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Mercado

Strip malls dão cara nova ao comércio de rua dos bairros

Shoppings de esquina impulsionam o comércio dos bairros da capital e atraem investidores que buscam renda pela locação

Recém-inaugurado na Rua Mateus Leme, no bairro Ahú, centro comercial tem quatro lojas, sendo uma delas a âncora. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Recém-inaugurado na Rua Mateus Leme, no bairro Ahú, centro comercial tem quatro lojas, sendo uma delas a âncora. (Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo)

O adensamento das regiões mais afastadas do centro e a necessidade de expansão do varejo e dos serviços vêm causando uma revolução no tradicional comércio de bairro, que tem visto crescer a implantação de pequenos shoppings na cidade, geralmente localizados em terrenos de esquina.

Chamados de strip malls, os empreendimentos costumam copiar um modelo norte-americano e podem ser consideradas uma evolução dos antigos centros comerciais ao oferecem uma faixa de lojas (strip) e estacionamento conjunto aos lojistas, geralmente localizado à frente do empreendimento. “Este movimento é visível no Brasil e notório aqui em Curitiba. Não temos dados consolidados deste crescimento, mas temos atendido vários desenvolvedores que têm interesse em investir neste tipo de empreendimento. É um mercado que ainda está em desenvolvimento”, avalia Marcos Kahtalian, consultor da Brain Bureau de Inteligência Corporativa.

Para ele, a expansão do varejo – que ainda está muito concentrado na região central e nos shoppings – para os bairros é um dos principais incentivadores à implantação dos strip malls. Marcos Mendonça, proprietário da Imobiliária Confronto, acrescenta ainda a própria evolução do mercado imobiliário, que levou os empreendimentos de residenciais para outras regiões da cidade, como outro fator de estímulo ao segmento. “Mesmo que os novos empreendimentos não estejam totalmente ocupados, eles ajudam no desenvolvimento dos bairros e no surgimento da demanda por comércio e serviços”, pontua.

Projeto

O estudo detalhado do projeto – que vai da identificação do terreno ao início da operação das lojas – é fundamental para garantir o sucesso do negócio e a rentabilidade esperada pelos lojistas e investidores.

Sergio Zimmermann, diretor executivo da Estruturar Planejamento e Desenvolvimento Imobiliário, conta que, na empresa, cerca de 90% dos negócios são gerados pela necessidade de expansão de uma marca âncora. A partir dela, começa a busca pelo terreno e é acionada a carteira de investidores que irá financiar a construção do empreendimento – geralmente com três a cinco lojas e custo de cerca de R$ 5 milhões – na modalidade built to suit (imóvel feito sob medida para o cliente). “Assim, o empreendimento é planejado de acordo com a necessidade da demanda. É diferente de construir diversas lojas e colocá-las para locação”, explica o diretor.

Outro aspecto que garante o sucesso do negócio é o planejamento do mix de lojas que serão instaladas no centro comercial, geralmente relacionadas ao dia a dia dos moradores, como farmácias, agências bancárias, panificadoras e lavanderias. Na opinião de Zimmermann, o ideal é trabalhar com operações complementares, fazendo com que cada loja gere fluxo de clientes para as demais.

O retorno dos investidores, por sua vez, vem da valorização do imóvel e da rentabilidade com a locação dos espaços, que costumam ser formalizadas em contratos de, no mínimo, cinco anos.

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