de levar um telescópio, só não um tão potente; melhor ignorar alguns ‘detalhes’ mais polêmicos da obra.
“Só voltei porque a elite não está preparada para governar o país” – Lula. Pois é, a elite ainda precisava de um bom testa de ferro para convencer o povo a ‘salvar’ a democracia.
O Brasil Contra Todos Si Mesmo
“Importa que nossa maior atleta seja uma pessoa negra e periférica. Importa que tenha superado dois homens brancos de classe média” – Milly Lacombe, comentarista de futebol feminista. Revivendo o verdadeiro espírito olímpico: dividir a humanidade entre raças e classes, como era o sonho do Barão de Coubertin... ou teria sido do Hitler?
“Rebeca Andrade acabou hoje com o incômodo dos maiores medalhistas brasileiros serem dois caras de nome e sobrenome europeus” – Luís Fernando Tófoli, pesquisador de políticas de drogas e psicodélicos da UNICAMP. Me solidarizo com o atormentado professor, incapaz de dormir tranquilamente desde a medalha de ouro de Robert Scheidt em Atenas 2004.
“Só uma coisa explica uma atleta estadunidense se curvar a uma brasileira: a consciência da condição de mulher negra nos dois países mais escravocratas do mundo. Maravilhoso!” – Davi Tangerino, advogado. Nosso perspicaz jurista nos assegura: o talento, a técnica e a dedicação de Rebeca nada tiveram a ver com a reverência recebida.
“O primeiro ouro olímpico do Brasil é de uma mulher gorda e negra” – Victoria Damasceno, no jornal Folha de S.Paulo. O jornalismo vive sua era de ouro. E pensar que nos tempos das trevas não houve uma só manchete sobre Torben Grael ser um “branco magricelo”.
“Mulheres brasileiras superam os homens em número de medalhas nas Olimpíadas” – manchete da Folha de S.Paulo. Pensei que a competição fosse contra os outros países, não contra nós mesmos. Só falta um quadro de medalhas segregando brasileiros por sexo, cor e preferência política.
“Estar nesta Olimpíada é a minha maneira de dizer não ao sistema opressor do homem” – Flávia Maria de Lima, atleta olímpica. Acho que eu entendi tudo errado sobre as Olimpíadas, pensei que a ideia fosse superar seus limites e promover a união entre os povos. Preciso me desconstruir!
“Essa vitória não é só do Brasil, mas também dos palestinos” – Monica Seixas, deputada estadual (PSOL-SP), sobre medalha de ouro conquistada pela judoca Bia Souza contra rival israelense. Parece que a medalha de ouro foi uma vitória de todo mundo, menos da Bia Souza.
“Ex de Rebeca Andrade silencia após ouro da ginasta em Paris” – manchete da Folha de S.Paulo. A Rebeca foi ouro no solo, prata no salto e bronze por equipes mas, para desespero da imprensa, seu ex não conseguiu índice no quesito fofoca.
“Na força do ódio” – Rafaela Silva, judoca, sobre motivação para ganhar o bronze por equipes. O ódio venceu, o que até que é um alívio, porque quando o ‘amor’ ganha, as coisas costumam ficar mais complicadas.
“Dá para celebrar sem militar?” – pergunta Maria Ribeiro, colunista da Universa (UOL), sobre medalhas olímpicas de Rebeca Andrade e Bia Souza. Para a surpresa de ninguém, a resposta foi um retumbante “não”.
Cantinho da Terceira Guerra Mundial
“Nas próximas horas, o mundo testemunhará cenas extraordinárias e acontecimentos muito importantes” – TV estatal iraniana (IRIB). Por motivos de força menor, o Irã precisou adiar a terceira guerra mundial mais uma vez.
“Devemos começar a pensar na Europa como um todo, e a Rússia faz parte disso” – Bodo Ramelow, governador da Turíngia (estado alemão). Seria apenas um tratado de não-agressão entre Rússia e Alemanha, o que poderia dar errado?
