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Imagem ilustrativa. | Reprodução/
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Imagem ilustrativa.| Foto: Reprodução/ Pixabay

Uma mulher que deixou suas duas filhas morrerem trancadas num carro quente para que ela pudesse participar de uma festa foi condenada a 40 anos de prisão. O caso aconteceu em Hill Country, no Texas, Sul dos Estados Unidos. 

De acordo com a polícia, no dia 7 de junho de 2017, Amanda Hawkins, então com 19 anos, levou suas filhas pequenas até o hospital. As meninas estavam em uma situação crítica, e a mãe alegou que elas passaram mal depois de cheirar flores em um parque nas proximidades. Mas as autoridades rapidamente perceberam que as flores não eram culpadas. Em vez disso, Amanda as deixou intencionalmente trancadas em seu carro durante uma noite inteira para que ela pudesse farrear com amigos. 

As meninas – Brynn Hawkins, 1 ano, e Addyson Overgard, 2 anos – ficaram trancadas no veículo por um período que pode ter chegado a 18 horas, enquanto as temperaturas da região atingiam os 32 graus. Um convidado da festa chegou a ouvir as meninas chorando e pediu a Amanda para tirá-las de lá, mas a jovem apenas disse que “estava tudo bem”, pois as crianças “chorariam até adormecer”. De acordo com a polícia, depois da festa Amanda acordou por volta do meio-dia e fez sexo com um amigo antes de ir até o carro recolher as meninas. 

“Ela sabia que as crianças estavam lá. Ela as deixou de propósito no carro”, afirmou Rusty Hierholzer, delegado responsável pelo caso. 

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Em setembro, Amanda se declarou culpada de duas acusações: abandonar ou colocar uma criança em perigo iminente de morte, lesão corporal ou deficiência física ou mental, além da acusação de causar ferimentos em crianças. Em um comunicado, a polícia afirmou que a mulher estava relutante em levar as crianças ao hospital porque “não queria se meter em confusão”. 

As autoridades disseram que a jovem fez buscas no Google a respeito de como reanimar uma pessoa que sofreu de exaustão provocada pelo calor, ao mesmo tempo em que jogava água gelada nas meninas, em uma tentativa frustrada de salvá-las. 

“Pessoas da nossa comunidade cuidam melhor dos animais de estimação do que você cuidou das suas filhas”, disse o juiz Keith Williams a Amanda durante o julgamento. O magistrado determinou uma sentença de 20 anos para cada acusação, totalizando 40 anos de prisão. 

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Amanda, contudo, não foi a única culpada nas mortes de suas filhas. Kevin Franke, de 16 anos, também estava na festa e chegou a entrar no carro da jovem para tirar um cochilo. Foi ele quem desligou o motor e fechou as janelas antes de sair do veículo. Advogado de Franke, Richard Ellison alega que seu cliente bateu na porta do quarto onde Amanda dormia para acordá-la na manhã seguinte, mas ela não respondeu.

Ao ser questionado se Franke sabia que as crianças também estavam no carro, Ellison afirmou que ainda não tinha certeza sobre esse ponto e que estaria averiguando. 

Franke foi denunciado como um adulto no último mês de julho, com duas acusações de homicídio pela morte das meninas. 

Risadas e celular 

Quando Brynn e Addyson chegaram ao hospital, o médico John Gebhart tentou salvar as vidas das meninas por mais de 40 horas. Enquanto isso, Amanda ficou rindo e mexendo no celular, ao mesmo tempo em que tentava convencer os socorristas da história das flores. 

“Ela ficava dizendo ‘foi isso que aconteceu’, sem parar”, contou Gebhart. Segundo o médico, as meninas morreram lentamente – e provavelmente de maneira dolorosa. 

Amanda fez uma declaração antes de ser condenada, dizendo que iria “aceitar qualquer punição”, acrescentando que “não há desculpas para o que fiz”. Ela também disse que “amava e se preocupava com as meninas”. 

Delegado responsável pelo caso, Rusty Hierholzer afirmou que esse foi um dos casos mais horríveis que viu em 37 anos de corporação.

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