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A guerra contra a pobreza, iniciada pelo presidente Lyndon Johnson ainda nos anos 1960, só agravou o problema e criou uma cultura de desestímulo ao trabalho
A guerra contra a pobreza, iniciada pelo presidente Lyndon Johnson ainda nos anos 1960, só agravou o problema e criou uma cultura de desestímulo ao trabalho| Foto: Pixabay

Quando o presidente Lyndon Johnson lançou seu programa Guerra à Pobreza, na década de 1960, ele prometeu eliminar a pobreza dos Estados Unidos.

Mais de cinco décadas mais tarde, vários programas assistencialistas e US$25 trilhões depois, o sistema de bem-estar social fracassou.

A taxa de pobreza continua praticamente a mesma e dezenas de milhões de norte-americanos dependem da ajuda do governo.

Hoje, os Estados Unidos gastam cerca de um trilhão de dólares por ano em 80 programas assistencialistas federais, estaduais e municipais diferentes.

Cerca de 40 milhões de norte-americanos são considerados pobres. Se tivéssemos dividido esse US$1 trilhão entre 40 milhões de pessoas, poderia ter dado a cada uma delas aproximadamente US$25 mil por ano – ou US$100 por ano, para famílias de quatro pessoas.

Estamos claramente gastando muito dinheiro, então por que não conseguimos acabar com a pobreza?

Nosso sistema de bem-estar social desestimula o trabalho. Ele desestimula as famílias a permanecerem unidas. E estimula a dependência do governo.

Em outras palavras, o assistencialismo faz com que os pobres continuem pobres.

Em muitos casos, o assistencialismo prejudica aqueles que deveria ajudar, sobretudo as crianças.

Por que isso aconteceu?

À medida que os benefícios assistenciais aumentaram, com o passar dos anos eles também funcionaram como uma alternativa de renda para os trabalhadores com filhos.

E à medida que o pagador de impostos se torna o provedor das famílias, isso leva muitos homens a abandonarem suas responsabilidades, deixando cada vez mais mulheres como as chefes de lares com apenas um dos pais.

Por outro lado, as mães solteiras são desestimuladas a se casarem com os pais de seus filhos porque isso reduz os benefícios delas.

Infelizmente, o ciclo se perpetua até hoje, já que muitas crianças que crescem com ajuda assistencialista acabam por seguir os passos dos pais quando formam suas próprias famílias.

Então o que temos de fazer?

Primeiro, temos que entender que o problema com o sistema atual é que ele desestimula o trabalho. O trabalho é a forma mais rápida e eficiente de se sair da pobreza e prosperar.

Programas assistencialistas deveriam ser criados para dar uma ajuda temporária, ao mesmo tempo estimulando os beneficiários hábeis a encontrarem trabalhado e ganharem o próprio sustento.

Em estados que implementaram limites de tempo e exigências de que o beneficiário procure emprego, esses beneficiários contaram com treinamento, encontraram emprego e aumentaram suas rendas drasticamente. Eles também abandonaram os programas assistencialistas.

Depois, temos de continuar a gerar empregos que ajudem os beneficiários a fazerem a transição.

Como vimos nos últimos anos, a redução de impostos individuais e empresariais e a diminuição das regulamentações que prejudicam o crescimento dos negócios são fundamentais para se criar empregos em massa, para se gerar altos níveis de emprego e para aumentar os salários dos trabalhadores.

A maioria dos norte-americanos quer uma rede de segurança que ajude aqueles que mais precisam e quer ajudar os pobres a encontrarem um trabalho.

Aprendemos, depois de décadas de experiência, que jogar mais dinheiro na pobreza não acaba com ela. A ajuda temporária, o treinamento profissionalizante, o crescimento da economia e o estimulo à autossuficiência sim.

Se vamos travar uma guerra contra a pobreza da próxima geração, vamos travá-la com mais inteligência.

Genevieve Wood propõe prioridades políticas na Heritage Foundation como colaboradora do Daily Signal.

© 2019 Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês.

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