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Galeria Suissa: a loja que virou corredor comercial

Endereço tradicional no Centro de Curitiba, galeria tem comércios antigos e oferta diversificada de produtos e serviços

Entrada da Rua José Loureiro: ponto comercial começou com as instalações de uma loja de material elétrico. | Fotos: Henry Milleo / Gazeta
Entrada da Rua José Loureiro: ponto comercial começou com as instalações de uma loja de material elétrico. (Foto: Fotos: Henry Milleo / Gazeta)

Uma loja que se transformou em um dos mais famosos corredores comerciais de Curitiba. Assim pode ser resumida a história da Galeria Suissa. Localizada entre as ruas Marechal Deodoro e José Loureiro, a galeria é tida como ponto de referência no Centro e mantém sua tradição e atratividade passados mais de 50 anos de sua abertura.

O que muitos de seus clientes e visitantes provavelmente desconhecem é que a história da galeria é anterior à inauguração de seu corredor e remonta a meados dos anos 1920, com a abertura da Casa Suissa de Eletricidade.

O comércio

A loja, que começou em um imóvel alugado na Rua Monsenhor Celso, era uma empreitada do imigrante suíço Alberto Bolliger – pai de Oscar Bolliger, fundador da galeria –, que chegou ao Paraná com o objetivo de se dedicar à instalação da energia elétrica no estado.

Em 1949, o estabelecimento – que já contava com diversas filiais na cidade – foi transferido para um imóvel próprio, localizado na Rua Marechal Deodoro. Este fato daria início à história da Galeria Suissa. “Meu pai comprou este imóvel em um leilão. Quando entrou ali, disse ao meu avô que iria fazer uma galeria para homenageá-lo”, lembra Dagmar Bolliger, filha de Oscar e responsável pela administração da galeria juntamente com as três irmãs: Debora, Dariene e Deloreine.

Famosa por comercializar uma diversidade de produtos – que iam de instrumentos musicais a brinquedos e linha branca, além dos itens de iluminação e eletricidade – a loja cresceu tanto que Oscar foi adquirindo os imóveis vizinhos até chegar à outra frente, na Rua José Loureiro.

Em 12 de outubro de 1962, o comerciante concretizou seu sonho e inaugurou a galeria que, cortando a loja, deixava suas vitrines expostas dos dois lados do corredor. O espaço, então, foi batizado com o nome de seu pai, Alberto Bolliger. O nome que “pegou”, no entanto, foi o de Galeria Suissa.

“A galeria também tinha um sentido cívico. As vitrines costumavam receber exposições em homenagem a outros países e a datas comemorativas”, lembra Dagmar. Uma delas era o Natal, tradicional no endereço e para onde os curitibanos se deslocavam para ver as vitrines decoradas e receber balas do Papai Noel.

Diversidade de lojas

A abertura da galeria para outros lojistas ocorreu somente em 1977. Dagmar conta que o pai vislumbrou o potencial do espaço para outros comércios, sem deixar de lado a Casa Suissa de Eletricidade. A loja continua em funcionamento até hoje, mas agora não está mais sob a administração da família.

De lá para cá, a Suissa mantém sua vocação comercial e, atualmente, conta com cerca de 41 espaços distribuídos em quatro mil m² de área e 100 metros de corredor. O tamanho das lojas varia entre 15 m² e 55 m² de área total, em média.

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