“Muitos não percebem que tivemos sorte de terminar a Guerra Fria sem uma guerra nuclear. Não podemos contar com a sorte novamente. Precisamos de desarmamento — agora” – António Guterres, secretário-geral da ONU. Com os gênios da ONU querendo desarmar o Ocidente, sorte será pouco, precisaremos de um milagre dessa vez.
Rapte-me, Kamaleoa
“Escolha de vice de Kamala fica entre Tim Walz e Ben Shapiro, dizem fontes” – manchete da CNN Brasil, confundindo os Shapiros: Ben (comentarista conservador) e Josh (governador progressista da Pensilvânia). As ‘fontes’ devem ser os podcasts que eles ouviram de orelhada no intensivão de política americana.
“Ele tem uma fraqueza, que é ser judeu e defender o direito de Israel se defender, o que é um assunto muito polêmico no mundo todo” – Carolina Cimenti, jornalista e correspondente internacional. Aparentemente vale tudo para a imprensa, mas ser judeu já é demais!
“Eu queria ser negro — todo homem judeu branco deseja ser negro” – Ben Stiller, comediante judeu americano, ao anunciar doação à campanha de Kamala Harris. Será que o Ben Stiller está de olho em uma vaga de vice-presidente e quer aumentar suas chances?
“Isso é apenas um testemunho extraordinário da importância de ter um presidente que entende o poder da diplomacia e reconhece a força que reside em compreender a significância da diplomacia” – Kamala Harris, pré-candidata à presidência americana. Ao ouvir a declaração, Dilma Rousseff teria se emocionado: “Que mulher! É como colírio para os meus ouvidos!”
“Meus queridos avós já falecidos devem estar se revirando no túmulo ao verem a orgulhosa identidade jamaicana sendo associada ao estereótipo de um hedonista fumador de maconha, e na promoção do identitarismo” – Donald Harris, economista e pai de Kamala Harris, sobre a filha ter atribuído seu uso de maconha à sua ascendência jamaicana. O usuário de maconha, até quando chega a disputar a presidência, consegue fazer o pai passar vergonha.
“Kamala Harris escolhe ‘senhorzinho caipira e gente fina’ como vice” – manchete da Folha de S.Paulo. Que alívio, os boatos de que ela escolheu um homem, branco, cis e hétero eram só fake news!
Cantinho do DOI-CODI do Bem
“A Justiça Eleitoral não quer ser uma instância de censura e de castração” – Floriano de Azevedo Marques Neto, ministro do TSE. É apenas um pequeno sacrifício que nossos magistrados são obrigados a fazer na defesa da democracia.
“Alexandre de Moraes manda PF interrogar Valdemar sobre a sua queixa de perseguição pelo STF” – manchete desta Gazeta do Povo. Nada mais democrático do que ser interrogado até parar de reclamar de perseguição.
“Espero que na interpelação criminal que proporei o repórter explique melhor o post lacônico” – Bruno Dantas, juiz do TCU, intimidando jornalista que levantou denúncias de corrupção contra o TCU. No país da liberdade de imprensa, o denunciante é quem tem que se explicar, e ao denunciado cabe apenas julgar.
“Não tem como não punir” – Ana Flor, comentarista da GloboNews, sobre envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Diferente do Petrolão, onde se deu um jeitinho de despunir os envolvidos.
“O Diário do Centro do Mundo (DCM) foi tirado do ar por uma decisão absurda da justiça do Tocantins” – Pedro Zambarda, jornalista do site ultraesquerdista DCM. Justo quando você pensava que só seu vizinho seria contemplado no programa ‘A Mordaça Bate à Sua Porta’ é que você é surpreendido de novo.
“Com licença senhor, pode se identificar, por favor?” – Agente do GSI, interpelando homem que gritava críticas contra Lula durante visita ao Chile. Brasil, líder absoluto na exportação de aspones com delírios de grandeza.
Olim-piadas
“O assoprador de apito norueguês poderia ter sido sensato, pensado no currículo dela e a poupado de tamanha tristeza” – Juca Kfouri, jornalista esportivo e militante, sobre expulsão de Marta após voadora nas Olimpíadas. Juca anda mal-acostumado, sempre esperando que o apito amigo vá descondenar seus queridinhos.
