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O anúncio do pacote da habitação do governo federal Minha Casa, Minha Vida está sendo visto por entidades do setor como uma oportunidade para ampliar a discussão e formatar um projeto que pretende acabar com o déficit habitacional dentro de 15 anos. "Um milhão de casas, conforme anunciado pelo governo, é uma medida emergencial. Queremos investimento permanente", defende Paulo Safady Simão, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

O dirigente esteve em Curitiba na última terça-feira para reuniões com empresários do setor na região sul. Segundo Simão, o papel das entidades agora é sugerir melhorias no projeto inicial do governo.

Entre as principais mudanças apontadas, está a desoneração do preço final dos imóveis e a busca por custos (materiais e mão-de-obra) acessíveis e padronizados em todo o país. "Além da redução de impostos locais e da agilidade na aprovação de projetos, precisamos de uma contrapartida maior, inclusive com o investimento das concessionárias de energia, água e esgoto, que recebem tudo pronto das empreiteiras e entram depois apenas para cobrar."

Por ocasião do lançamento do pacote, os Sindicatos da Construção Civil (Sinduscon) dos três estados do sul viram uma oportunidade para somar esforços e unificar os pedidos de mudanças no pacote. "De certa forma as necessidades dos três estados são convergentes. Nossa ideia é alinhar um discurso para ter mais força na mesa de negociação", disse o presidente do Sinduscon-RS, Carlos Alberto Aita. Bárbara Paludo, conselheira do Sinduscon-SC, disse que a região sul deve receber ao menos 120 mil casas do pacote. "Os empresários estão se preparando da melhor forma, mas é claro que esperam contrapartida do estado", afirmou.

Para o presidente do Sinduscon-PR, Hamilton Pinheiro Franck, o governo deve estar disposto a ajudar o setor que garantirá o crescimento do PIB neste ano. "A expectativa é de um crescimento entre 3,5% e 4% do PIB da construção, algo bem menor do que os 8% registrados em 2008, mas que talvez ajude a deixar a soma das riquezas do país, para este ano, com saldo positivo".

A articulação começa a apresentar resultados. Os secretários municipais de Urbanismo, Luiz Fernando Jamur, e de Finanças, Luiz Eduardo da Veiga Sebastiani estiveram no encontro e afirmaram que a prefeitura de Curitiba estuda diminuir o valor do ITBI (Imposto sobre transmissão de Bens Imóveis) e o do ISS (Imposto Sobre Serviço). Além disso, o Ippuc em parceria com a Cohab estão promovendo estudos para viabilizar a construção de casas em outras áreas.

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