Centenas de representantes das milícias xiitas iraquianas tentaram invadir nesta terça-feira (31) o complexo da embaixada dos Estados Unidos, em Bagdá. Eles quebraram uma das portas da recepção, à prova de balas, e incendiaram o local, gritando e cantando "Morte à América". O ato é uma resposta a ataques aéreos americanos que mataram ou feriram seus compatriotas.
Enquanto diplomatas eram levados a locais mais seguros, agentes americanos dispararam gás lacrimogêneo nos manifestantes e pediam, por alto-falantes, que eles se afastassem. Nos telhados, atiradores americanos estavam preparados, mas não abriram fogo, porque os manifestantes acabaram recuando.
Os iraquianos também quebraram câmeras de segurança, incendiaram duas guaritas e queimaram pneus. Eles fizeram uma fogueira com uma pilha de papéis e refeições militares encontradas na recepção, onde os militares normalmente revistam os visitantes. Bandeiras do Hezbollah Kataib estavam penduradas no arame farpado, protegendo os altos muros da embaixada.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, responsabilizou o Irã pelo ataque ao local. "O Irã matou um empreiteiro americano, ferindo muitos outros", disse em seu perfil no Twitter. "Nós respondemos fortemente, e sempre o faremos. Agora o Irã está orquestrando um ataque à Embaixada dos EUA no Iraque. Eles serão totalmente responsabilizados. Além disso, esperamos que o Iraque use suas forças para proteger a Embaixada".
Um porta-voz da milícia Kataib Hezbollah disse ao jornal Washington Post que os manifestantes pretendem permanecer em frente à embaixada até que as atividades americanas no país sejam encerradas e que diplomatas dos EUA deixem o Iraque. Tendas foram montadas nas imediações.
A embaixada fica dentro de uma zona de segurança, onde normalmente não circulam civis. O exército iraquiano, que estava próximo ao local, só interferiu no assalto depois da chegada de um comandante.
Os cânticos de "Morte à América" relembram o ataque à embaixada americana no Irã, em 1979, quando estudantes iranianos tomaram o local e detiveram diplomatas americanos e outros funcionários por 444 dias.
-
Censura clandestina praticada pelo TSE, se confirmada, é motivo para impeachment
-
“Ações censórias e abusivas da Suprema Corte devem chegar ao conhecimento da sociedade”, defendem especialistas
-
Elon Musk diz que Alexandre de Moraes interferiu nas eleições; acompanhe o Sem Rodeios
-
“Para Lula, indígena só serve se estiver segregado e isolado”, dispara deputada Silvia Waiãpi
Deixe sua opinião