Espécie desértica é opção para jardins

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A paisagem árida é um tanto exótica, mas o visual geométrico fica lindo. Melhor ainda: criar um jardim com espécies desérticas é uma boa opção para quem não quer ter muito trabalho com a manutenção das plantas. Mesmo em Curitiba, onde o sol não aparece com tanta frequência, cactos e suculentas podem ser cultivados em espaços internos. Por isso, o paisagismo com essas plantas vem fazendo sucesso. Mas é preciso escolher as espécies e aprender os cuidados mínimos antes de montar um jardim nesse estilo.

A arquiteta e paisagista Daniela Sedo explica que plantas desérticas vivem em solo muito arenoso e suportam temperaturas altas. Essa vegetação pode sofrer na época de chuvas, por isso as áreas cobertas são mais indicadas. Embora sejam de sol pleno, os cactos podem viver dentro de casa, desde que recebam luz.

Areia e cascalhos misturados à terra produzem a drenagem necessária para a planta. Esse cuidado garante porosidade e leveza ao substrato. O jardim desértico não precisa de muitos acessórios – o minimalismo é outra característica. "Ele pode ser composto por pedriscos brancos e vasos", diz a paisagista.

No livro "Cultivo Técnico de Cactos e Suculentas Or­­namentais", Roberto Jun Takane explica que todos os cactos são plantas suculentas, porque em alguma parte reservam água para sobreviver. "A parte suculenta pode ser a folha, o caule, o rizoma ou a raiz. Todos os cactos são suculentas, mas nem todas as suculentas são cactos", observa.

Não há muitas restrições na manutenção. O ideal é apenas tirar as folhas secas que aparecerem a cada três semanas, e não encharcar de maneira alguma as plantas. A adubação pode ser trocada a cada seis meses. As plantas devem ser regadas uma vez por semana ou a cada quinze dias.