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Comportamento

Postura do morador é crucial para a segurança dos condomínios

Pesquisa aponta que mais de 80% dos delitos nos empreendimentos imobiliários resultam (ou poderiam ser evitados) da inobservância das regras ou de falhas dos condôminos

Felipe Chaddad Júnior, síndico do condomínio Boaventura, no bairro Bigorrilho. | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Felipe Chaddad Júnior, síndico do condomínio Boaventura, no bairro Bigorrilho. (Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo)

A tecnologia e a instalação de equipamentos relacionados à infraestrutura contribuem, e muito, para segurança dos condomínios, mas ainda não substituem a postura adequada dos condôminos quando o assunto é prevenir a ocorrência de delitos nos empreendimentos imobiliários.

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Tal fato é evidenciado em uma pesquisa que aponta que mais de 80% das ocorrências registradas, ou que podem ser evitadas, resultam da inobservância das normas de segurança ou de falhas cometidas por moradores e funcionários.

O número, inclusive, demonstra um descompasso entre a expectativa e o comportamento adotado pelos condôminos em relação à segurança, apontada por 54% deles como o principal motivo para a decisão de morar em um condomínio.

O estudo, realizado pelo coronel da reserva remunerada da Polícia Militar do Paraná e pesquisador de temas relacionados à segurança pública, Roberson Luiz Bondaruk, com o apoio do Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi-PR), foi elaborado a partir de inspeções e entrevistas com moradores, síndicos e funcionários de 83 condomínios e resultou no livro “Segurança em Condomínios Residenciais e Comercias”.

“A pesquisa mostrou que em um número muito grande de condomínios que já foram assaltados as pessoas tomaram poucas medidas de autoproteção. A postura delas, no entanto, é absolutamente fundamental, pois o condomínio é como uma pequena cidade, na qual a segurança de todos é a segurança de cada um”, pondera Bondaruk.

O diretor de projetos e consultor para condomínios da C.O.E Consultoria em Segurança, Fernando Moreira, concorda e acrescenta que a estrutura física [câmeras, alarmes e sistemas eletrônicos] ajuda, mas que sozinha não garante a segurança do empreendimento.

Pontos fracos

Entre os comportamentos que podem contribuir para a ação dos criminosos, os especialistas destacam a falta de colaboração dos condôminos em relação às regras para o controle de acesso, como se negar a baixar o vidro e ligar as luzes internas do carro para identificação ou deixar que estranhos aproveitem a abertura do portão para entrar sem serem identificados.

A falta de capacitação de porteiros e de outros profissionais responsáveis pela segurança é outro fator apontado por eles. “Os funcionários do prédio, assim como os domésticos, podem repassar informações e/ou facilitar o acesso do bandido, mesmo que não tenham esta intenção”, acrescenta Moreira.

Para aprimorar a segurança do empreendimento, a principal orientação dos especialistas é a de se invista em palestras e campanhas de conscientização para que os moradores compreendam que a falha de um acaba colocando todo o condomínio em risco.

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