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Uma parceira entre a Associação Brasileira de Escritórios de Arquitetura (Asbea) e a Agência Brasileira de Promoção e Exportação de Investimentos (Apex) promete levar a arquitetura local além das fronteiras. Em iniciativa pioneira, as entidades pretendem colocar em prática um conjunto de ações para buscar novos mercados no exterior para os arquitetos brasileiros. O projeto vem sendo desenvolvido desde agosto de 2008 e deve fechar as primeiras negociações ainda neste primeiro semestre.

O assunto foi abordado pelo presidente da Asbea, Ronaldo Rezende, que esteve em Curitiba na última semana para conversar com os escritórios locais. Em entrevista à Gazeta do Povo, o arquiteto disse que, além da oportunidade de novos negócios, a busca de mercado externo traz reconhecimento e novas inspirações para a arquitetura brasileira.

Ao todo serão 25 ações de análise de mercado e promoção comercial, que serão implantados entre 2009 e 2010. Essas ações identificarão oportunidades e dificuldades que impedem o exercício da arquitetura pelos profissionais brasileiros em diversos países. "Logicamente todos os arquitetos querem cada vez trabalhar mais e realizar maior número de projetos. A ampliação de mercados passa necessariamente pela saída do Brasil", comenta Rezende.

Entre as ações, o presidente da Asbea explica que serão feitos trabalhos de divulgação e encontro com possíveis investidores. "É uma ação organizada. Vamos ter a face documental – via portfólio, site na internet e imagens virtuais de projetos dos profissionais daqui –, e reuniões específicas com prováveis compradores." A associação também fará a divulgação dos brasileiros em feiras e eventos internacionais de arquitetura e construção.

No primeiro semestre, essas ações deverão ser feitas principalmente nos Emirados Árabes, Angola, Moçambique e Namíbia. Algumas delas serão desenvolvidas ainda em outros países, como Peru, Colômbia, Rússia, França e Inglaterra.

Imagem externa

A busca de mercado externo pretende fortalecer a nossa arquitetura no exterior. "O Brasil tem boa fama lá fora. Temos Oscar Niemeyer, Paulo Mendes da Rocha, Rui Ohtake. Só que nós não conseguimos aproveitar esses ícones para benefício próprio. Não damos prosseguimento a essa boa imagem, isso por falta de empreendedorismo, de iniciativa", avalia Rezende.

Segundo ele, mais do que levantar a bandeira do desenho brasileiro, a elaboração de projetos em terras estrangeiras irá influenciar e enriquecer também a arquitetura no Brasil. "Às vezes, o profissional pode ver algo em outro país que não existe aqui. Ele pode se entusiasmar com determinado material, textura ou forma. Isso pode servir de repertório para realizar uma arquitetura diferente aqui também."

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