Waldomiro e Alessandra Favero desfrutam, junto dos filhos, de um inverno aquecido também na sala de tevê| Foto: Hedeson Alves/ Gazeta do Povo

Escolha

Qual é a melhor opção? A decisão entre uma lareira a lenha, a gás ou elétrica, depende do espaço disponível, da estrutura da casa e do gosto pessoal. Confira:

Lenha

Existem estruturas pré-fabricadas em alvenaria ou metal e a instalação deve ser feita por empresas especializadas. O custo chega a até R$ 2,5 mil (sem o revestimento). Consome, em média, quatro quilos de madeira seca em cerca de três horas. Um saco de lenha custa, em média, R$ 15.

Gás

O custo da estrutura pré-moldada é o mesmo da a lenha, mas alguns modelos não exigem duto. O kit gás que precisa ser instalado para o funcionamento custa em torno de R$ 700 e o consumo é de cerca de 500 gramas por hora.

Elétrica

Uma lareira elétrica custa de R$ 650 a R$ 1,2 mil, com potência entre 750 watts e 1.500 watts, o que consome 135 kWh, se ligada seis horas por dia durante todo o mês. Para instalação é necessária apenas uma tomada. Normalmente, os arquitetos criam nichos com um móvel especial para a lareira.

Fonte: Loja Arpa Lareiras e Stones & Gardens, especializadas em lareiras

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O segredo está no revestimento

O preço de uma lareira a lenha, que costuma ser a mais cara e está entre as mais pedidas, depende diretamente do tipo de revestimento utilizado. As pré-moldadas custam em torno de R$ 2,5 mil, brutas. "O maior investimento é na aparência externa que determina se a lareira será mais clássica, rústica ou moderna", explica a arquiteta Elizabeth Choueri.

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A lareira é um dos itens mais requisitados nos projetos da construtora Baggio
Em dia de jogos de futebol transmitidos à noite, a lareira da sala íntima que fica no ático da casa de César Kulpa fica sempre acesa
A lareira revestida em ranito bruto compõe a sala de estar do projeto assinado por Andressa Zonato
Pedra para revestir uma lareira de campo foi a solução da arquiteta Elizabeth Choueri
A lareira é uma boa opção para dividir ambientes. No projeto de Caroline Bollmann foi usada pedra filetada para deixar a peça discreta

Uma das primeiras associações que se faz com a casa é o aconchego e a proteção. No inverno essa relação é potencializada quando os termômetros lá fora marcam zero, um, dois graus. Nessas ocasiões, nada melhor do que lareiras para aquecer os dias frios, além de serem consideradas itens que agregam sofisticação aos ambientes.

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O empresário Cesar Kulpa levou vários anos para realizar o sonho. Morou em apartamento, onde não havia estrutura que comportasse uma lareira, e desde o ano passado, quando mudou para um condomínio horizontal em Pinhais, fez questão de incluir três lareiras no projeto da casa.

Os ambientes contemplados foram a sala de estar, a suíte principal e o ático, onde há uma sala íntima. "No quarto é perfeito para o aconchego e romantismo e nas duas salas são ambientes onde recebo amigos ou desfruto momentos de leitura. O conforto térmico, em qualquer um dos casos, é indispensável", diz.

O uso frequente de uma pequena lareira em um apartamento fez o empresário Waldomiro Favero solicitar duas opções no projeto de sua casa. "Mudei no ano passado e este será o primeiro inverno com as novas lareiras. Fiz questão de tê-las em casa porque utilizava muito em meu apartamento", comenta.

Nos dois casos os empresários optaram pelos modelos mais tradicionais de lareiras que são movidas a lenha. Mas há modelos a gás e elétricas. As lareiras a lenha e a gás exigem conhecimento técnico na hora da instalação.

Blanca Baggio, engenheira da construtora J.A. Baggio, que assinou o projeto da casa de Favero, diz que quase todos os projetos de residências de alto padrão em Curitiba incluem lareiras. "Os tipos de aquecimento de uma casa devem ser pensados durante a fase de projeto. Não é impossível incluir uma lareira em uma casa pronta, mas é mais difícil."

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A arquiteta Caroline Bollmann explica que o ideal é que o arquiteto trabalhe em parceria com uma empresa especializada e sugira os modelos que mais se adequam ao projeto arquitetônico da casa. "O arquiteto pensa na lareira em harmonia com o espaço e a empresa fará um estudo para ver a questão do duto para que não se corra o risco de a fumaça voltar", aponta.

Se o modelo escolhido for uma lareira a gás é necessário ter boa ventilação no local para não haver risco. "É necessária uma estrutura de tubulação em cobre e chaminé, como na lareira a lenha", ressalta Caroline.

Outro ponto a ser analisado é o tamanho do ambiente onde será instalada a lareira. "Em uma sala ampla, com 50 metros quadrados, por exemplo, a lareira precisa ser imponente para ser notada", destaca a arquiteta Elizabeth Choueri.

As lareiras elétricas ganham no quesito praticidade pois necessitam apenas de uma tomada para o funcionamento. "São práticas, não necessitam de espaço para exaustão, não produzem cinzas e são mais baratas, embora consumam bastante energia", diz a arquiteta Andressa Zonato. As lareiras elétricas têm "lenhas" de fibra de cerâmica que, quando acesas, parecem madeira de verdade.

Para Elizabeth, as pessoas que gostam do "ritual" da lareira escolhem o tipo a lenha. "Há uma questão ligada ao aconchego que o fogo proporciona e nesse aspecto as lareiras a lenha são insuperáveis."

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As pessoas tendem a ser atraídas pelas lareiras mais pelo charme do que pela função, diz Elizabeth. "O ar-condicionado tem a função de aquecer, mas a lareira possui um charme insubstituível."

As profissionais apontam para a tendência de diversidade de locais para se colocar a lareira. "O mais tradicional é a sala, mas é possível colocar em um ático, ou nos quartos", indica Andressa. Quem não tem uma casa ampla e pensa em ter uma lareira, não precisa desistir. Unir lareira com outros objetos, otimizando espaços, é uma das propostas de Elizabeth. "É possível incluir um painel de madeira na parte superior da lareira para embutir uma tevê de LCD ou plasma. Esse é um projeto muito utilizado em casas ou apartamentos pequenos", indica.