“Já tinha visto juiz parcial na Lava-Jato, mas dezenove minutos de acréscimo é para fazer corar a trupe de Curitiba” – Orlando Silva, deputado federal (PcdoB-SP). Por outro lado, nem anular 12 anos de cadeia com uma canetada conseguiu fazer corar a trupe de Brasília.
“Esporte é a base da democracia” – Raí, sobre trazer ao Brasil projeto de seu mestrado em Paris. Afinal, não se faz Copa do Mundo com hospital nem democracia sem pão e circo.
“Governo paga R$ 83,6 mil em passagens para Janja ir às Olimpíadas de Paris” – manchete da Folha de S.Paulo. Esse tal ‘governo’ é tão generoso, não é?
“Olimpíadas: Por que maioria dos medalhistas brasileiros são taurinos?” – pergunta a Folha de S.Paulo. E viva a ciência! Viva a objetividade jornalística!
“GOOOOL do Brasil. O nome dela é XXXX que abre o placar em Marselha” – tuíte da CBF, comemorando o primeiro gol da seleção feminina em jogo contra a Espanha. Parece que nem a CBF sabe direito quem são as jogadoras da seleção feminina.
“Rivais e amantes: Rebeca Andrade e Simone Biles vivem romance em fanfic erótica criada por brasileira; leia trechos” – manchete d’O Globo. Devemos lutar contra a objetificação das mulheres nas Olimpíadas... a não ser que seja uma narrativa progressista, daí pode.
“Não vou entrar em detalhes pra não zikar... Mas ces tão ligados q tem uma jogadora do vôlei feminino q pode entrar pra história, né?” – Felipe Neto, youtuber. No fim, o que acabou entrando para a história foi o pé-frio do Felipe Neto.
Ilações 2024
“Tem dois que são cheiradores de cocaína. Vou revelar no debate quem são os dois, todo pai de família vai saber” — Pablo Marçal, pré-candidato à prefeitura de SP (PRTB). Bom saber, devem ser os candidatos que andam usando as drogas mais leves.
“Você realmente conhece a cidade de SP porque você deve ter ido atrás de todas as biqueiras atrás daquilo que mais te agrada para sumir desse estado emocional seu” – Pablo Marçal, pré-candidato à prefeitura de SP (PRTB) para o rival Guilherme Boulos (PSOL) durante debate. Ficam apontando o dedo para o nariz do outro, enquanto as aspirações do povo viram pó.
“Eu ouvindo ele falar, eu acho que nós estamos diante de um psicopata. Ele mente e acredita na mentira, é impressionante” – Guilherme Boulos, respondendo. À primeira vista, parece uma crítica, mas se olharmos seu histórico, talvez o Boulos esteja apenas sinalizando seu apoio a uma futura candidatura de Marçal ao Palácio do Planalto.
“Eu já tive a alegria de correr no Minhocão” – Tábata Amaral, candidata à prefeitura de SP (PSB), sobre se exercitar no famoso elevado paulistano. Tirem as crianças da sala!
“Candidato, o senhor já ouviu falar de uma expressão chamada manterrupting? É quando o homem não deixa a mulher falar” – Natuza Nery, jornalista, durante sabatina do pré-candidato à prefeitura de SP José Luiz Datena (PSDB). Nas próximas entrevistas, Natuza poderia levantar plaquinhas de ‘fale agora’ e ‘cale-se’, para compensar sua falta de fluidez e objetividade sem constranger o entrevistado com conspirações malucas.
Memória
“Diga-se o que quiser de Maduro, mas foi eleito presidente com 7,5 milhões de votos. E Temer, quantos votos recebeu? Hipocrisia no Mercosul” – Guilherme Boulos, em 5 de agosto de 2017. A farsa se repete como história.
Ari Fusevick é brasileiro não-praticante, escreve sobre filosofia, economia e política, na margem entre o inconcebível e o indesejável. Colabora com a Gazeta do Povo, Newsmax e New York Post. Autor da newsletter "Livre Arbítrio" e do livro "Primavera Brasileira".
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