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Home Staging

Preparar o imóvel para a venda facilita a negociação

Reorganizar móveis, pintar as paredes e despersonalizar os ambientes pode atrair mais compradores em potencial

Investir na pintura das paredes, usando cores claras, é uma das práticas associadas ao “home staging”. | Divulgação
Investir na pintura das paredes, usando cores claras, é uma das práticas associadas ao “home staging”. (Foto: Divulgação)

Cada vez mais, as imobiliárias e os proprietários têm investido em diferentes estratégias para atrair os compradores e destacar seus imóveis frente à oferta disponível para venda em Curitiba – que somava 20,6 mil imóveis residenciais usados em março, de acordo com dados do Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi-PR).

A preparação do imóvel para venda, em um processo conhecido como Home Staging, é uma das ações que ganha força neste sentido. O termo, que significa encenação da casa, é utilizado para descrever o trabalho realizado, geralmente por designers e arquitetos, para potencializar os pontos fortes do imóvel e minimizar os fracos, tornando os ambientes aconchegantes, espaçosos e iluminados.

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“Este processo é muito comum nos Estados Unidos, onde a cada 10 imóveis vendidos, oito passam pelo Home Staging”, conta Milton Ribeiro, diretor da Axis 21, imobiliária com atuação no segmento de imóveis prontos de alto padrão que trabalha com Home Staging há cerca de um ano e meio.

Despersonalização

O diretor conta que o serviço, custeado pelo proprietário do bem, tem como foco principal despersonalizar e neutralizar o imóvel, o que faz com que o potencial comprador o entenda como uma casa à venda, e não como o lar de uma família. O processo também favorece a produção das fotos para a divulgação do bem.

Entram nesta lista, por exemplo, a retirada de porta-retratos, lembrancinhas de viagens e de objetos pessoais dos moradores, a reorganização (ou retirada) de móveis e o acréscimo de elementos decorativos, como vasos de plantas, para compor os ambientes.

Foi o que fez o restaurateur do Bellagio, Roberto Vezozzo. Quando colocou a cobertura onde morava, no Batel, à venda, ele seguiu a orientação da imobiliária e contratou o serviço – realizado pela designer de interiores Taicy Pires. Nele, alguns objetos de decoração foram mudados de lugar e plantas e flores novas foram inseridas. “Foi uma boa experiência, que facilitou a venda. Nós, com leigos, ‘entulhamos’ o apartamento, o que faz com que as pessoas que querem comprar se sintam sufocadas”, avalia.

“Tapa” no visual

Em alguns imóveis, é preciso ir um pouco além da simples organização e investir na pintura das paredes (com cores claras), na manutenção de piscinas e jardins e no conserto de problemas, como janelas quebradas ou pontos de infiltração. “São questões simples, mas que, se não resolvidas, passam uma sensação de desleixo, o que atrapalha a venda. Quem está comprando geralmente usa todo o recurso na aquisição do bem, não vai querer gastar com estas coisas”, diz Elaine Gonzaga, diretora de marketing do Grupo Gonzaga.

Nestes casos, Ribeiro orienta que o investimento não deve ultrapassar a média de 3% sobre o valor do bem, custo que pode ser recuperado na venda.

Ainda de acordo com o diretor, além de destacar o imóvel frente à oferta, a preparação do bem também contribui para manter o preço e para dar mais liquidez à negociação, cuja velocidade de venda cresce cerca de quatro vezes.

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