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A agência de notícias iraniana Fars informou neste domingo que o país está montando cerca de 3.000 centrífugas avançadas na usina de Natanz, na região central do país, para aumentar o enriquecimento de urânio usado em seu programa nuclear.

Os números foram revelados pela agência de notícias Fars um mês após Teerã anunciar que iria crescer as atividades da usina, o que aumentou as preocupações do Ocidente.

Estados Unidos, Israel e os países europeus suspeitam que o Irã queira criar uma bomba atômica, o que a República Islâmica nega.

O chefe da Organização de Energia Atômica do Irã, Fereydoun Abbasi-Davani, disse que as centrífugas são mais eficientes que as já usadas no programa iraniano. Se funcionarem corretamente, essas máquinas poderão permitir que o Irã acelere significativamente a construção do seu estoque de urânio enriquecido.

As centrífugas antigas tiveram a atividade interrompida em 2010, quando o sistema operacional que as controla sofreu um ataque cibernético do vírus, feito pelos Estados Unidos e Israel, que reduziu a velocidade do enriquecimento de urânio.

Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Ali Akbar Salehi, disse que as sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos e a União Europeia por causa do programa nuclear tiveram pouco impacto na economia do país.

"Com as medidas elaboradas pelo aparelho diplomático iraniano, a partir de hoje seremos testemunhas da eliminação gradual das sanções. Os inimigos [EUA e UE] disseram que as sanções não tiveram muito impacto", disse, em entrevista à agência de notícias IRNA.

Para o ministro, as medidas adotadas durante os 34 anos do regime islâmico e a quantidade de fronteiras com outros países permitiu que fosse possível neutralizar as restrições de americanos e europeus e continuar exportando.Israel

Hoje, o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, voltou a criticar as negociações sobre o programa nuclear iraniano e disse que elas permitem que o Irã ganhe mais tempo para enriquecer urânio, em reunião do Conselho de Ministros.

O chefe de governo disse que o Irã está se aproximando mais de obter uma bomba, mas não deu detalhes sobre como o país obteve essa informação. Na quarta, o Irã e as potências nucleares encerraram sem acordo mais uma rodada de negociações para suspender o programa nuclear.

Israel acredita que é o alvo preferencial de uma suposta bomba atômica iraniana. A República Islâmica não reconhece o Estado judaico, que é chamado de "entidade sionista", e seus dirigentes costumam fazer declarações hostis contra os judeus.

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