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A infanta Cristina quer que "se faça justiça", declarou nesta quarta-feira (8) seu advogado, Miquel Roca, sobre o indiciamento ontem da filha mais nova do rei da Espanha por fraude fiscal e lavagem de dinheiro.

O advogado, que conversou na terça-feira (7) com Cristina, disse aos meios de comunicação que "intui" que ela "não estaria muito contente" com sua acusação no "caso Nóos", relacionado a supostas atividades ilegais na entidade filantrópica Instituto Nóos, cujo ex-presidente foi Iñaki Urdangarin, ex-marido da infanta.

Roca explicou que está preparando o recurso contra o auto de acusação e, após expressar seu respeito pela decisão do juiz José Castro, opinou: "isto não é um jogo de futebol, é uma coisa séria na qual estão em jogo direitos, interesses e avaliações".

Miquel Roca comunicou ontem pela tarde à infanta sobre o conteúdo do processo no qual o juiz concorda em convocá-la para depor em 8 de março como acusada por fraude fiscal e lavagem de dinheiro.

A infanta Cristina reside com sua família na cidade suíça de Genebra desde 2013.

O juiz Castro afirma que há indícios suficientes de que a infanta Cristina permitiu que a Aizoon, sociedade da qual detinha 50% ao lado de seu ex-marido, "servisse de escudo imprescindível para a prática de delitos fiscais" e gastou fundos da empresa sabendo de sua origem ilícita.

Esta sociedade teria servido para encaminhar a distribuição de lucros das atividades ilícitas do Instituto Nóos, que obteve fundos públicos de forma irregular quando Urdangarin o presidia.

Sobre um tratamento diferenciado que a infanta poderia receber, Roca disse que esta questão "só a justiça pode resolver".

"O que posso dizer é que estamos defendendo o direito da infanta não ser considerada imputada nesta causa", afirmou o advogado, que não adiantou a argumentação que usará para defender sua cliente.

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