• Carregando...
Alunos do 8º ano do colégio do Boqueirão, durante a realização das atividades do LeP  |
Alunos do 8º ano do colégio do Boqueirão, durante a realização das atividades do LeP | Foto:

As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) preocupam cada vez mais. Dados da Secretaria Estadual de Saúde do Paraná mostram que as ocorrências de sífilis por transmissão sexual cresceram mais de 63% entre 2013 e 2014. Em outros estados, o panorama também assusta. Em São Paulo, houve um salto de 2.694 ocorrências em 2007 para quase 19 mil em 2013. 

Para especialistas, o principal motivo para o aumento é a falta de conscientização e da prevenção efetiva, visto que a maioria da população ainda acha o tema um tabu, não faz exames rotineiros, nem busca mais informações sobre o assunto. Para reverter essa realidade, alunos do Colégio Sesi do Boqueirão, em Curitiba, estão produzindo materiais para conscientização da população sobre as DSTs. 

Com a coordenação de três professores responsáveis pelo projeto, Silvana Ribanski, Cassio Mochi e Luciana Mainardes Barbosa, a iniciativa tem o objetivo de desenvolver habilidades ligadas a diferentes áreas de conhecimento, envolvendo as matérias de produção textual, ciências aplicadas e biologia. Além de promover a conscientização, o intuito também é desenvolver a escrita prática dos alunos, explorando o senso crítico e novas competências. 

Desenvolvimento social e aprendizado 

Dentro da oficina “Corpo Humano”, a proposta do Colégio Sesi no Boqueirão é desenvolver o tema a partir de pesquisas por meio do projeto Ler e Pensar da Gazeta do Povo. Na oficina, os alunos aprendem melhor sobre o funcionamento do corpo humano, adquirem autoconhecimento e desenvolvem cuidados com a saúde. O projeto interdisciplinar tem a duração de um trimestre. 

Com a participação de 42 alunos, os estudantes são divididos em equipes de seis integrantes e cada uma delas fica responsável por pesquisar com profundidade sobre uma DST específica. Na sequência, eles produzem e apresentam, durante os seminários organizados pelos professores, um folder sobre o assunto. Nesse seminário, explicam para os colegas sobre as principais DSTS, o que são, como podem ser prevenidas, como é o tratamento, entre outras questões. 

Em um segundo momento, pensando em aumentar o alcance de divulgação, os alunos produzem um flyer digital com as mesmas informações pesquisadas anteriormente, com o objetivo de atingir novos públicos. 

Produção textual 

Participante da oficina nesse trimestre, a aluna Amanda Ferreira de Lima, de 16 anos, já viu evolução. “Quando soube do projeto fiquei bem interessada em saber mais. Além de integrar três disciplinas, me deu conhecimento para aumentar o meu senso crítico sobre questões atuais, principalmente em relação à saúde. Quero repassar o conhecimento que adquiri para outras pessoas, principalmente para jovens da minha idade”, explica. 

Quem também participa é a estudante Isabela Cristiane de Lima. A estudante explica que a oficina também contribui para a melhoria da produção textual e isso poderá ajudá-la em futuras provas e vestibulares, principalmente para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) que exige boa redação e interpretação de texto. “Participar do projeto me proporciona uma nova visão sobre questões atuais, desenvolvendo aptidões e impulsionando minhas oportunidades para o futuro”, afirma a estudante. 

Futuro 

A oficina será concluída com a impressão dos folders produzidos pelos alunos para entrega na comunidade. Além disso, está previsto um podcast, que em breve deve ser lançado nas redes sociais, visto que o objetivo é divulgar as informações. “Os alunos conseguem ver que realmente são protagonistas e que podem criar conteúdos relevantes, colaborando com o desenvolvimento da sociedade”, finaliza a professora orientadora de produção textual, Luciana Mainardes Barbosa.

O texto foi produzido pela Gerência de Educação Básica e Continuada do SESI, que mensalmente mostrará neste espaço os resultados do Projeto Ler e Pensar em suas escolas.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]