Estrutura sustentável está sendo construída no Rebouças, em Curitiba| Foto: Divulgação

Obras

Todos os materiais utilizados na obra são sustentáveis. Confira alguns detalhes:

Fibras recicladas

Piso elevado em plástico reciclado, com acabamento de carpete de fibras também recicladas.

Madeira plástica

Deque externo de madeira plástica (50% serragem e 50% plástico).

Garrafa pet

Painel com lã de garrafa pet reciclada, que permite isolamento térmico, e manta de pneu reciclado, para isolamento acústico.

Led

Lâmpadas de led para auxiliar na economia de energia.

Luz natural

Tubos de luz com prismas para espalhar iluminação natural pelo ambiente.

Plantas nativas

Móveis de madeiras de reflorestamento certificadas; paisagismo com plantas nativas e áreas de drenagem.

Cobertura

Telhado verde, que possibilita conforto térmico e é capaz de absorver gás carbônico e água da chuva, que será aproveitada para outros fins, como limpeza.

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Perspectiva do Escritório Verde: placas vão captar a energia solar
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Uma estrutura de 150 metros quadrados está sendo erguida no bairro Rebouças, em Curi­tiba – na Avenida Silva Jar­dim, entre a Desembargador Westephalen e a Avenida Mare­chal Floriano Peixoto –, para abrigar o Escri­­tório Verde, um projeto da Uni­­versidade Tec­­nológica Federal do Paraná (UTFPR), resultado de uma iniciativa inédita no estado. A casa, com previsão de finalização das obras na primeira quinzena de abril, será sede do Centro Regional de Integração Expertise de Edu­cação para o Desen­vol­vimento Sustentável (Crie-Curitiba) e uma espécie de laboratório, no qual será possível medir a redução do impacto ambiental de uma edificação comercial, gerada dentro dos princípios de construção sustentável.

O projeto foi concebido e é coordenado pelo designer Eloy Casagrande Júnior, professor do Departamento Acadêmico de Construção Civil da UTFPR, PhD em Inovação Tecnológica e Sustentabilidade. Para viabilizar as obras, a universidade te­ve o apoio de 40 empresas, que doaram tecnologia, equipamentos e mão de obra para instalações.

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Casagrande conta que a casa será a primeira empresa júnior interdisciplinar da universidade, na qual estudantes de pós-graduação de diversos cursos formarão uma equipe para aten­­der demandas externas de projetos sócio ambientais. Outro objetivo, aponta Júnior, é mostrar a eficiência da construção sustentável dentro de um ou dois anos. Mas o cálculo a se fazer considera o tempo de vida de um escritório como este, e não o investimento, explica. "Inicialmente, pode-se gastar 20% a mais. Mas o cálculo que queremos fazer é da durabilidade, que pode ser de 30, 40 anos. Com o tempo, vai gerar economia."

Na prática

Casagrande destaca que 70% da energia da casa será solar. "A geração acontecerá por meio de painéis que convertem a energia do sol em energia elétrica (fotovoltaica)". A construção prevê, ainda, a instalação de placas para aquecimento da água, com o aproveitamento de gás de geladeira, suficiente para se ter água quen­te para tomar banho, afirma Casa­grande. "A intenção é conseguir alimentar um carro elétrico com a energia solar que será armazenada na casa, em um projeto que tem parceria da Copel e do Lactec (Instituto de Tecno­logia para o Desen­volvimento)."

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Serviço:

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O Escritório Verde da UTFPR poderá ser visitado pela comunidade em geral, com prévio agendamento. Informações pelo site www.escritorioverdeonline.com.br