Cinco pontos para entender as manifestações contra Alexandre de Moraes

Por Gazeta do Povo
22/07/2025 às 17:15

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro protestam exigindo a cassação de Alexandre de Moraes, durante o desfile em comemoração ao Bicentenário da Independência do Brasil, em Brasília. (Foto: EFE/Joedson Alves)

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Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e a oposição ao governo, impulsionados por um movimento "orgânico" da própria população, estão intensificando a mobilização nas ruas de diversas cidades e no Congresso Nacional. Com atos já confirmados para 3 de agosto e 7 de setembro, o principal objetivo é protestar contra as recentes decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que restringem severamente o ex-presidente Jair Bolsonaro.
As decisões incluem a ordem para que Bolsonaro use uma tornozeleira eletrônica e, mais recentemente, a proibição de conceder entrevistas ou ter suas declarações veiculadas nas redes sociais. Tais medidas são justificadas pelo ministro por suposta obstrução de Justiça e "atentado à soberania nacional".
Juristas e oposição classificam as ações de Moraes como um grave atentado às liberdades fundamentais, como a de expressão e de imprensa. A decisão é vista como uma forma inédita de censura no país, abrangendo censura prévia (para manifestações futuras), retroativa (para o passado) e seletiva (apenas em redes sociais). Para críticos, Moraes estaria "banindo" Bolsonaro do ambiente virtual, transformando-o em um nome proibido de ser mencionado. Isso, segundo eles, viola o direito de todos à informação.
Os apoiadores consolidaram um foco único nas próximas manifestações: o impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Parlamentares classificam as medidas como "ditadura da toga" e buscam pautar a anistia para presos do 8 de janeiro e o fim do foro especial.
Lideranças buscam padronizar a identidade visual dos materiais para as manifestações em todo o Brasil, reforçando a mensagem. O impulso para as manifestações é considerado "orgânico", vindo da própria população que pede por novos atos. Moraes é visto como o "símbolo maior dos abusos" e sua eventual saída é considerada um ponto de partida crucial para mudanças no país, servindo de exemplo contra "protoditadores".