Ambientes mais humanizados

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Aos sete anos de idade, Cristianne Gehlen já mostrava que tinha dom para a arquitetura. No aniversário, depois de ganhar caderno e lápis coloridos, saiu desenhando vasos de flor, plantas de casas e temas geométricos.

Outra preferência também despertou cedo. "Logo depois de formada, eu visitava clínicas e consultórios", lembra. Hoje, além de projetos residenciais, Cristianne se especializou na arquitetura hospitalar. Alguns de seus projetos preferidos são os do Oncoville (centro de radioterapia no Ecoville), da Clínica Los Angeles, no Batel, e um ainda não concluído dentro do Hospital Erasto Gaertner.

Ela diz que, em projetos como estes, a assepsia e os critérios determinados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) seguidos à risca são essenciais. "Também me preocupo em elaborar projetos voltados ao paciente e ao visitante, no sentido de humanizar o ambiente. O aspecto de hotelaria veio desta preocupação", explica. Um exemplo foi uma das salas de radioterapia do Oncoville, em que o teto é revestido com imagens de peixes. "Foi para dar um aspecto mais leve, uma sensação agradável e interagir com o paciente", conta.

Já os projetos residenciais são mais voltados ao perfil do cliente. Para tanto, ela diz que uma entrevista prévia, na qual descobre até se a pessoa tem cachorro e a que horas acorda, é imprescindível. No entanto, ela revela que mudanças durante a execução do projeto são normais.

Cristianne diz que, ao longo dos últimos anos, diversas tendências são visíveis nos projetos de construção. Alguns exemplos são a preocupação com a saúde, com a instalação de suportes para não haver quedas no banheiro e o uso de tecnologia, mas com o melhor preço possível. "Sempre faço pesquisas, mas não abro mão da qualidade."

Inspirada pelos arquitetos norte-americanos Frank Wright (este é o papa, o número um, segundo ela) e Richard Meier, ela diz que adora pé-direito alto, o uso variado da iluminação e ambientes claros e modernos.