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Pessoas fazem homenagens às vítimas do Holocausto em memorial em frente ao antigo campo de extermínio de Buchenwald, na região de Weimar, leste da Alemanha, no Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, 27 de janeiro
Pessoas fazem homenagens às vítimas do Holocausto em memorial em frente ao antigo campo de extermínio de Buchenwald, na região de Weimar, leste da Alemanha, no Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, 27 de janeiro| Foto: JENS SCHLUETER / AFP

Durante todo o ano passado, 900 pessoas que sobreviveram ao Holocausto morreram em decorrência da Covid-19 em Israel, informou o Escritório Central de Estatísticas do país na terça-feira (26), véspera do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.

Segundo as autoridades israelenses, cerca de 5.300 sobreviventes do extermínio de judeus e outros grupos pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial foram infectados pelo novo coronavírus desde o início da pandemia. Todas essas pessoas têm no mínimo 75 anos, e 17% têm mais de 90 anos, e portanto estão no grupo mais vulnerável à Covid-19.

Em 2020, cerca de 17 mil sobreviventes do Holocausto faleceram em Israel, incluindo os 900 que morreram como consequência da Covid-19, segundo o governo do país. Em dezembro do ano passado, havia 179.600 pessoas que sobreviveram aos campos de extermínio vivendo em Israel, 3 mil foram reconhecidas como sobreviventes do Holocausto em 2020, segundo noticiou o Jerusalem Post.

Sobreviventes são vacinados na Europa

Centenas de sobreviventes do Holocausto que vivem na Áustria e na Eslováquia receberam uma dose da vacina contra a Covid-19 nesta quarta-feira, exatos 76 anos após a liberação do campo de Auschwitz, onde mais de um milhão de pessoas foram mortas pelos nazistas.

"Nós devemos isso a eles", Erika Jakubovits, organizadora da ação da Comunidade Judaica de Viena, disse à Associated Press. "Eles sofreram tanto trauma e se sentiram ainda mais inseguros durante essa pandemia".

A expectativa era de que mais de 400 sobreviventes austríacos, a maioria com mais de 80 ou 90 anos, fossem vacinados em um centro de convenções em Viena nesta data. Doze médicos, todos membros da comunidade judaica de Viena, se voluntariaram para aplicar as doses nos idosos. A vacinação dessa ação especial foi estendida também para os judeus da região com mais de 85 que não são sobreviventes do Holocausto. Alguns já haviam sido vacinados em dezembro, quando as primeiras doses foram distribuídas em asilos.

"É um dever humano celebrar as vítimas e agradecer aos libertadores, sobreviventes e combatentes da resistência", afirmou Oskar Deutshc, presidente da Comunidade Judaica de Viena em comunicado. "Na pandemia, nossos pais e avós estão entre as pessoas mais vulneráveis. Proteger sua saúde é um imperativo judaico, humano e moral", acrescentou.

A comunidade judaica de Bratislava, Eslováquia, também promoveu uma ação para vacinar sobreviventes neste Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. Esperava-se que 128 sobreviventes fossem vacinados nesta quarta-feira e outros 330 nos próximos dias em todo o país.

Estima-se que cerca de 20 mil sobreviventes do Holocausto vivam hoje nos países da União Europeia.

Em Israel, onde vive a maioria dessa população, mais de 80% das pessoas com mais de 70 anos já receberam pelo menos uma dose da vacina, e quase 60% já foram inoculados com a segunda dose. Portanto, as autoridades disseram que não havia necessidade de um evento específico de vacinação para os sobreviventes do Holocausto.

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