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Comprar um imóvel é sempre uma decisão que precisa ser tomada olhando-se para o longo prazo. Ela difere de outras aplicações por não ter liquidez imediata, ao mesmo tempo em que presta ao seu proprietário um serviço essencial, a moradia, que nem sempre pode ser medido em termos financeiros.

A escolha por se comprar um imóvel, portanto, é diferente de se colocar dinheiro em um fundo de investimento ou outra aplicação do mercado financeiro. É preciso levar em consideração o momento da vida familiar, as perspectivas profissionais e, claro, o custo-benefício de se viver em uma casa própria.

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Para quem decidiu que este é o momento da investida, a boa notícia é que os preços dos imóveis novos vêm subindo menos nos últimos meses em um movimento de ajuste que traz oportunidades. “A oferta hoje é grande e isso deve continuar pelo ano de 2016. Esse é um lado bom para o comprador”, explica Armando Rasoto, professor de Finanças na pós-graduação da FAE.

Raphael Cordeiro, coordenador do curso de EAD em Finanças Pessoas da Universidade Positivo, lembra que a tentação das ofertas não deve ser o único fator a ser levado em conta. “Quando alguém quer comprar uma residência, não chamamos de investimento financeiro – é um investimento familiar. E o que define se é o momento certo é se a pessoa tem as condições para pagar e se achou o imóvel adequado”, explica.

No longo prazo, essa escolha pode garantir uma segurança financeira em um país com uma economia volátil como a do Brasil. “Imóveis podem até se tornar uma renda a mais, uma ajuda na aposentadoria”, comenta.

A dica do especialista é que a família busque um equilíbrio entre diferentes tipos de investimentos, formando uma carteira diversificada ao longo do tempo. “É necessário ter cuidado para não assumir riscos demais. Uma saída é investir parte do dinheiro em imóveis e outra parte em outros investimentos que permitam um acesso mais rápido ao dinheiro em emergências”, comenta.

Investimento

Outro fator interessante do momento é que há um descasamento entre as taxas reais de juros e as cobradas em financiamentos imobiliários. Para quem tem recursos e pensa em investir em imóveis, é possível fazer uma compra financiada pagando juros menores do que os recebidos em investimentos em títulos públicos de longo prazo. “Se o lucro dos investimentos for maior que os juros das parcelas, o financiamento pode ser uma boa opção mesmo se o comprador tiver o dinheiro para pagar o imóvel à vista”, explica Rasoto.

Sem erro

Veja algumas dicas para conduzir com segurança a compra de um imóvel para a família:

  • Avalie seu momento financeiro. É sempre positivo ter uma reserva financeira além do valor da entrada para emergências.
  • Pense no longo prazo.
    O ideal é que o imóvel seja adequado para suas necessidades por um período que compense os custos da operação. A valorização do bem nem sempre ocorre em poucos meses.
  • Pesquise bastante na hora de comprar, não só em busca do melhor preço, mas daquele imóvel que não provocará arrependimentos.
  • Pesquise os benefícios tributários e subsídios que existem no mercado (como o Minha Casa Minha Vida, linhas do FGTS e isenções do Imposto de Renda). Muitas vezes, encaixar o valor do imóvel a ser comprado dentro desses benefícios é uma forma de acelerar a compra.
  • Na hora da escolha, pense também nas melhorias e reformas que precisam ser feitas antes da mudança. O custo deve estar no orçamento.
  • Se a compra for para investimento, veja como está o mercado para locação no segmento que você escolheu investir.

Orçamento dá segurança à compra

Antes de definir a compra, é importante saber se o valor do imóvel cabe no orçamento da família. Um teste simples é começar a guardar, antes de fechar o negócio, o valor das parcelas em uma poupança. Se isso foi realizado ao longo de alguns meses sem problemas, é seguro começar o financiamento – e o dinheiro guardado pode ser usado como parte da entrada. Outra recomendação dos economistas é que o valor da parcela não ultrapasse 30% da renda líquida familiar.

Outra dica para aumentar a segurança no investimento é a criação de uma poupança com um valor que cubra necessidades básicas da família (incluindo a parcela do financiamento) por seis meses, deixando os compradores mais calmos em casos de desemprego ou problemas de saúde.

Como imóveis são investimentos a longo prazo, é importante pensar com calma no perfil da compra. Para Armando Rasoto, da FAE, o tamanho é uma questão importante. “Um casal jovem que compra um apartamento deve pensar se terá filhos e já procurar um imóvel maior”, comenta. Assim, evitam-se gastos com mudanças e transações imobiliárias depois de alguns anos.

Raphael Cordeiro, da Universidade Positivo, lembra ainda que pessoas com perfil profissional instável, com muitas mudanças de cidade, podem aguardar antes de comprar um imóvel. “Mudanças frequentes podem gerar péssimos negócios”, afirma.

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