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Morte do papa

A última mensagem do papa Francisco: “a paz é possível”

Morre o papa Francisco
O papa Francisco durante sua última aparição pública, na Páscoa. (Foto: EFE/ Angelo Carconi)

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No que acabou sendo sua última aparição pública, o papa Francisco realizou a tradicional bênção Urbi et Orbi neste domingo de Páscoa (20). Da sacada central da Basílica de São Pedro, pediu que fosse lida sua mensagem às 50 mil pessoas que acompanharam a missa de Páscoa: “Gostaria que voltássemos a ter esperança de que a paz é possível. Que do Santo Sepulcro – a Igreja da Ressurreição –, onde neste ano a Páscoa será celebrada no mesmo dia por católicos e ortodoxos, irradie a luz da paz em toda a Terra Santa e no mundo inteiro”, disse, por intermédio do mestre de cerimônias Diego Ravelli. O papa Francisco morreu na madrugada desta segunda-feira (21).

A mensagem central do pontífice foi voltada para o Oriente Médio, em especial à Faixa de Gaza, que vive no momento sob conflito. Francisco pediu para que “cessem o fogo, libertem os reféns e forneçam ajuda à população”, além de pedirem que “detenham a corrida ao rearmamento”.

Francisco também pediu orações pelas comunidades cristãs do Líbano e da Síria, destacando que este país “enfrenta um momento delicado em sua história”. Segundo Francisco, essas populações “anseiam por estabilidade e por uma participação ativa no destino de suas respectivas nações”. Ele exortou toda a Igreja a “acompanhar os cristãos do amado Oriente Médio com atenção e oração”.

Em sua mensagem, o papa ainda mencionou o Iêmen, país que vive em conflito há mais de dez anos: “está passando por uma das piores crises humanitárias prolongadas” do mundo em razão da guerra. Diante disso, apelou a todos para que busquem soluções por meio do diálogo construtivo.

Papa Francisco morreu preocupado com o antissemitismo e com os conflitos pelo mundo

O papa Francisco também manifestou sua preocupação com "o crescente clima de antissemitismo que está se espalhando pelo mundo" e com "a comunidade cristã em Gaza, onde o terrível conflito continua levando morte e destruição, e provocando uma crise humanitária dramática e indigna".

“Que o princípio da humanidade, pedra angular de nossas ações cotidianas, jamais seja enfraquecido. Diante da crueldade de conflitos que atingem civis desarmados, atacando escolas, hospitais e trabalhadores humanitários, não podemos nos dar ao luxo de esquecer que o que está em nossa mira não é um mero alvo, mas pessoas com alma e dignidade", afirmou.

Por fim, fez "um apelo a todos aqueles com responsabilidades políticas para que não cedam à lógica do medo que isola, mas que usem os recursos disponíveis para ajudar os necessitados, combater a fome e promover iniciativas que fomentem o desenvolvimento". “Estas são as ‘armas’ da paz: aquelas que constroem o futuro, em vez de semear a morte”, concluiu Francisco.

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