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Marcos Kahtalian, consultor, sobre a pesquisa de intenção de compra de imóveis | Henry Milléo/ Gazeta do Povo
Marcos Kahtalian, consultor, sobre a pesquisa de intenção de compra de imóveis| Foto: Henry Milléo/ Gazeta do Povo

Apresentada na última terça-feira para associados do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Paraná (Sinduscon-PR), a pesquisa sobre intenção de compra de imóveis em Curitiba, realizada no final de 2012, consolida as tendências que o mercado já vinha apresentando: estabilização de preços, ajuste na oferta e forte verticalização. O levantamento aponta ainda, que, diante do maior leque de produtos, o comprador está mais atento e pesquisando bastante antes de fechar negócio. Consultor em marketing do Sinduscon e sócio da Brain – Bureau de Inteligência Corporativa, empresa responsável pela pesquisa, Marcos Kahtalian conversou com a reportagem da Gazeta do Povo pouco antes de apresentar os dados para os construtores. "O cenário é positivo. O mercado está comprador", resume o especialista.

A pesquisa mostra que 26% dos curitibanos procuraram ou compraram imóvel em 2012. É um bom índice?

Sim, ainda mais considerando que a maioria dos que não encontraram imóvel continua procurando. Quase 50% disseram que pretendem continuar buscando nos próximos seis meses e outros 30%, deram o prazo de um ano.

Há outros dados relevantes?

O levantamento mostra a forte tendência de verticalização da cidade, que agora chega a bairros mais periféricos. 46% dos curitibanos buscam apartamento. Há também o fato de que os apartamentos com dois quartos, que antes nem existiam, são as novas estrelas do mercado, muito procurados.

O que pesa na compra do imóvel?

Dois itens são cruciais: preço e localização. Ajustar os dois é a grande questão. O comprador busca o produto que cabe no seu orçamento e na região que deseja. Se ele não encontra, tende a continuar pesquisando: boa parte dos pesquisados que não adquiriu imóvel informou que seguirá procurando. Muitos dos que compraram não conseguiram o imóvel na faixa de preço ou no bairro em que queriam, mas acabaram fechando negócio em outro patamar, ou mudaram a região. Diante da oferta maior, com mais produtos para escolher, o comprador leva mais tempo pesquisando.

Investidores são uma parcela importante do mercado?

A esmagadora maioria das pessoas, 79%, quer imóvel para uso próprio. Outros 19% compram para ter renda com locação. Somente 2% correspondem à fatia do investidor – aquele que compra na planta para revender com valor mais alto.

Qual a faixa de preço mais procurada?

Quase totalidade – 94% – da intenção está na faixa de até R$ 400 mil. Cerca de 70% procuram imóvel de até 250 mil.

De forma geral, o cenário é positivo?

Sim. O mercado está comprador. Crédito, emprego e renda seguem estáveis, mas o construtor tem que fazer sua lição de casa, planejando muito bem o produto que vai lançar. Está claro que de 2011 para 2012 o volume de lançamentos foi menor, mas isso é bom, significa que está havendo o ajuste necessário de preço e de oferta, após o período de muitos lançamentos que vieram cobrir uma demanda reprimida.

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