Alunos e professora foram estudar as araucárias de perto| Foto: Acervo pessoal

Pagar menos Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e ao mesmo tempo ser responsável pela preservação do principal símbolo do Paraná, a araucária, pode ser um sonho próximo aos morados de Quatro Barras. Isto porque a professora Patrícia Barbosa e os alunos do 4º ano, da Escola Municipal Devanira Ferreira Alves, reivindicaram o direito junto à Câmara Municipal. “Conseguimos que um vereador criasse um projeto de lei dando benefício aos munícipes que fazem a preservação da araucária. Está pronto para votação”, contou Patrícia. 

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A ideia surgiu junto com o projeto “De pinhão em pinhão, nossa turma aprende um montão”, desenvolvido pelas docentes em parceria com o Ler e Pensar. Na busca por matérias relacionadas ao assunto, professora e alunos descobriram, na Gazeta do Povo, uma lei curitibana que prevê desconto de até 10% no IPTU das residências que mantiverem a mata nativa preservada em seus terrenos. A notícia intitulada Área verde dá desconto no IPTU engajou a turma a buscar a mesma lei para a cidade de Quatro Barras. 

Prática Pedagógica 

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A mata das araucárias é vegetação símbolo do Paraná e o seu fruto, o pinhão, enriquece a culinária paranaense. Porém, este patrimônio natural da nossa cultura está com os dias contados, segundo pesquisadores da flora paranaense. Foi neste sentido que a docente buscou uma série de reportagens da Gazeta do Povo que tratavam da questão no Estado. 

Uma delas, de maio de 2015, intitulada Ritmo de regeneração das araucárias é preocupante, trazia a fala do ambientalista Flávio Zanetti, referência em pesquisas sobre o assunto. A professora Patrícia também levou os estudantes para aulas no campo, onde puderam colher o pinhão e observar de perto a magnitude da vegetação paranaense. Frutos em mãos, voltaram para a escola, procuraram algumas receitas no Bom Gourmet e decidiram replicar duas delas, uma de petiscos de pinhão e bacon e outra de fondue com pinhão. O passeio e a degustação serviram para uma valorização ainda maior do tema. 

A prática, além de todo o conteúdo transmitido aos estudantes, mostrou também que a tecnologia pode ser aliada à educação mesmo sem as condições ideais oferecidas pela escola. “Nossa escola não tem acesso ao wi-fi, nem está liberada a página da Gazeta do Povo nos computadores. Fazemos a escolha das notícias em casa, passo para o Word e salvo em formato web, para dar mais realidade de uma página verdadeira de internet”, explicou Patrícia. O exemplo da Patrícia nos mostra que o trabalho feito com as mídias na escola pode e deve extrapolar os muros e se reverter em benefícios para toda uma comunidade.

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