Manifestante agita a bandeira da Venezuela durante protesto contra o regime de Maduro, 30 de janeiro| Foto:  FEDERICO PARRA / AFP

Muitos da esquerda aplaudiram durante anos o ditador venezuelano Nicolás Maduro e seu antecessor, Hugo Chávez, como heróis do "socialismo do século 21". 

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Ironicamente, no entanto, a inegável espiral descendente de liberdade econômica da Venezuela e o grande sofrimento do seu povo dão o verdadeiro significado às alegações de "herói": o socialismo e a corrupção destruíram a Venezuela. 

Em um artigo publicado no Wall Street Journal em 22 de janeiro, "Venezuela, America Stands With You" (Venezuela, a América está ao seu lado), o vice-presidente americano Mike Pence observou: 

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“Como eu ouvi muitas vezes de venezuelanos nos últimos [dois] anos, o Sr. Maduro exacerbou a corrupção e as políticas socialistas do país, acelerando a sua descida de um dos países mais ricos do Hemisfério Ocidental a um dos mais pobres e mais despótico", Pence escreveu. "Ele prometeu prosperidade, mas suas ações fizeram a economia da Venezuela encolher em quase 50%”. 

O vice-presidente acrescentou: "Para o bem de nossos interesses vitais, e para o bem do povo venezuelano, os EUA não vão ficar parados enquanto a Venezuela desmorona". 

De fato, o declínio da Venezuela ao longo dos últimos 25 anos, agravado pela soma dos males do socialismo e do autoritarismo, é bem documentado no Índice de Liberdade Econômica, um estudo de referência, da Fundação Heritage, baseado em dados que monitora o desempenho de 186 economias em quatro pilares da liberdade econômica. 

Em 1995, a Venezuela alcançou 59,8 pontos na escala de 0 a 100 do índice, mais de 2 pontos acima da média mundial. 

Essa classificação não durou. Sob Chávez e Maduro, a liberdade econômica evaporou, e a Venezuela é agora um dos países mais reprimidos economicamente do mundo, com sua nota despencando para cerca de 25. 

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Essa queda de quase 35 pontos está entre as erosões mais severas já registradas por um país na história do índice. 

A deplorável nota de liberdade econômica da Venezuela se reflete em estatísticas que se traduzem em uma queda econômica em tempo real. 

A economia se contraiu dramaticamente, agravado pelo aumento do déficit público, má gestão da indústria petrolífera dominada pelo Estado, e por um regime que fugiu do desenvolvimento de praticamente todas as outras formas potenciais de geração de riqueza. 

O que o conselho editorial do Financial Times descreveu como o "regime bandido e cleptocrata" de Maduro tem sido tecnicamente incapaz e sem vontade política para empreender as profundas mudanças políticas e institucionais necessárias. 

O resultado do socialismo, duplicado pelo governo autoritário, tem sido mais do que terrível, com os danos na Venezuela sendo insuportavelmente extensos. 

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O povo venezuelano tem sofrido o bastante com hiperinflação, uma brutal escassez de alimentos e fome desenfreada, suprimentos médicos escassos e uma alta taxa de mortalidade infantil. 

A revolta em curso na Venezuela é, sem dúvida, uma ação desesperada de rejeição ao socialismo e ao autoritarismo que o acompanhou. 

Desfazer 20 anos de danos é uma tarefa difícil, mas deve começar hoje. As nações livres devem apoio aos venezuelanos que estão arriscando suas vidas pela liberdade e pela democracia. 

Mais de 50 países, incluindo os EUA, encararam o desafio e agora reconhecem o presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, como presidente interino da Venezuela. 

Isso significa que ele tem autoridade total para negociar as transações financeiras do país, acessar as reservas internacionais e nomear diplomatas. 

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Após a decisão dos Estados Unidos de sancionar a companhia estatal de petróleo da Venezuela, todas as receitas da indústria petrolífera passam a ser controladas pelo presidente interino. 

Em vez de continuar servindo como um meio de enriquecimento para Maduro e seus comparsas, os fundos do petróleo serão usados na reconstrução da Venezuela. 

Já passou da hora de Maduro se afastar, já que ele não é mais o presidente de direito e é um usurpador do poder. 

Agora é a hora de continuar aumentando a pressão contra ele, atacando as redes financeiras ilegais da Venezuela, indo atrás de funcionários corruptos do regime e fortalecendo o governo interino. 

Vinte anos de governo socialista corrupto faliram o país. A Venezuela merece liberdade econômica e política.

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Anthony B. Kim pesquisa questões econômicas internacionais na The Heritage Foundation, com um forte foco na liberdade econômica. Kim é a gerente de pesquisa do Index of Economic Freedom, o principal produto da Heritage Foundation em parceria com o The Wall Street Journal.

Ana Quintana é analista sênior de políticas para a América Latina e o Hemisfério Ocidental no Allison Centre for Foreign Policy Studies da The Heritage Foundation.

©2019 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês