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Estudantes da Escola Municipal Nazira Borges entregaram o item aos comércios da região e prometem voltar para fiscalizar a ação |
Estudantes da Escola Municipal Nazira Borges entregaram o item aos comércios da região e prometem voltar para fiscalizar a ação| Foto:

Presente em restaurantes, lanchonetes e até mesmo nos carrinhos de cachorro-quente, é difícil encontrar alguém que nunca tenha utilizado um canudinho. O item tão comum no nosso cotidiano vem sendo visto como um grande vilão ambiental e já existem até mesmo projetos de lei que visam tirar o produto de circulação, substituindo-o por canudos de alumínio, madeira ou vidro.

Porém, mais importante do que a discussão em torno da utilização ou não dos canudos plásticos é assumir que o descarte incorreto do lixo é o verdadeiro desencadeador de qualquer problema ambiental. Segundo o relatório de 2017 da The Ocean Conservancy, uma organização mundial de preservação e recuperação dos mares, a mais recente limpeza realizada nas faixas litorâneas coletou 13,8 milhões de itens, dos quais os canudos e misturadores de bebidas totalizaram 3% do total. Ou seja, há muito lixo descartado de forma incorreta e os canudos estão longe de ser o único problema. 

Como agir e mudar esta realidade? 

Foi com base nessa discussão, levantada pela matéria “Saiba por que o canudinho, vilão ecológico da vez, não merece a má reputação”, publicada no dia 30 de junho, pela Gazeta do Povo, que a professora Carolina Rochelli Policarpo Ventura, de Paranaguá, desafiou seus alunos a encontrarem soluções para o descarte dos tubinhos de plástico. 

Depois de ler a matéria a professora levou as crianças a debaterem sobre qual o real problema: o canudinho ou o homem? Ela conta que os estudantes foram unânimes na resposta e reconheceram a intervenção humana como principal responsável pela poluição dos rios e mares. A partir dessa problemática, a docente disponibilizou materiais e pediu que as crianças criassem um projeto de uma “lixeira de canudinhos” visando conscientizar as pessoas sobre a importância de realizar o descarte correto desse material. 

As crianças projetaram e desenvolveram suas lixeiras, depois, visitaram o comércio da região onde fica a Escola Municipal Nazira Borges. Elas conversaram com os comerciantes e ainda deixaram as lixeirinhas, prometendo voltar para fiscalizar se o descarte está acontecendo como proposto. 

Os alunos ainda apresentaram suas ideias para a equipe da Secretaria de Meio Ambiente em uma feira sobre ecologia que aconteceu na escola e fizeram os representantes se comprometerem em adotar essa causa e apresentar o projeto ao Secretário de Meio Ambiente da cidade. 

Segundo a professora Carolina, a mudança de percepção dos alunos sobre o assunto foi nítida, já que foram levados a questionar e “filtrar” as notícias falsas que vem permeando o assunto. Além disso, ela conta que com essa prática, em que os alunos foram autores de conhecimento e protagonistas dentro do seu processo de aprendizado, os conhecimentos conseguiram ultrapassar os muros da escola e alcançar as famílias e comunidade no geral, gerando mudança de hábitos e preocupação ambiental.

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